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19 de fevereiro de 2025

Livro sobre a cantora Adele será lançado no Rio


Uma pesquisa que surge a partir da admiração de um fã. Assim é o livro “Catarse Criativo: Neuromarketing e Consumo Emocional na obra '30' de Adele", de Guilherme Alves, mestrando em Comunicação, na UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Apaixonado por divas pop, é a partir da análise do álbum “30”, de Adele, que o autor discute o processo de criação, desenvolvimento e a história por trás da obra.

O livro terá seu lançamento no dia 20 de fevereiro (quinta-feira), às 18h, no Espaço Multifoco, na Lapa, Zona Central do Rio de Janeiro. O exemplar custa R$ 44,99, e pode ser adquirido nos sites da Editora Multifoco e da Amazon.

A capacidade catártica presente em Adele é analisada sob a perspectiva de um fã inserido academicamente, principalmente na área de estudos de fãs. A cantora traz, no disco “30”, aquilo que viveu. E a catarse é uma ferramenta da psicanálise de liberação emocional. O autor ressalta que esta não é uma característica apenas da Adele, mas também aparece na carreira de cantoras como Amy Winehouse e Luisa Sonza.

“Isso já é um processo que existe dentro do meio artístico, principalmente falando de canções, porque já se tem essa ideia do artista: que produz aquilo que vive, e que produz aquilo que sofre. Então acaba que ‘catarse’ é uma nomeação adequada para expressar parte do processo criativo do álbum”, explica Guilherme.

Muito além de ser voltada para os fãs da cantora, a obra é indicada para acadêmicos da área de comunicação, principalmente publicitários, e interessados na área dos estudos de música e de fãs. A capa do livro evoca simbologias importantes para os fãs de Adele: o planeta Saturno representa a transformação e a cantora o adota em suas redes sociais, além de tê-lo tatuado em seus braços. Entre os principais conceitos abordados no livro estão o Neuromarketing e o consumo emocional, ambos pontos da área de publicidade, oriundos do trabalho de conclusão de curso de Guilherme Alves, na Universidade Veiga de Almeida (UVA), no Rio de Janeiro.

“O ponto-chave é a análise das letras e das teorias de criatividade aplicadas aos processos publicitários, que são as primeiras coisas que eu trabalho no livro. Teorias da criatividade voltadas a processos catárticos, vinculados a expressão de sentimentos e ressignificação da dor”, avalia Guilherme.

Em busca de explorar as facetas emocionais demonstradas no disco, Guilherme Alves consultou relatos, entrevistas e documentários para conseguir captar o processo da artista - que na época passava por um divórcio. Entre os principais desafios da tarefa esteve conseguir se aprofundar dentro da vida de Adele e, assim, entender a perspectiva dela, do momento que vivia para trazer determinadas emoções nas faixas.

“Eu nunca experienciei o divórcio, mas acaba que você entra numa imersão, nessa busca da compreensão e toda a subjetividade que ela estava trazendo no disco, com as camadas do storytelling. Da primeira à última música, tem uma história ali que está sendo trabalhada. Como fã, me permiti sentir determinadas coisas a partir da audição do álbum. Em seguida, como pesquisador que vai analisar o trabalho, fiz um trabalho de comparação e interpretação da subjetividade ali presente”, explica Guilherme.

A relação do autor com a cantora tem início ainda em 2011, no lançamento do segundo disco, “21”, quando os singles “Rolling in the Deep” e “Someone Like You” se tornaram trilha sonora das novelas “Morde e Assopra” e “Fina Estampa”, respectivamente. Nessa época, ele ouvia a canção na TV, no rádio e, ainda, buscava os clipes no YouTube. Mas é com o disco mais recente “30” (2021), que Guilherme se torna fã.

