O Museu de Arte do Rio continua até o dia 27 de novembro com a exposição principal “Um Defeito de Cor”. A mostra é baseada nos contextos sociais, culturais, econômicos e políticos do século XIX, abordados no livro de mesmo nome da escritora mineira Ana Maria Gonçalves. Ao todo serão 400 obras de artes entre desenhos, pinturas, vídeos, esculturas e instalações de mais de 100 artistas de localidades como Rio de Janeiro, Bahia, Maranhão e até mesmo do continente africano, em sua maioria negros e negras, principalmente mulheres. A exposição tem obras inéditas de Kwaku Ananse Kintê, Kika Carvalho, Antonio Oloxedê, Goya Lopes, produzidas especialmente para homenagear o livro.
“Espero que as histórias contadas na mostra atinjam um público não atingido pelo livro. O grande fotógrafo Januário Garcia dizia que existe uma história do negro sem o Brasil, mas que não existe uma história do Brasil sem o negro (e aqui tomo a liberdade de acrescentar os povos indígenas). Que as pessoas saiam de lá sabendo disto e coloquem em dúvida tudo que aprenderam sobre o Brasil sem que tenhamos sido ouvidos.”, conta a autora do livro Um Defeito de Cor.
Dividida em 10 núcleos, que se espelham nos 10 capítulos do livro, a mostra fala de revoltas negras, empreendedorismo, protagonismo feminino, culto aos ancestrais, África Contemporânea, entre outros temas.
“A exposição não tem uma relação direta com o livro. Não é uma história ilustrada do livro. É uma relação de interpretação. A gente interpreta o livro junto com a Ana Maria, trazendo imagens e obras a partir dos conceitos que ela aborda no livro. E não damos detalhes da narrativa.” conta Marcelo Campos, Curador-Chefe do MAR, que faz a curadoria compartilhada ao lado de Amanda Bonan e Ana Maria Gonçalves.
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