15 de setembro de 2023

Pátio do MAC ganha nova instalação no aniversário do museu

A obra de Leandra Espírito Santo investe nas ambiguidades que resultam do deslocamento da palavra Disponível por diferentes contextos paisagísticos e arquitetônicos.

 

 A arte é ambígua e questionadora. Carregada com essa essência, a instalação "Disponível", de Leandra Espírito Santo aterriza no pátio do Museu de Arte Contemporânea de Niterói cheia de subjetividade.

Inspirada nos letreiros presentes em diversos pontos turísticos e em grandes empreendimentos imobiliários, Leandra instala uma escultura de 10 metros de largura com a palavra "Disponível" diante do icônico edifício de Oscar Niemeyer. O projeto conta com texto crítico
do curadorjj Icaro Ferraz Vidal Jr.

A obra investe nas ambiguidades que resultam do deslocamento da palavra "Disponível" por diferentes contextos paisagísticos e arquitetônicos. Por um lado, a instalação evoca toda uma problemática relacionada às questões urbanas e à especulação imobiliária. Além disso, a instalação também literaliza a disponibilidade da instituição que acolhe o trabalho em relação à artista e ao seu público.

O MAC-Niterói é a segunda instituição a expor esta obra de Leandra Espírito Santo – que, inicialmente, foi premiada no âmbito do PROAC LAB SP. A primeira instituição a acolher o projeto foi a Unidade de Cultura do município de Jundiaí - SP. Em setembro de 2021, o Complexo Fepasa, em Jundiaí (SP), apresentou a enigmática escultura em sua área externa, desencadeando, ainda sob a atmosfera pandêmica, uma série de especulações sobre o sentido do trabalho que, para além de sua presença material no local, circulou através de cartões postais e postagens nas redes sociais.


Serviço

Instalação "Disponível" de Leandra Espírito Santo
Letreiro com a palavra “disponível” pintado de branco, no tamanho total: 10 metros (larg) X 168 cm (alt) x 40 cm (prof)
Visitação: de 02 de setembro a 26 de novembro de 2023
Horário: 9h às 18h
Entrada gratuita
Classificação: livre
Local: Pátio do Museu de Arte Contemporânea de Niterói
Endereço: Mirante da Boa Viagem, s/n - Boa Viagem, Niterói

