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6 de outubro de 2024

Espetáculo "Eu conto essa história" será encenado dia 25 no Teatro Municipal com entrada gratuita

O espetáculo Eu conto essa história apresenta três narrativas de famílias que cruzaram continentes e oceano em direção ao Brasil e encontraram, no Rio de Janeiro, um novo lar. Estes imigrantes trouxeram suas malas repletas de lembranças, costumes e expectativas de encontrar segurança, trabalho e um bom lugar para viver e criar seus filhos.



Os personagens das três histórias são de famílias de origem judaica e vão chegar, no final de seu trajeto, ao Rio de Janeiro. Esse é o ponto que os une neste enredo. Entre um conto e outro, os espectadores vão se encantar com blocos de músicas. Este é o ponto de partida para o espetáculo que será encenado dia 25 de outubro no Salão Assyrio, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com entrada gratuita, depois de ter sido apresentado em cinco Colégios Estaduais, para cerca de 1.400 estudantes cariocas.



No elenco as atrizes cantoras Adassa Martins e Leticia Pinheiro e os músicos André Rodrigues e Lucas Salustriano. Quem assina o roteiro é a escritora Daniela Chindler. Guilherme Miranda assina a direção cênica e divide a direção musical com Madá Nery. Os figurinos, inspirados na moda de 1920, são de Flavia Rocha.



“Embora o roteiro fale da comunidade judaica, todos podemos nos enxergar nas histórias dos personagens. Afinal, o povo brasileiro foi feito de diversas levas migratórias, algumas espontâneas, outras forçadas. Tantos de nós também somos descendentes de homens e mulheres que deixaram sua terra natal para tentar a sorte nas “cidades grandes”. Ao contar essa história, o livro abre a janela para muitas outras buscas, pois ao olhar para o outro, entendemos quem somos”, pontua Daniela Chindler, autora do roteiro e do livro “Uma casa no mundo”.



A primeira narrativa tem o tom dos contos encantados que transportam os ouvintes para lugares distantes: “Nevava na Polônia e os irmãos Szpilman viajavam de carroça. Iam bem agasalhados, mas, ainda assim, suas bochechas ficavam vermelhas, queimadas pelo frio. Os irmãos, Shmuel, Moishe e Wladislaw esfregavam as mãos para se aquecer do vento gelado, e a conversa era animada e esquentava a alma. Desde pequenos, os três irmãos tocavam na orquestra do avô, violinista, que era muito requisitada nas cidades vizinhas ao povoado polonês onde moravam. A música era a profissão e a vida dos Szpilman. Não à toa que o sobrenome da família tenha se originado de sua ocupação: Szpilman é “o homem que toca”.



O segundo conto segue no Leste Europeu e apresenta aos espectadores o Kindertransport, o transporte das crianças. Um pouco antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial vagões de trens saíram da Alemanha e de países ocupados pelas tropas nazistas, como Áustria, Tchecoslováquia e Polônia, levando crianças judias para um lugar seguro: a Inglaterra. Só as crianças foram resgatadas e neste momento que o mundo infelizmente se vê pontuado por guerras está é uma história que traz a realidade das crianças refugiadas.



A terceira e última história leva os espectadores para o norte do Marrocos, aos pés das montanhas do Rife, onde está encravada a cidade de Tetuán, conhecida como “Pomba branca” porque suas casas pintadas de cal lembravam a ave.



Ao trazer a trajetória dessas três famílias, o espetáculo Eu conto essa história abre uma janela para que muitas outras sejam ouvidas. “Lembrem-se do passado, daquilo que aconteceu há muitos anos. Perguntem aos seus pais e peçam aos velhos que lhes contém o que se passou”, é o que diz a Torá, livro-coração da tradição judaica. Ao ouvir o passado, podemos refletir sobre o presente e construir um futuro baseado no amor à diversidade, pois estrangeiros somos todos nós.



- Levar o espetáculo para o Theatro Municipal é muito importante para mim porque meu bisavô era um pianista e regente russo (nascido em Odessa, Ucrânia, então parte do Império Russo) que migrou para o Brasil e teve como ganha-pão, nos primeiros anos na nova terra, a atividade de pianista em filmes de cinema mudo. E ele justamente tocava piano nos cines da Cinelândia, na década de 1920! A Cinelândia tem esse nome por conta da quantidade de cinemas suntuosos erguidos na região. – afirma Daniela.



Eu conto essa história



Dia 25/10 – sexta-feira – às 19h (salão aberto a partir das 18h



Salão Assyrio do Theatro Municipal do Rio de Janeiro



Praça Floriano, S/N - Centro



Entrada gratuita

27 de fevereiro de 2025
Com curadoria de Desirée Monjardim, a individual de Fernando Cuntin explora a intensidade da cor e a dinâmica da forma. As pinturas de Fernando Cuntim serão expostas na Sala José Cândido de Carvalho, na exposição "Cuntin-Ta e Pincel". Com abordagem única, o artista cria experiências sensoriais intensas de sua visão artística. A mostra acontece na Sala José Cândido de Carvalho, na Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, com visitação até o dia 11 de abril. A entrada é gratuita. A exposição é apresentada pela doutora em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ e membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, Isis Braga, que destaca a força da obra do pintor. "A pintura, para ele, é um espaço onde os sentimentos ganham formas tangíveis e onde a beleza se revela em cada detalhe. Sua obra traduz um campo de forças, no qual a harmonia é conquistada pela tensão das cores e pela movimentação das formas, que fluem com liberdade e expressividade". Cuntin se interessou pela arte na adolescência, através das aulas de desenho e pintura com o professor Fábio Leopoldino, aprendendo técnicas como óleo, acrílica, pastel, guache e aquarela. "Desde então me dedico à pintura com as mãos cheias de tintas e pinceis e estou sempre praticando o desenho em cadernos de estudos, os chamados sketchbooks", afirma o artista. Serviço Exposição Cuntin-Ta e Pincel de Fernando Cuntin Curadoria de Desirée Monjardim Abertura: Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025 Horário:18h Visitação: até 11 de abril de 2025 Segunda a sexta, de 9h às 17h Entrada gratuita Local: Sala José Cândido de Carvalho End: Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, Niterói
27 de fevereiro de 2025
Este semana o tradicional jornal inglês ”The Guardian” publicou uma resenha opinando que o longa-metragem brasileiro ”Ainda Estou Aqui” ,dirigido por Walter Salles e com história retratada majoritariamente no Rio de Janeiro , é o favorito ao Oscar 2025 na categoria ”Melhor Filme Internacional” . No texto,a jornalista Wendy Ide , responsável pela opinião, diz que ”após o fiasco de ‘Emilia Pérez’ [outro filme na disputa], ‘Ainda Estou Aqui’ é o favorito”. Wendy também elogia Fernanda Torres , que concorre ao Oscar na categoria ”Melhor Atriz” após interpretar Eunice Paiva , protagonista do longa e esposa de Rubens Paiva, personagem central da história – representado no filme por Selton Mello -, assassinado durante a ditadura militar no Brasil. ”Fenomenal!Ela mereceu a indicação”, destacou Ide. Vale ressaltar que, além das duas indicações citadas acima, ”Ainda Estou Aqui”concorre também na principal categoria do Oscar, isto é, ”Melhor Filme”. A cerimônia de entrega das estatuetas acontecerá no próximo domingo (02/03), a partir das 21h (de Brasília), no Teatro Dolby, em Los Angeles, na Califórnia,Estados Unidos.
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