Blog Layout

22 de novembro de 2024

Na Semana da Consciência Negra, peça Òrò estreia no Teatro Ruth de Souza


Òrò, do iorubá, pode ser traduzido como palavra. Mas a palavra já existe antes de ser dita porque ela é presença. E quando a presença ganha vida no corpo, ela se transforma e revive em tudo e em todos. Na Semana da Consciência Negra, o espetáculo Òrò chega em Santa Teresa, com a proposta de ir além de uma contação de histórias, mas sim como uma experiência conduzida pela atriz e educadora Tatiana Henrique.



Com estreia neste sábado (23), e permanecendo em cartaz até o dia 08 de dezembro, o monólogo surge da tese de doutorado de Tatiana Henrique, articulando História e Filosofias Africanas da Arte e História do Teatro Africano, fundamentado no Teatro Ritual de Máscaras. E o palco para a celebração da dádiva dos saberes ancestrais que vivem ao longo dos tempos é o Teatro Ruth de Souza, no Parque Glória Maria.



Nele, a encenação, a dramaturgia e o pensamento crítico se fundem em uma palestra-performance onde Òrò parte de um ìtàn (lenda ou mito africano) que conta sobre o início de tudo e do nada. Oludumare (a Força da Criação para o pensamento iorubano) sugere que Ogbon (a sabedoria), Oye (o conhecimento) e Imó (a compreensão) venham viver na Terra. Ao fazerem isso, as três forças se juntam em uma força maior nomeada Òrò: a palavra, que antes mesmo de ser enunciada, já é potência de tudo que poderia vir a ser criado.



Como define Tatiana Henrique, que dirige, produz e atua no espetáculo: “Òrò traz o poder da palavra na cultura iorubá e como ela se relaciona com as artes cênicas, fazendo dessa relação, uma ponte do Brasil com o continente africano”. Com o objetivo de repovoar o imaginário, ampliando a dimensão simbólica das filosofias de matrizes africanas, o monólogo tem classificação livre e intérprete de LIBRAS, e se coloca como um convite a todos que desejam uma experiência repleta de ancestralidade e saberes.



O espetáculo conta com o apoio da Prefeitura do Rio e da Secretaria Municipal de Cultura. E é uma realização da Obalufônica, uma criadora de ações artísticas e educativas coordenadas por Tatiana Henrique e Hebert Said, que trazem projetos fundamentados nas linguagens artísticas das culturas africanas, afro-brasileiras, dos povos originários do território brasileiro e indiana, e que também apoia trabalhos de outros coletivos.



Serviço: Espetáculo Òrò



Datas: 23, 24 e 30 de novembro; e 01, 07 e 08 de dezembro


Horários: sábados às 19h, domingo às 17h


Local: Teatro Ruth de Souza


Endereço: Parque Glória Maria (Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa)


Ingressos: R$ 20,00 (inteira) – R$ 10,00 (meia entrada)


Ingressos à venda na bilheteria do teatro


Informações: obalufonica@gmail.com ou @obalufonica no Instagram


Classificação livre





27 de fevereiro de 2025
Com curadoria de Desirée Monjardim, a individual de Fernando Cuntin explora a intensidade da cor e a dinâmica da forma. As pinturas de Fernando Cuntim serão expostas na Sala José Cândido de Carvalho, na exposição "Cuntin-Ta e Pincel". Com abordagem única, o artista cria experiências sensoriais intensas de sua visão artística. A mostra acontece na Sala José Cândido de Carvalho, na Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, com visitação até o dia 11 de abril. A entrada é gratuita. A exposição é apresentada pela doutora em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ e membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, Isis Braga, que destaca a força da obra do pintor. "A pintura, para ele, é um espaço onde os sentimentos ganham formas tangíveis e onde a beleza se revela em cada detalhe. Sua obra traduz um campo de forças, no qual a harmonia é conquistada pela tensão das cores e pela movimentação das formas, que fluem com liberdade e expressividade". Cuntin se interessou pela arte na adolescência, através das aulas de desenho e pintura com o professor Fábio Leopoldino, aprendendo técnicas como óleo, acrílica, pastel, guache e aquarela. "Desde então me dedico à pintura com as mãos cheias de tintas e pinceis e estou sempre praticando o desenho em cadernos de estudos, os chamados sketchbooks", afirma o artista. Serviço Exposição Cuntin-Ta e Pincel de Fernando Cuntin Curadoria de Desirée Monjardim Abertura: Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025 Horário:18h Visitação: até 11 de abril de 2025 Segunda a sexta, de 9h às 17h Entrada gratuita Local: Sala José Cândido de Carvalho End: Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, Niterói
27 de fevereiro de 2025
Este semana o tradicional jornal inglês ”The Guardian” publicou uma resenha opinando que o longa-metragem brasileiro ”Ainda Estou Aqui” ,dirigido por Walter Salles e com história retratada majoritariamente no Rio de Janeiro , é o favorito ao Oscar 2025 na categoria ”Melhor Filme Internacional” . No texto,a jornalista Wendy Ide , responsável pela opinião, diz que ”após o fiasco de ‘Emilia Pérez’ [outro filme na disputa], ‘Ainda Estou Aqui’ é o favorito”. Wendy também elogia Fernanda Torres , que concorre ao Oscar na categoria ”Melhor Atriz” após interpretar Eunice Paiva , protagonista do longa e esposa de Rubens Paiva, personagem central da história – representado no filme por Selton Mello -, assassinado durante a ditadura militar no Brasil. ”Fenomenal!Ela mereceu a indicação”, destacou Ide. Vale ressaltar que, além das duas indicações citadas acima, ”Ainda Estou Aqui”concorre também na principal categoria do Oscar, isto é, ”Melhor Filme”. A cerimônia de entrega das estatuetas acontecerá no próximo domingo (02/03), a partir das 21h (de Brasília), no Teatro Dolby, em Los Angeles, na Califórnia,Estados Unidos.
Share by: