19 de fevereiro de 2025

Xadrez III estreia na Casa de Cultura Laura Alvim




Em comemoração aos 90 anos de Plínio Marcos, a companhia teatral Churros de Polvo estreia Xadrez III, um espetáculo que revisita a obra do autor, unindo dois de seus textos mais emblemáticos: Barrela (1958) e A Mancha Roxa (1988). Com direção de Henrique Manoel Pinho, a montagem mergulha na realidade do sistema carcerário brasileiro e lança luz sobre as diferenças de gênero nesse contexto, ao apresentar histórias ambientadas tanto em prisões masculinas quanto femininas. A peça ficará em cartaz até dia 27 de fevereiro na Casa de Cultura Laura Alvim.


Inspirada em fatos reais, “Barrela” é a primeira peça de Plínio Marcos e narra a história de um jovem preso que, em uma única noite, encara a crueldade e o abandono dentro da cadeia. Já “A Mancha Roxa”, transporta o público para uma cela feminina, onde presas de diferentes origens enfrentam tragédias pessoais, uma doença devastadora e a luta por sobrevivência. Embora a adaptação “Xadrez III” não tenha sido criada com a intenção específica de levantar o debate de gênero, a Cia revela que a montagem expõe a solidão das detentas e a dinâmica de violência entre os homens, evidenciando as particularidades de gênero enfrentadas em situações de encarceramento.


SERVIÇO


Data: 12 a 27 de fevereiro de 2025 – Quartas e quintas
Horário: 19h
Local: Casa de Cultura Laura Alvim (Sala Rogério Cardoso) - Av. Vieira Souto, 176 - Ipanema, Rio de Janeiro
Ingressos: R$50 (inteira); R$25 (meia)
Link para ingresso: https://funarj.eleventickets.com/#!/apresentacao/7fc1bda059ceb8a4a8862c194dd530581d416de2
Redes sociais: @ciachurrosdepolvo; @mar_comunicacao
Email imprensa: mar.imprensa@gmail.com (Mar Comunicação)

25 de abril de 2025
A dupla carismática de mecânicos Shazan e Xerife, interpretada respectivamente pelos atores Paulo José e Flavio Migliaccio, chegou às casas brasileiras em janeiro de 1972 pela novela O Primeiro Amor, de Walther Negrão. A popularidade garantiu que os dois ganhassem seu próprio programa: Shazan–Xerife & Cia., que consolidaria um lugar de honra na memória nacional. Primeira sitcom do país, essa história segue viva através do trabalho do pesquisador e escritor Saulo Adami, que reúne informações inéditas sobre o seriado na nova edição do livro Camicleta – Manual dos Proprietários. Entre as novidades da publicação, estão uma entrevista exclusiva com o criador Walther Negrão e com Marco Antônio Candido, artista plástico filho do cenógrafo Stoessel Candido da Silva, responsável pelo visual das principais invenções da dupla: a bicicleta voadora e a Camicleta. Fotografias inéditas foram incluídas a partir dos acervos pessoais de Paulo José e outros membros da equipe, além de imagens do destino da Camicleta após o fim do programa. A obra ainda conta com relatos de bastidores de profissionais que trabalharam na produção, como o diretor Reynaldo Boury, o sonoplasta Carlos Santa Rita, a atriz Lúcia Alves, o roteirista Eduardo Borsato e os atores Claudio Ayres da Motta, Reynaldo Gonzaga e Fabio Massimo, e a decupagem de 16 episódios da série. O material reunido é fruto de um processo de 10 anos de apuração de Saulo Adami. Após publicar seu primeiro livro sobre o assunto, Shazan–Xerife & Cia., em 2016, foi contatado por profissionais das produções de Negrão e reuniu mais informações para esta segunda obra, Camicleta – Manual dos Proprietários, em 2022. Apesar da dificuldade em localizar arquivos, o autor teve acesso a materiais indisponíveis até para a própria emissora do seriado. Para conclusão da nova edição, foi fundamental o acervo do pesquisador e doutor em teledramaturgia Mauro Alencar, que inclui episódios preservados do programa, além de imagens e documentos exclusivos. Com seu motor revisado e pulsante, jogos de pneus recauchutados previamente aquecidos e prontos para retomar o caminho da alegria, Camicleta e eu completamos a nostálgica viagem pela infinita estrada de papel e tinta que pavimentamos desde Nova Esperança, jornada sacolejante e fumacenta que nos levou de volta ao universo ficcional mais apaixonante e aventureiro da teledramaturgia brasileira da década de 1970. (Camicleta – Manual dos Proprietários, p. 32) Composto por elementos tão variados quanto os da Camicleta, o livro traz críticas da época, ilustrações e uma história em quadrinhos do premiado quadrinista Laudo Ferreira, costurados por um vocabulário repleto do “camicletês” falado no programa, que cunhou termos como “chabu”, “rebimboca da parafuseta” e o milagroso “chá de paripafora”. São comentados, ainda, a recepção e o legado da série, e como ela se insere na produção televisiva do país. Shazan–Xerife & Cia. é pioneira na conquista do público infantojuvenil e é o primeiro spin-off da televisão nacional. Com 170 livros publicados, Saulo Adami é um pesquisador e editor que também se dedica à memória do cinema e da televisão, sendo autor de outros títulos sobre o universo audiovisual do Brasil e de outros países. Por meio de uma trajetória tão mirabolante quanto a dos atrapalhados inventores, Camicleta – Manual dos Proprietários é um prato cheio para os fãs e leitores ávidos por informações de bastidores. Bem-humorado e afetuoso, o lançamento é mais uma etapa da “memória possível” de Shazan–Xerife & Cia. e uma homenagem à inventividade da televisão brasileira, que completa 75 anos em 2025. Sobre o autor: Escritor, pesquisador e editor, Saulo Adami nasceu em Brusque (SC) em 1965 e começou carreira na década de 1970. É autor de 170 livros lançados em português, inglês, espanhol e alemão, além de ter escrito, dirigido e produzido peças teatrais, programas de rádio e documentários para vídeo e cinema. Jornalista prático, por mais de 20 anos editou semanários e diários, colaborou com fanzines e revistas sobre cinema e televisão, incluindo Cinemin (RJ) e TV Séries (SP), e manteve um escritório de assessoria de comunicação social para sindicatos operários. Editou mais de 300 livros com os selos S&T e DOM. Desde 2011 mora em Curitiba (PR), onde criou e dirige o selo editorial Estrada de Papel há seis anos, ao lado de sua mulher, a psicóloga paranaense Jeanine Wandratsch Adami.
24 de abril de 2025
No dia 05 de abril, o Teatro Popular Oscar Niemeyer completou 18 anos de existência, levando muita arte e cultura para o Caminho Niemeyer, em Niterói. Conheça sua história. A história do Teatro Popular de Niterói se confunde inevitavelmente com a do Caminho Niemeyer, complexo de obras arquitetônicas projetado por Oscar Niemeyer, do qual o Teatro faz parte. E esta história começa ainda em 1997, um ano após a inauguração do Museu de Arte Contemporânea, obra que ajudou a projetar Niterói internacionalmente. O sucesso do MAC selou a parceria do arquiteto com a cidade. Em março daquele ano, pela primeira vez, o Caminho Niemeyer foi citado na imprensa, na coluna da jornalista Danuza Leão, no Jornal do Brasil. Dizia a nota: Trajetão - Com dinheiro para poucas obras, o prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira, ganhou um presente de Oscar Niemeyer. O arquiteto vai projetar, de graça, um caminho, digamos assim, estre a Estação das Barcas e o Museu de Arte Contemporânea - que com certeza ficará lindo, é claro