11 de agosto de 2025
Um grupo de palhaços parte em busca do famoso “mar de lágrimas”. Entre a sofrência e o melodrama, os artistas abraçam os seus desgostos, sabendo que dentro de todo choro há espaço para uma gota de alegria. A dramaturgia transita por números de palhaçaria, declamações poéticas e performances musicais, buscando transformar o sofrimento em riso e reflexão. A experiência proporciona um olhar bem humorado sobre as dores da vida, reforçando a máxima brasileira de que é preciso “rir da nossa própria desgraça”. A figura do palhaço conduz o público por um percurso de reconhecimento dos desgostos que nos formam. A trilha sonora navega por um repertório que vai da sofrência sertaneja ao samba-canção, passando por clássicos da música popular brasileira. O espetáculo traz ao palco canções e referências de artistas como Beth Carvalho, Cartola, Cauby Peixoto, Chico Buarque, Leandro e Leonardo, o grupo Exaltasamba e outros. Além das músicas, a dramaturgia se inspira em textualidades que tratam do desgosto como matéria, com versos que vão de clássicos de Drummond a prosa poética contemporânea de Angélica Liddell. O Teatro Gláucio Gill, equipamento do estado administrado pela FUNARJ e sob direção de Rafael Raposo, inaugura um novo e vibrante espaço cultural: o Cabaret do Gláucio. O Cabaré do Gláucio é um projeto artístico permanente que acontece no Teatro Gláucio Gill, em Copacabana, e tem a idealização do diretor Rafael Raposo. A cada mês, o espaço se transforma para receber uma nova criação cênica, proporcionando ao público uma experiência inédita, viva e pulsante. Sob a curadoria e supervisão artística de Christina Streva, cada edição propõe uma atmosfera própria, com diferentes linguagens e formatos, reunindo artistas de diversas áreas como teatro, música, dança e performance. O Cabaré é um lugar de encontros e desencontros performáticos, onde o inesperado e o provocativo são parte essencial da experiência. Mais do que um espetáculo, o Cabaré do Gláucio é um convite para o público vivenciar noites imprevisíveis, carregadas de humor, desejo, crítica e poesia. Um espaço onde a arte se reinventa constantemente e reafirma o Teatro Gláucio Gill como um polo de criação e liberdade artística no coração da cidade “AGOSTO – O Cabaré do Desgosto” convida o público a fazer as pazes com as lágrimas e brindar a beleza que existe na tristeza.  SERVIÇO: Espetáculo: AGOSTO – O Cabaré do Desgosto • Datas: 08, 09, 15, 16, 22, 23, 29 e 30 de agosto de 2025 • Horário: 22h • Local: Teatro Gláucio Gill – Praça Cardeal Arcoverde, Copacabana – Rio de Janeiro • Ingressos: À venda na bilheteria do teatro e na plataforma da FUNARJ • Classificação indicativa: 18 anos • Duração: 60 minutos
11 de agosto de 2025
Com apresentações nos dias 12, 19 e 26 de agosto, sempre às 20h, no Teatro Cândido Mendes (Ipanema), o solo de dança contemporânea “Grito Mudo” marca o retorno da artista Marcella Dale aos palcos cariocas com um trabalho profundamente pessoal, poético e sensível. A montagem é realizada pela SpaçoSala Produções, com ingressos a R$50 (inteira) e R$25 (meia). Fruto de um processo íntimo e visceral, o espetáculo parte do silêncio como território de criação e resistência. “Grito Mudo” é um rito de libertação de um corpo que decide, enfim, não calar mais. A obra nasceu a partir de um longo percurso interno, uma gestação silenciosa de dores que, por muito tempo, não tiveram nome nem lugar. “É o percurso do não-dito à expressão, da opressão à presença. Um corpo que resiste, mesmo em silêncio, permanece sem pertencer e, na solidão, descobre formas de se reintegrar. Agora ele pode ser visto; o grito, ouvido”, afirma Marcella. Na construção cênica, a contribuição do diretor de movimento Toni Rodrigues — que, com sua experiência e sensibilidade, impulsiona o trabalho a um território onde o corpo, no espaço/tempo, se arrisca na quebra de padrões ancestrais — entrelaça-se à direção musical de Vinícius Mousinho e ao desenho de luz de Francisco Hashiguchi. A dança emerge como linguagem primitiva e pulsante, não para ilustrar narrativas, mas para revelar estados. A fisicalidade proposta revela um corpo marcado por tensões, memórias e silenciamentos. O figurino e o cenário integram a dramaturgia de forma simbólica: uma cadeira de madeira assume o papel de uma presença silenciosa, estrutura rígida que sustenta, aprisiona e desafia, marcando o corpo e o espaço como vestígio e testemunha. “Grito Mudo” é também o início de um novo ciclo na trajetória da artista, que assina concepção, dramaturgia e interpretação do espetáculo. Após anos de pesquisas, travessias internas e escritas poéticas de sobrevivência, Marcella assume a cena com autonomia, dando forma cênica a experiências que por muito tempo permaneceram caladas. “Esse trabalho marca um recomeço. É a primeira vez que trago à cena uma vivência tão pessoal, com tamanha escuta e coragem”, destaca. Inspirada por referências como o poema “A infanticida Marie Farrar”, de Bertolt Brecht, e atravessada por sua própria escrita diarística, Marcella constrói uma partitura de movimento que recusa o virtuosismo para alcançar o essencial: a expressão vital de um corpo que encontra no movimento sua única chance de liberdade, o grito sutil de um corpo que transforma dor em presença. Serviço “Grito Mudo” - Solo de dança contemporânea com Marcella Dale Datas: 12, 19 e 26 de agosto (terças-feiras) Horário: 20h Local: Teatro Cândido Mendes – Rua Joana Angélica, 63, Ipanema – RJ Ingressos: R$ 50 (inteira) | R$ 25 (meia) Venda online Classificação: Livre Duração: 40 minutos