Definido como “dramédia”, o drama cômico da atriz e dramaturga Isabella Igreja parte do ditado popular “a esperança é a última que morre” para propor uma reflexão profunda sobre o cansaço enfrentado diante das esperas e frustrações da vida. A peça, inspirada em um drama pessoal da atriz, busca explorar as emoções e os desafios enfrentados por indivíduos que lutam para manter a esperança, mesmo diante das adversidades e dos obstáculos do cotidiano. “Ri melhor a última que morre” terá duas apresentações no Teatro Cândido Mendes, nos dias 20 e 27 de agosto.
Com referência a vídeos da internet, memes e clássicos do teatro, a peça joga com o imaginário popular, e conduz o público a uma investigação criativa sobre a situação limite que leva a esperança a ser a última que resta. “É sobre uma atriz que, olhando para a sua carreira, busca motivos para continuar seguindo em frente. Ao se questionar sobre a esperança, percebe que outros sentimentos que viriam antes dela possivelmente já estejam mortos. Que sentimentos foram sendo perdidos, deixados, assassinados no caminho até chegar na esperança?”, comenta Isabella.
Este é o primeiro texto teatral escrito pela atriz, que começou no teatro ainda na infância e fez trabalhos para a publicidade e televisão. Isabella estudou no Tablado e na CAL (Casa das Artes de Laranjeiras). Hoje dá aulas na Catsapá, uma escola de musicais, onde também estudou a vida inteira. “Sempre tive uma formação continuada nesse sentido, artisticamente. Não só na atuação, como também dança, circo, sapateado, música, tudo caminhava junto”, revela a atriz, que também cursou comunicação na PUC. A estreia como dramaturga surgiu como um caminho natural
Com direção de Gabriel Naegele, a peça deve ser encarada como um processo em aberto, uma obra viva, em movimento, que está em fase de pesquisa e construção. O diretor é formado em psicologia com especialização em artes cênicas e revela que o desafio ao dirigir “Ri Melhor A Última que Morre” foi trazer espaço para o inesperado no processo criativo. Assim como a atriz-autora enfrentou em sua criação, o público será conduzido a uma jornada emocional, explorando sentimentos de desânimo, medo, superação, perseverança e esperança diante das dificuldades, abordando as diferentes consequências psicológicas que podem surgir desse processo.
A atriz defende que a peça é para ser vista como um espelho. “Enquanto tem vida, precisa ter arte, porque o ser humano cresce à medida que olha para as próprias histórias. Nós somos os únicos seres que fazem isso. Os bichos não ficam contando entre si as histórias deles próprios, mas para nós, seres humanos, isso é intrínseco. Para mim essa peça é um ato de esperança na sociedade nesse sentido, de cada um conseguir se enxergar, se projetar ali, ser visto e vermos uns aos outros também”, finaliza.
SERVIÇO:
Local: Teatro Cândido Mendes
Data: 20 e 27 de agosto
Horário: 20h
Ingressos: R$ 25 meia; R$50 inteira
pelo Sympla https://bileto.sympla.com.br/event/95860/d/265776
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