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25 de junho de 2024

Espetáculo em homenagem aos Dzi Croquettes

Neste 28 de junho completam 55 anos desde a revolta de Stonewall, fato que marcou a história de resistência da comunidade LGBTQIAPN+, em Nova York. Artistas do mundo inteiro promovem eventos para celebrar a data. No Brasil, o diretor João Vitor Linhares reuniu um time de performers, atores e músicos para uma noite de cabaré, embalada por clima de romance e crítica social. “Varieté dus Amantes” é um espetáculo de variedades, composto por números independentes ligados a um mesmo fio condutor: o amor.

Em suas diversas manifestações, a temática amorosa é uma questão central na vivência de pessoas LGBTQIAPN+, seja pela coragem de amar quem se quer, seja pela falta do amor, pelo conflito social, pelo abandono de familiares ou pela luta contra o preconceito. Para o diretor do espetáculo, o amor é um ato político, um gesto cidadão e também um movimento artístico. A dramaturgia conta com poemas, textos autorais e uma trilha sonora conhecida do público brasileiro, com referência a cantoras como Maysa e Maria Bethânia.

Dentre muitas surpresas, o público pode esperar uma homenagem aos Dzi Croquettes, grupo dos anos 70 que chegou à fama internacional em plena Ditadura Militar no Brasil, e com toda sua graça, irreverência e desbunde, viraram febre no país, transformando e transgredindo os conceitos de masculinidade, expressão de gênero e expressão artística. Será uma noite para afirmar de diversas formas que “só o amor constrói”, frase dita inúmeras vezes por Wagner Ribeiro, fundador dos Dzi Croquettes.

Direção: João Vitor Linhares

O diretor pesquisa a linguagem cênica do cabaré há seis anos. Tudo começou quando decidiu participar do “Cabaré Incoerente”, grupo de pesquisa coordenado por Christina Streva, na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Enquanto ator, fez sucesso com o espetáculo Cabaré Sade, chegando a rodar por festivais universitários do Rio e Belo Horizonte em 2019 e se apresentar pelo Itaú Cultural em 2020.

“Meu interesse em entrar no cabaré foi muito natural, acho que eu sempre fui do cabaré, eu fui uma ‘criança viada’ então as minhas referências de Sessão da Tarde eram Priscila, a rainha do deserto; Gaiola das loucas; Elvira, a rainha das trevas, eu era fã de Sailor Moon, todos os desenhos que geralmente eram pra meninas e todos esses filmes de divas alimentaram o meu imaginário de ‘criança viada’, uma criança já lgbt. Eu era muito hostilizado quando criança porque gostava de me montar, de vestir as roupas da minha mãe, de me maquiar, mas isso ficou incubado, recalcado por muitos anos por conta da nossa sociedade.”, lembra.

João Vitor revela que encontrou no teatro a porta para a liberdade: “o cabaré me pegou porque envolvia o glamour das roupas, envolvia essa cena mais underground marginalizada, dos artistas da noite. Eu sempre gostei da subversão e o cabaré é a subversão na sua essência, é uma afirmação, é a continuidade de um trabalho ancestral, então a gente está resistindo também”, comenta.

A ideia de montar o espetáculo surgiu em 2023, quando fazia a direção de movimento e preparação corporal da sua primeira peça profissional, Jardim dos espantos, com direção de Christina Streva. O diretor sentiu o desejo de dar continuidade a artistas que foram por muito tempo apagados da história, como os Dzi Croquettes, o grupo Vivencial Diversiones, as Divinas Divas e tantos outros que tiveram sua memória menosprezada pelo Brasil. “Acho que se montar tem a ver com a liberdade, mas não uma liberdade fútil, é uma liberdade política, de conseguir ser quem a gente quer e mostrar isso em público, performar, brilhar. Acho que essa é a importância do espetáculo também: fortalecer essa gente.”

