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17 de fevereiro de 2025

Espetáculo de dança “Água redonda e comprida” faz três apresentações no Sesc Tijuca

Criado no Rio Grande do Sul, projeto tem direção geral de Geórgia Macedo, que divide a cena e a criação das coreografias com a bailarina Nayane Gakre Domingos, jovem indígena Kaingang

 


Inspirada no conhecimento e na cosmovisão do povo indígena Kaingang, a bailarina e mestra em antropologia social Geórgia Macedo idealizou, ao lado de Iracema Gah Teh e Angélica Kaingang, o espetáculo de dança contemporânea “Água redonda e comprida”. Nos dias 20, 22 e 23 de fevereiro, o espetáculo será apresentado no Sesc Tijuca. “Água redonda e comprida” foi contemplado pelo Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar.
 
Em cena, Geórgia Macedo divide o palco e a criação das coreografias com a bailarina Nayane Gakre Domingos, pré-adolescente indígena Kaingang. Neste encontro, as intérpretes brincam e criam movimentos orgânicos e intuitivos por meio de jogos e também a partir da interação com objetos, criando imagens coreográficas fluidas. O cenário remete ao movimento das águas e se transforma ao longo do espetáculo, trazendo histórias que foram apagadas por séculos. A trilha sonora é de Thiago Ramil, e Isabel Ramil está à frente do figurino e da cenografia. A bailarina Camila Vergara assina a direção de movimento e Kalisy Cabeda, a direção cênica.

 
Em 2015, Geórgia começou a pesquisar a educação, a territorialidade e a cosmologia Kaingang durante o seu mestrado em antropologia social na UFRGS. “Na época, conheci a Angélica Kaingang, mãe da Nayane [então com apenas 5 anos], que foi a minha primeira professora indígena. Foi ela quem me apresentou à liderança política e espiritual Iracema Gah Teh.” Angélica e Iracema fazem a orientação cênica do espetáculo.

 
“Água redonda e comprida” busca construir caminhos para a conscientização da conservação, preservação e proteção das águas. Pelo conhecimento do povo Kaingang, as águas não são vistas apenas como fonte da natureza, mas a partir da noção de parentesco. Conforme explica Iracema, “as águas são parte do nosso corpo e também desse corpo terra. A água que brota da terra é como o leite que brota do seio das mulheres. E jogar sujeira na água seria como jogar uma sujeira no olho da nossa avó ou mãe”.


 
O povo Kaingang concebe dois tipos de água no mundo: Goj tej (água comprida, dos rios) e Goj ror (água redonda, as nascentes, os lagos). Essas águas são complementares, como toda a cosmologia Kaingang, e é na união e troca entre as duas metades que o mundo pode ficar em equilíbrio. Não só as águas, mas todo universo Kaingang é dividido entre as coisas redondas (ror) e compridas (téj).
 


“No Rio Grande do Sul, nós vivemos em territorialidade com os povos Kaingang, Mbya-Guarani, Charrua e Xokleng. Como aprendi com Iracema, o Rio Guaíba e seus afluentes são compreendidos como partes de um grande corpo. Deste corpo água que é o planeta Terra. Esses conhecimentos, que buscamos trazer através da dança, quebram a ideia de que as águas, os animais e as árvores são apenas recursos da natureza”, conta Geórgia.

27 de fevereiro de 2025
Com curadoria de Desirée Monjardim, a individual de Fernando Cuntin explora a intensidade da cor e a dinâmica da forma. As pinturas de Fernando Cuntim serão expostas na Sala José Cândido de Carvalho, na exposição "Cuntin-Ta e Pincel". Com abordagem única, o artista cria experiências sensoriais intensas de sua visão artística. A mostra acontece na Sala José Cândido de Carvalho, na Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, com visitação até o dia 11 de abril. A entrada é gratuita. A exposição é apresentada pela doutora em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ e membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, Isis Braga, que destaca a força da obra do pintor. "A pintura, para ele, é um espaço onde os sentimentos ganham formas tangíveis e onde a beleza se revela em cada detalhe. Sua obra traduz um campo de forças, no qual a harmonia é conquistada pela tensão das cores e pela movimentação das formas, que fluem com liberdade e expressividade". Cuntin se interessou pela arte na adolescência, através das aulas de desenho e pintura com o professor Fábio Leopoldino, aprendendo técnicas como óleo, acrílica, pastel, guache e aquarela. "Desde então me dedico à pintura com as mãos cheias de tintas e pinceis e estou sempre praticando o desenho em cadernos de estudos, os chamados sketchbooks", afirma o artista. Serviço Exposição Cuntin-Ta e Pincel de Fernando Cuntin Curadoria de Desirée Monjardim Abertura: Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025 Horário:18h Visitação: até 11 de abril de 2025 Segunda a sexta, de 9h às 17h Entrada gratuita Local: Sala José Cândido de Carvalho End: Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, Niterói
27 de fevereiro de 2025
Este semana o tradicional jornal inglês ”The Guardian” publicou uma resenha opinando que o longa-metragem brasileiro ”Ainda Estou Aqui” ,dirigido por Walter Salles e com história retratada majoritariamente no Rio de Janeiro , é o favorito ao Oscar 2025 na categoria ”Melhor Filme Internacional” . No texto,a jornalista Wendy Ide , responsável pela opinião, diz que ”após o fiasco de ‘Emilia Pérez’ [outro filme na disputa], ‘Ainda Estou Aqui’ é o favorito”. Wendy também elogia Fernanda Torres , que concorre ao Oscar na categoria ”Melhor Atriz” após interpretar Eunice Paiva , protagonista do longa e esposa de Rubens Paiva, personagem central da história – representado no filme por Selton Mello -, assassinado durante a ditadura militar no Brasil. ”Fenomenal!Ela mereceu a indicação”, destacou Ide. Vale ressaltar que, além das duas indicações citadas acima, ”Ainda Estou Aqui”concorre também na principal categoria do Oscar, isto é, ”Melhor Filme”. A cerimônia de entrega das estatuetas acontecerá no próximo domingo (02/03), a partir das 21h (de Brasília), no Teatro Dolby, em Los Angeles, na Califórnia,Estados Unidos.
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