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1 de outubro de 2022

Batuta de Maestro que pertenceu a Dom Pedro I é vendida em leilão no Rio

A batuta de maestro, que teria sido entregue em 1822 ao Imperador pelo compositor do Hino da Independência, Evaristo da Veiga, foi arrematada em leilão no Rio

 

Com lance inicial de R$ 37.000,00, foi arrematada, esta semana, a bela e raríssima batuta de D. Pedro I, comemorativa da adoção de nosso primeiro hino nacional. A peça teria sido especialmente confeccionada para ser entregue pelo autor do Hino da Independência do Brasil, Evaristo da Veiga, ao nosso primeiro Imperador, em 1822. O leilão da importante peça ocorreu ontem, pelo martelo do leiloeiro Valdir Teixeira. Na ocasião da independência, coube a D. Pedro compor o arranjo musical da obra, enquanto Evaristo, que também era um bem sucedido livreiro, escreveu a letra.


O valor de arrematação e a identidade do orgulhoso comprador da histórica peça não foram revelados pelo leiloeiro Valdir Teixeira, com estabelecimento em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Recentemente, Teixeira apregoou também uma caixa de pílulas em ouro maciço, que pertencera a Dom Pedro II. Uma gama de peças e antiguidades ligadas ao passado do Império do Brazil tem atingido altas cifras nos leilões de arte, este ano. Um par de espelhos da imperatriz Teresa Cristina (esposa de D. Pedro II) foi vendido a mais de R$ 240.000,00 num leilão em São Paulo: eles tinham o brasão da imperatriz e eram bem grandes.


O lindo artefato vendido ontem tem as iniciais do imperador dentro do antigo brasão imperial, gravados numa placa de ouro. Na parte de madeira – ébano, na verdade – da batuta, que está em excelentes condições, é possível ver com nitidez a mensagem: “Já raiou a liberdade no horizonte do Brasil. E. da Veiga 7.9.1822”, gravada a ouro. Com 35 cm de altura, a batuta tem as extremidades em marfim e pedras preciosas (rubis e safiras). O marfim é trabalhado em forma de uma delicada lira, num artesanato muito esmerado (fotos).

A capa protetora do raríssimo artefato, apesar de ter sofrido gravemente a ação do tempo, ainda subsiste, acompanha o objeto e é de seda vermelha. Na capa ainda é possível ler os dizeres: “Deus e Pátria”.


Nascido em 8 de outubro de 1799, no Rio de Janeiro, Evaristo Ferreira da Veiga e Barros foi jornalista, político, poeta e livreiro, profissão que herdou do pai, o professor primário português Luís Saturnino da Veiga.


Apesar de ter vivido confortavelmente da sua própria livraria até a sua morte, Evaristo da Veiga tinha outras paixões. Uma delas era a política, na qual se engajou quando ingressou, em 1827, no jornal Aurora Fluminense, do qual rapidamente se tornou proprietário, escrevendo quase todos os artigos ali publicados.


Considerado por contemporâneos como um moderado combativo, Evaristo conciliou a sua admiração pela ordem e pelo decoro com inclinações liberais. Assim, ele fundou a Sociedade Defensora da Liberdade e Independência Nacional, com total comprometimento na defesa das liberdades constitucionais como condição de existência do Brasil.


Como desdobramento da sua atuação, foi eleito deputado por Minas Gerais, em 1830, tendo conquistado reeleições sucessivas até morrer. Evaristo da Veiga foi um das figuras basilares durante as Regências, sendo o condutor e defensor das posições liberais, de forma moderada, contribuindo fortemente para a consolidação das instituições públicas brasileiras. O jornalista foi ainda um grande apoiador do desenvolvimento artístico e intelectual da juventude nacional, tendo custeado parte dos estudos de dois criadores da revista Niterói: Araújo Porto Alegre e Torres Homem.


Imbuído de grande fervor patriótico foi ele quem compôs, em agosto de 1822, a letra do Hino da Independência, obra musicada pelo próprio D. Pedro I. A música, que foi o hino oficial do país durante toda a duração do Império do Brasil, é uma celebração emocionada da declaração da Independência do país.


Batizado incialmente como Hino Constitucional Brasiliense, o Hino da Independência contava com a música de Marcos Portugal. Depois foi transformado em Hino Nacional e foi musicado pelo chefe de estado. Nesta ocasião, a batuta de maestro, onde se vê gravadas na placa de ouro, claramente, 20 estrelas – uma para cada província da época – foi confeccionada e entregue ao imperador. Após o golpe militar que criou a República, em 1889, o hino foi relegado ao quase esquecimento, sendo resgatado no centenário da Independência do Brasil, em 1922, quando passou a ser chamado ’da Independência’.

 

 



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27 de fevereiro de 2025
Com curadoria de Desirée Monjardim, a individual de Fernando Cuntin explora a intensidade da cor e a dinâmica da forma. As pinturas de Fernando Cuntim serão expostas na Sala José Cândido de Carvalho, na exposição "Cuntin-Ta e Pincel". Com abordagem única, o artista cria experiências sensoriais intensas de sua visão artística. A mostra acontece na Sala José Cândido de Carvalho, na Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, com visitação até o dia 11 de abril. A entrada é gratuita. A exposição é apresentada pela doutora em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ e membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, Isis Braga, que destaca a força da obra do pintor. "A pintura, para ele, é um espaço onde os sentimentos ganham formas tangíveis e onde a beleza se revela em cada detalhe. Sua obra traduz um campo de forças, no qual a harmonia é conquistada pela tensão das cores e pela movimentação das formas, que fluem com liberdade e expressividade". Cuntin se interessou pela arte na adolescência, através das aulas de desenho e pintura com o professor Fábio Leopoldino, aprendendo técnicas como óleo, acrílica, pastel, guache e aquarela. "Desde então me dedico à pintura com as mãos cheias de tintas e pinceis e estou sempre praticando o desenho em cadernos de estudos, os chamados sketchbooks", afirma o artista. Serviço Exposição Cuntin-Ta e Pincel de Fernando Cuntin Curadoria de Desirée Monjardim Abertura: Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025 Horário:18h Visitação: até 11 de abril de 2025 Segunda a sexta, de 9h às 17h Entrada gratuita Local: Sala José Cândido de Carvalho End: Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, Niterói
27 de fevereiro de 2025
Este semana o tradicional jornal inglês ”The Guardian” publicou uma resenha opinando que o longa-metragem brasileiro ”Ainda Estou Aqui” ,dirigido por Walter Salles e com história retratada majoritariamente no Rio de Janeiro , é o favorito ao Oscar 2025 na categoria ”Melhor Filme Internacional” . No texto,a jornalista Wendy Ide , responsável pela opinião, diz que ”após o fiasco de ‘Emilia Pérez’ [outro filme na disputa], ‘Ainda Estou Aqui’ é o favorito”. Wendy também elogia Fernanda Torres , que concorre ao Oscar na categoria ”Melhor Atriz” após interpretar Eunice Paiva , protagonista do longa e esposa de Rubens Paiva, personagem central da história – representado no filme por Selton Mello -, assassinado durante a ditadura militar no Brasil. ”Fenomenal!Ela mereceu a indicação”, destacou Ide. Vale ressaltar que, além das duas indicações citadas acima, ”Ainda Estou Aqui”concorre também na principal categoria do Oscar, isto é, ”Melhor Filme”. A cerimônia de entrega das estatuetas acontecerá no próximo domingo (02/03), a partir das 21h (de Brasília), no Teatro Dolby, em Los Angeles, na Califórnia,Estados Unidos.
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