22 de agosto de 2023

No Dia do Folclore livros promovem o incentivo à leitura e conhecimento da cultura popular

Com o objetivo de resgatar, valorizar e dar visibilidade às expressões populares de diferentes culturas, em 22 de agosto é celebrado no Brasil o Dia do Folclore. O termo tem origem em duas palavras inglesas, folk (povo) e lore (que pode ser traduzido como tradição). Folclore é um conjunto de expressões culturais que são transmitidas de geração em geração. Estas manifestações caracterizam a identidade cultural de uma sociedade, através da valorização das experiências, vivências e da sabedoria ancestral.


No Brasil, o folclore reúne diversas expressões das culturas indígena, africana e europeia, dando origem a uma infinita gama de histórias, danças, mitos, músicas e tradições que compõem o folclore nacional.


Para celebrar a data, a PAULUS Editora seleciona abaixo cinco títulos indicados para as crianças terem contato e aprofundarem seu conhecimento no folclore brasileiro. São obras que podem ser usadas por professores, educadores e pais, para despertar a consciência dos pequenos leitores para a valorização da cultura popular e o incentivo à leitura. Confira a seguir:


A lenda do saci-pererê em cordel

Com linguagem criativa e um colorido contagiante nas ilustrações, esta obra tem como objetivo preservar o mito do Saci-pererê, contado de geração para geração, além de servir como instrumento para promover, entre crianças e jovens, o interesse pela cultura e pelas raízes do nosso país. Com toda a magia da literatura de cordel, o autor conta que o Saci foi abandonado, mas, felizmente, encontrado por um casal que sentiu muita pena da criança magra e desprezada. Como se não bastasse, ela tinha uma perna só. Saiba mais.

Ficha técnica
Título: A lenda do Saci-Pererê em cordel
Autor: Marco Haurélio
Ilustração: Elma
Acabamento: grampeado
Formato: 21 cm x 27 cm
Páginas: 24
 


Mitos e lendas do Brasil em cordel

Com entusiasmo pela diversidade das histórias e personagens que regem a cultura brasileira, Nireuda Longobardi apresenta “Mitos e lendas do Brasil em cordel”. O livro busca resgatar a riqueza dos personagens e lendas do Brasil e oferece às crianças e aos jovens alguns dos contos que falam de guardiões da nossa fauna e flora, como o Saci, o Boto, a Iara, o Lobisomem, o Curupira, a Mula-sem-cabeça, entre muitos outros. Saiba mais.

Ficha Técnica
Título: Mitos e lendas do Brasil em cordel
Autora: Nireuda Longobardi
Ilustrações: Nireuda Longobardi
Acabamento: grampeado
Formato: 21 (larg) x 27 (alt)
Páginas: 56


Contos folclóricos brasileiros

Os contos folclóricos reunidos nesta coletânea, mais do que o esforço de preservação das nossas tradições populares, são peças de raro brilho literário, fruto da beleza e simplicidade da tradição popular, “o alimento espiritual dos povos”. O conto folclórico conserva informações de hábitos, costumes, ritos e mitos aparentemente desaparecidos ou esquecidos, mas que persistem na transmissão de geração a geração. Todos os contos desta antologia foram colhidos diretamente da fonte mais pura: a memória popular. Saiba mais.

Ficha Técnica
Título: Contos folclóricos brasileiros
Autor: Marco Haurélio
Ilustrações: Maurício Negro
Acabamento: Brochura
Formato: 17 (larg) x 24 (alt)
Páginas: 144


Artes do caipora em cordel

Presença marcante em todo o Brasil, desde o tempo em que havia muitas florestas e caça abundante, o Caipora é um duende que assombra e persegue os caçadores que abatem mais animais do que necessário à sua sobrevivência. É esse o tema que Marco Haurélio, poeta popular e folclorista, aborda na obra “Artes do Caipora em cordel”; um livro ricamente ilustrado por Luciano Tasso, narrado em cordel, costurando dois contos em que o Caipora figura como assombração das matas tropicais. Saiba mais.

Ficha Técnica
Título: Artes do Caipora em cordel
Autor: Marco Haurélio
Ilustrador: Luciano Tasso
Acabamento: Grampeado
Formato: 21 cm x 27 cm
Páginas: 48


Folclore e mitos – brincando com dobraduras

Saci, Lobisomem, Boitatá são alguns dos principais mitos do Brasil, que nesta obra são mostrados de uma forma divertida. Em algumas histórias, as personagens utilizam a tecnologia moderna, como a internet. No início, a autora Gláucia Lombardi orienta seu leitor explicando o significado dos símbolos que ajudam a criança a dobrar o papel de maneira correta. Saiba mais.