“Estava em um momento um pouco complicado na minha vida, que envolviam situações pessoais e de trabalho. E ouvir aquele álbum várias e várias vezes me ajudou muito a lidar com estas questões. Me identificava muito com algumas coisas que ela canta, como em ‘Cry Your Heart Out’, e em ‘Hold On’, que traz uma perspectiva muito de você aguentar firme em momentos difíceis, porque as coisas vão melhorar, e elas tendem a melhorar. A minha relação com ela é de apoio, pois sinto como se ela estivesse comigo em momentos que nem eu mesmo me reconhecia. As dificuldades emocionais, as dores, ela enfrentou comigo”, confessa Guilherme.



Conheça o autor



Publicitário de formação, Guilherme Alves é hoje estudante de Mestrado em Comunicação, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com bolsa Capes. O livro “Catarse Criativo: Neuromarketing e Consumo Emocional na obra '30' de Adele" é a sua primeira publicação, sendo uma adaptação do seu trabalho de conclusão de curso na Universidade Veiga de Almeida (UVA), no Rio de Janeiro. Atualmente faz parte dos grupos de pesquisa Cultpop (Cultura Pop, Comunicação e Tecnologia) e Cats (Culturas Aurais e Tecnologias de Si).

27 de fevereiro de 2025
Com curadoria de Desirée Monjardim, a individual de Fernando Cuntin explora a intensidade da cor e a dinâmica da forma. As pinturas de Fernando Cuntim serão expostas na Sala José Cândido de Carvalho, na exposição "Cuntin-Ta e Pincel". Com abordagem única, o artista cria experiências sensoriais intensas de sua visão artística. A mostra acontece na Sala José Cândido de Carvalho, na Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, com visitação até o dia 11 de abril. A entrada é gratuita. A exposição é apresentada pela doutora em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ e membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, Isis Braga, que destaca a força da obra do pintor. "A pintura, para ele, é um espaço onde os sentimentos ganham formas tangíveis e onde a beleza se revela em cada detalhe. Sua obra traduz um campo de forças, no qual a harmonia é conquistada pela tensão das cores e pela movimentação das formas, que fluem com liberdade e expressividade". Cuntin se interessou pela arte na adolescência, através das aulas de desenho e pintura com o professor Fábio Leopoldino, aprendendo técnicas como óleo, acrílica, pastel, guache e aquarela. "Desde então me dedico à pintura com as mãos cheias de tintas e pinceis e estou sempre praticando o desenho em cadernos de estudos, os chamados sketchbooks", afirma o artista. Serviço Exposição Cuntin-Ta e Pincel de Fernando Cuntin Curadoria de Desirée Monjardim Abertura: Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025 Horário:18h Visitação: até 11 de abril de 2025 Segunda a sexta, de 9h às 17h Entrada gratuita Local: Sala José Cândido de Carvalho End: Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, Niterói
27 de fevereiro de 2025
Este semana o tradicional jornal inglês ”The Guardian” publicou uma resenha opinando que o longa-metragem brasileiro ”Ainda Estou Aqui” ,dirigido por Walter Salles e com história retratada majoritariamente no Rio de Janeiro , é o favorito ao Oscar 2025 na categoria ”Melhor Filme Internacional” . No texto,a jornalista Wendy Ide , responsável pela opinião, diz que ”após o fiasco de ‘Emilia Pérez’ [outro filme na disputa], ‘Ainda Estou Aqui’ é o favorito”. Wendy também elogia Fernanda Torres , que concorre ao Oscar na categoria ”Melhor Atriz” após interpretar Eunice Paiva , protagonista do longa e esposa de Rubens Paiva, personagem central da história – representado no filme por Selton Mello -, assassinado durante a ditadura militar no Brasil. ”Fenomenal!Ela mereceu a indicação”, destacou Ide. Vale ressaltar que, além das duas indicações citadas acima, ”Ainda Estou Aqui”concorre também na principal categoria do Oscar, isto é, ”Melhor Filme”. A cerimônia de entrega das estatuetas acontecerá no próximo domingo (02/03), a partir das 21h (de Brasília), no Teatro Dolby, em Los Angeles, na Califórnia,Estados Unidos.
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