Elenco

Repleto de artistas da cena contemporânea, o elenco conta ainda com dois semifinalistas do programa The Voice, da rede Globo: Cesar Soares, que participou da edição de 2022 e Ton, que estava na última edição. Os dois multiartistas se encontrarão no palco do Brigitte Blair para presentear o público com suas performances.

Também estarão em cena Aleeh Berton, Álvaro Vitor, Bruno Marques, Cadumma e Matheus Brito, com a especial participação das artistas Cont D, Divina Malandra, Fairy Adams, Felina Solar e Retinto Fercar, abrilhantando essa noite coberta por números de dança, Lip Sync, humor, crítica social, paródia e carnaval. Uma celebração à corpos vivos, alegres e apaixonados de pessoas LGBTQIAPN+.

 

Classificação: 16 anos

Duração: 80 minutos

 

 

SERVIÇO

Data: 28/06/2024

Horário: 19h

Local: Teatro Brigitte Blair. Rua Miguel Lemos, 51H - Copacabana

Ingressos: R$ 45 (meia) R$ 90 (inteira). Vendas no Sympla. https://bileto.sympla.com.br/event/94336?share_id=1-copiarlink

27 de fevereiro de 2025
Com curadoria de Desirée Monjardim, a individual de Fernando Cuntin explora a intensidade da cor e a dinâmica da forma. As pinturas de Fernando Cuntim serão expostas na Sala José Cândido de Carvalho, na exposição "Cuntin-Ta e Pincel". Com abordagem única, o artista cria experiências sensoriais intensas de sua visão artística. A mostra acontece na Sala José Cândido de Carvalho, na Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, com visitação até o dia 11 de abril. A entrada é gratuita. A exposição é apresentada pela doutora em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ e membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, Isis Braga, que destaca a força da obra do pintor. "A pintura, para ele, é um espaço onde os sentimentos ganham formas tangíveis e onde a beleza se revela em cada detalhe. Sua obra traduz um campo de forças, no qual a harmonia é conquistada pela tensão das cores e pela movimentação das formas, que fluem com liberdade e expressividade". Cuntin se interessou pela arte na adolescência, através das aulas de desenho e pintura com o professor Fábio Leopoldino, aprendendo técnicas como óleo, acrílica, pastel, guache e aquarela. "Desde então me dedico à pintura com as mãos cheias de tintas e pinceis e estou sempre praticando o desenho em cadernos de estudos, os chamados sketchbooks", afirma o artista. Serviço Exposição Cuntin-Ta e Pincel de Fernando Cuntin Curadoria de Desirée Monjardim Abertura: Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025 Horário:18h Visitação: até 11 de abril de 2025 Segunda a sexta, de 9h às 17h Entrada gratuita Local: Sala José Cândido de Carvalho End: Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, Niterói
27 de fevereiro de 2025
Este semana o tradicional jornal inglês ”The Guardian” publicou uma resenha opinando que o longa-metragem brasileiro ”Ainda Estou Aqui” ,dirigido por Walter Salles e com história retratada majoritariamente no Rio de Janeiro , é o favorito ao Oscar 2025 na categoria ”Melhor Filme Internacional” . No texto,a jornalista Wendy Ide , responsável pela opinião, diz que ”após o fiasco de ‘Emilia Pérez’ [outro filme na disputa], ‘Ainda Estou Aqui’ é o favorito”. Wendy também elogia Fernanda Torres , que concorre ao Oscar na categoria ”Melhor Atriz” após interpretar Eunice Paiva , protagonista do longa e esposa de Rubens Paiva, personagem central da história – representado no filme por Selton Mello -, assassinado durante a ditadura militar no Brasil. ”Fenomenal!Ela mereceu a indicação”, destacou Ide. Vale ressaltar que, além das duas indicações citadas acima, ”Ainda Estou Aqui”concorre também na principal categoria do Oscar, isto é, ”Melhor Filme”. A cerimônia de entrega das estatuetas acontecerá no próximo domingo (02/03), a partir das 21h (de Brasília), no Teatro Dolby, em Los Angeles, na Califórnia,Estados Unidos.
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