10 de maio de 2022

Missas com canto gregoriano no Mosteiro de São Bento

uma mescla da arte, cultura e religião 


Além da ênfase religiosa, as missas com canto gregoriano do secular mosteiro católico, são uma das principais atrações artísticas e culturais da cidade do Rio de Janeiro 

Depois de dois anos fechado, por conta da pandemia, o Mosteiro de São Bento reabriu as portas sem restrições no último dia 25 de Abril. 

Fundado em 1590 por monges vindos da Bahia, o Mosteiro Beneditino do Rio de Janeiro foi construído a pedido dos próprios habitantes da recém-fundada cidade de São Sebastião. Em pleno centro da grande metrópole, conserva-se como um lugar de silêncio e oração. A visita é restrita à Igreja Nossa Senhora de Montserrat, anexa ao Mosteiro. Detalhes como o portão em ferro art nouveau e os altares em jacarandá cobertos por ouro são impressionantes. A riqueza de detalhes no interior da igreja é fascinante. As talhas douradas folheadas a ouro 18 quilates levaram décadas para serem concluídas. O esplendoroso altar-mor, com seus dois impressionantes lampadários de prata, tem ao centro a imagem da titular da Igreja Abacial, Nossa Senhora do Monserrate, ladeada por São Bento e Santa Escolástica. Ao longo de toda a nave, estão distribuídas oito capelas laterais. Seus retábulos têm um delicado trabalho de talha e uma profusão de detalhes que podem consumir horas de apreciação, que se estendem ainda mais quando os olhos se voltam para o teto, onde pinturas contam a história de São Bento. No segundo andar, restrito aos monges, está instalado um precioso órgão datado de 1773, com aproximadamente 3.800 tubos, que é tocado apenas por dois monges organistas e eventuais convidados. O Mosteiro de São Bento é um dos principais monumentos de arte colonial do Rio e do país.

As missas com canto gregoriano acontecem de segunda a sexta, às 7h30, aos sábados, às 8h, e aos domingos, às 10h.

 

Mosteiro de São Bento

Rua Dom Gerardo, 68, centro, Rio de Janeiro. Aos domingos missa com cantos gregorianos sempre às 10 horas.

 

26 de agosto de 2025
Nos anos 1980, em plena efervescência cultural do Rio de Janeiro, boates, praias, festas e rodas de samba conviviam com o avanço silencioso de uma doença ainda desconhecida. A Aids chegava ao Brasil carregada de medo, estigma e manchetes carregadas de preconceito. Enquanto artistas, jovens e militantes tentavam se reinventar diante da incerteza, a ausência de políticas públicas deixava famílias desamparadas. É nesse cenário que se passa "Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente", série da HBO Max em parceria com a Morena Filmes. A trama, exibida em cinco episódios a partir de domingo (31), acompanha um grupo de comissários de bordo que, ao perceber a falta de medicamentos no país, decide arriscar a própria vida para trazer clandestinamente o AZT, o primeiro antirretroviral aprovado no exterior. A operação, feita às escondidas, salvava vidas enquanto o poder público se mantinha inerte. A narrativa é inspirada em casos reais revelado pelo jornalista Leandro Machado em uma reportagem. O elenco principal reúne Johnny Massaro, Bruna Linzmeyer, Ícaro Silva, Eli Ferreira e Kika Sena. Sob direção de Marcelo Gomes e com consultoria da infectologista Márcia Rachid, a série mergulha nas nuances da amizade, do medo e da resistência numa época em que a doença era analisada sob um viés preconceituoso, a ponto de ser classificada como "peste gay". A estética aposta em uma reconstrução de época detalhada: figurinos que remetem à moda oitentista, locações no centro do Rio e uma fotografia que transita entre a vibração das festas frequentadas pelos personagens e a dureza dos hospitais. Johnny Massaro afirma que viver esse período na pele do personagem foi um processo transformador. Ele diz que algumas cenas exigiram muito emocionalmente, sobretudo as que retratam a perda de pessoas próximas. Para o ator, a série vai além da dor: fala sobre como a vida insiste em continuar, mesmo em meio ao luto. "A gente precisou entender que não estávamos apenas encenando uma história de sofrimento, mas também de afeto e de resistência", conta.
25 de agosto de 2025
A arte brasileira contemporânea produzida por dez grandes artistas mulheres. Essa é a linha curatorial da 5ª edição do projeto ArtRio Educação, que estreia no Museu de Arte Contemporânea de Niterói – MAC no dia 27 de agosto. Trazendo grandes painéis com reproduções das obras, a mostra educativa e interativa é gratuita e leva conhecimento – e diversão – para todos os públicos. A curadoria da mostra é de Fernanda Lopes, que selecionou dez artistas de diferentes gerações, formações e trajetórias. Além disso, são artistas com linguagem e produção muito diferentes entre si, o que vai proporcionar ao público uma visão mais ampla e diversa sobre o mundo da arte e suas possibilidades - da pintura à instalação, do têxtil ao desenho, da fotografia ao objeto. As artistas presentes na mostra são Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Claudia Andujar, Claudia Hersz, Madalena Santos Reinbolt, Marcela Cantuária, Marina Weffort, Sonia Gomes, Tadáskia e Vânia Mignone. “Suas obras lidam com questões como identidade, corpo, memória, território, ancestralidade, linguagem e matéria, e investigam, de maneira crítica e inventiva, as urgências do tempo presente. Em conjunto, elas chamam a atenção do público para diferentes possibilidades de olhar, pensar e atuar no mundo ao nosso redor”, reflete a curadora Fernanda Lopes. Museu de Arte Contemporânea de Niteroi - MAC Mirante da Boa Viagem S/Nº Abertura 27 de agosto Até 14 de setembro na Praça do MAC  Visitação gratuita