Ficha Técnica
Título: Folclore e mitos - brincando com dobraduras
Autora: Gláucia Lombardi
Acabamento: Grampeado
Formato: (AxC): 27,50 x 21,00
Páginas: 24


7 de setembro de 2025
Projeto inédito traz a dança e a pesquisa de mascaradas para a abertura do Festival Palavra Líquida 2025 no Sesc Copacabana, Madureira e São João de Meriti, em apresentações gratuitas Resultado de uma pesquisa de seis anos, o experimento cênico “Gorila de Saco” estreia nos palcos do Sesc como parte da abertura oficial da décima edição do Festival Palavra Líquida. O trabalho, que já se desdobrou em filme e folguedo, chega ao teatro pela primeira vez, buscando resgatar a figura do gorila de saco do lugar da violência e do estigma social. Tradicionalmente presente nas ruas das favelas do Rio de Janeiro, especialmente na Zona Norte e na Zona Oeste, o gorila de saco transitava à noite, amedrontando e divertindo crianças, performando como um animal imaginário que se tornou símbolo de uma cultura de rua efêmera, mas inesquecível. Inspirado nessa tradição, o projeto transforma anos de pesquisa em um espetáculo que celebra a mascarada, a ancestralidade e a resistência cultural. A obra é movimentada pela artista transdisciplinar e dramaturga nascida na Zona Oeste do Rio, Luzé Gonçalves, integrante de uma família que preserva a tradição dos gorilas do saco, e é realizada pela Entretempo Produções. Direção e dramaturgia assinados pela parceria entre Renata Tavares e Luzé Gonçalves. Encenado por VN Rodrigues, com trilha sonora e música ao vivo de Beà Ayóòla, o espetáculo ganha vida nos palcos por meio da dança e da música, proporcionando uma imersão na cultura popular. Memória e resistência Por conta de seu passado, o personagem ainda sofre preconceito e é pouco compreendido pela sociedade, sendo associado a atos violentos e até proibido em alguns lugares. No entanto, para Luzé, esse estigma não representa a verdadeira natureza da fantasia, que carrega consigo resistência cultural e identidade popular, distante da criminalidade equivocadamente associada a ela. Como um dos destaques do Festival Palavra Líquida, que celebra o tempo e a festa, a peça convida o público a ir além do estigma e a mergulhar em uma história de ancestralidade e resistência. “É meu desejo, ao fazer o filme, o folguedo e agora essa apresentação, que a gente tire o gorila de saco do lugar da violência e do estigma. O que estamos fazendo é celebrando a mascarada e sua ancestralidade”, ressalta Luzé Gonçalves. O trabalho tem um forte apelo pessoal para a idealizadora, que cresceu em Padre Miguel e carrega a tradição do carnaval em sua própria família. Essa conexão íntima com a cultura de rua, torna a obra ainda mais potente. Serviço O quê: “Gorila de Saco” Quando: 5, 6 e 14 de setembro de 2025 Onde: Sesc Copacabana (5 e 6 de setembro) e Sesc São João de Meriti (14 de setembro)
7 de setembro de 2025
Uma mulher de 40 anos, recém-separada, diante de caixas cheias de lembranças e novos caminhos pela frente. Essa é a premissa de “Fora da caixa”, comédia dramática escrita e protagonizada por Dani Fritzen, em parceria com o ator Mario Neto e direção de Marcos Ácher. O espetáculo, que estreou em 2021 e já passou por diferentes palcos do Rio de Janeiro, foi adaptado em 2024 para o cinema, com estreia em 2025 no Festival Mulher de Niterói. “Fora da caixa” acompanha Ana, personagem de Dani Fritzen, que decide recomeçar a vida após uma separação. Ao lado de Edu (Mario Neto), seu alter ego, ela enfrenta reflexões sobre infância, família, prazer feminino, padrões de beleza, relações abusivas, envelhecimento, fé e vulnerabilidades. O mote central da peça é um convite à autenticidade: “Se você deixar de ser para caber, não é o seu lugar”. O texto foi escrito durante o confinamento da pandemia de Covid-19 e marcou a estreia de Dani Fritzen na dramaturgia adulta, após 11 livros publicados na literatura infantojuvenil — quatro deles já adaptados para o teatro. A peça estreou em 2021 em versão online e, ainda no mesmo ano, fez temporada presencial no Theatro Municipal de Niterói, viabilizada pelo edital da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (SECEC) e pela Lei Aldir Blanc. Em 2022, ganhou formato intimista no Teatro Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, aproximando público e personagem como se todos estivessem dentro da casa de Ana. No mesmo ano, passou pelo Teatro da UFF e participou do Festival Mulher, com roda de debate após a apresentação. Do palco ao cinema A trajetória da obra se ampliou em 2024, quando Dani Fritzen escreveu o roteiro da versão cinematográfica, dirigida por HSu Chien. O curta-metragem, lançado em 2025 no Festival Mulher de Niterói, preserva a essência poética da peça, mas explora novas possibilidades visuais para o mergulho nas transformações de Ana. Com essa transição, “Fora da caixa” reforça a capacidade do teatro em dialogar com outras linguagens artísticas, mantendo-se fiel ao seu propósito: falar sobre recomeços de forma leve, acessível e emocionante. Por que isso importa Em tempos de incerteza e mudanças pessoais e sociais aceleradas, histórias que tratam de autoconhecimento, coragem e reinvenção encontram forte ressonância no público. A peça e o curta oferecem identificação a diferentes gerações, especialmente a mulheres que enfrentam dilemas relacionados à independência, envelhecimento e busca por autenticidade. O sucesso da obra também destaca a força das produções independentes no cenário cultural brasileiro, que, mesmo em meio a desafios de financiamento, conseguem ocupar palcos e festivais, além de circular entre teatro e cinema.