8 de agosto de 2023

Encontro no Leblon acontece em meio à exposição de artista reconhecida pelo virtuosismo no uso da cor

Encontro no Leblon acontece em meio à exposição da artista paulistana reconhecida pelo virtuosismo no uso da cor.

Na mostra “Construções Planares”, Renata Tassinari apresenta suas inusitadas pinturas sobre acrílico.

Evento acontece no dia 10 de agosto, quinta-feira, às 18h30, com entrada franca. 

 

A Mul.ti.plo Espaço Arte, no Leblon, promove um bate-papo com a artista Renata Tassinari e o crítico Paulo Venancio Filho. O tema é a obra da prestigiada pintora paulista apresentada na exposição “Construções Planares”, em cartaz na galeria até 18 de agosto. O encontro entre a pintora, que se destaca pelo domínio primoroso no uso da cor, e o crítico e professor titular do departamento de História e Teoria da Arte da Escola de Belas Artes da UFRJ, que assina o texto da mostra, acontece no dia 10 de agosto, quinta-feira, às 18h30, com entrada franca.


No evento, o público poderá conferir de perto a série de 12 pinturas sobre acrílico transparente combinadas com o acrílico espelhado, material incorporado recentemente à produção da artista, num conjunto de surpreendente beleza e luminosidade. Em formatos tridimensionais inusitados, as pinturas de Renata ganham ares de objeto, num jogo de percepção entre o industrial e o manufaturado.



O fundamento do trabalho de Renata Tassinari é a cor. Sua paleta tem cores únicas, preparadas por ela mesma, a partir de misturas.


“As cores são usadas levando em conta qualidades como transparência, opacidade, reflexos, texturas, num uso calculado e variado de experiências visuais. Esse domínio também se manifesta na escolha dos materiais – madeira, acrílico, espelho –, que se incorporam à pintura”, explica Paulo Venancio. Com a combinação virtuosa desses elementos, as cores de Renata Tassinari parecem se desprender do suporte, ganhando materialidade.


Uma particularidade do trabalho de Renata, que pode ser conferida na exposição da Mul.ti.plo, é a pintura sobre o acrílico. Antes utilizado como moldura, a artista decide incorporar o material à sua obra, conferindo-lhe o status de suporte. Sobre ele, pela frente ou por trás, a artista aplica generosas camadas de tinta óleo ou acrílica. O resultado são cores ainda mais pulsantes e um acabamento mais limpo e sintético. “Depois de pronto, o trabalho pode até ter certa identidade industrial, mas na verdade é profundamente artesanal. São obras de imensa qualidade, que instigam o olhar, nos convidando a escapar de um mundo contaminado pelo excesso de imagens. A obra de Renata nos convoca a reagir a essa atrofia da percepção”, reflete Maneco Müller, sócio da Mul.ti.plo.


No trabalho singular de Tassinari destaca-se também a sua capacidade de espacialização. Suas obras têm geometrias variadas, como formas de L ou U. É o caso de Vermelho Dois L (235 x 200 cm). Algumas são criadas a partir da combinação de elementos diferentes, como Padaria III (40 x 120 cm). As bordas, inclusive, podem ser pintadas, como em Mata II (40 x 120 cm). “Entre as obras há também os múltiplos Leblon, criados especialmente para essa exposição, formados por 3 cores, que funcionam tanto na vertical como na horizontal”, conta a artista. “Outra novidade da pintura de Renata são os formatos alongados, fora de qualquer convenção pictórica”, como em Marola-Narciso (194 x 350 x 5 cm). O título da mostra pretende revelar o caráter planar de uma pintura que se constrói como objeto tridimensional. “A pintura de Renata é uma construção, feita de elementos separados em geral, que ela junta como se fossem objetos. É uma pintura tridimensional, construída como se fosse um objeto”, explica Venancio.


Extremamente prestigiada entre críticos, curadores e seus pares, Renata Tassinari iniciou sua carreira há mais de 30 anos. Sua primeira exposição foi em 1985, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. “Ela poderia ser enquadrada na turma da Geração 80, mas sua pintura é diferente do que se fazia na época, abstrata. Assim como é diferente também da pintura atual, de algumas décadas para cá. São muitas sutilezas que, combinadas, fazem do trabalho dela uma obra única”, conclui Paulo Venâncio. A última mostra individual da artista no Rio foi em 2018, na galeria Lurixs. Antes, ela expôs no Paço Imperial, em 2015.

1 de agosto de 2025
No ano Brasil – França, a peça Visitando Camille Claudel, que revisita a história da escultora francesa retorna ao Rio de Janeiro, duas décadas após sua estreia. A atriz Adriana Rabelo retorna aos palcos com a premiada obra Visitando Camille Claudel, um espetáculo que resgata, de forma poética e visceral, a trajetória da escultora francesa cuja genialidade foi silenciada pelo machismo e pela exclusão. A nova temporada acontece de 2 a 25 de agosto, sempre aos sábados, domingos e segundas, às 20h, no Teatro Gláucio Gill, em Copacabana. Na noite de estreia, dia 02, Heloisa Aguiar, Secretária de Estado da Mulher estará presente para um bate papo com o público. Mais do que uma biografia cênica, o monólogo mergulha nas profundezas da trajetória de Camille Claudel, uma artista que ousou ser mulher e profissional em um mundo dominado por homens, e que acabou internada involuntariamente. A montagem, sucesso de crítica e público, escrita e dirigida por Ramon Botelho, entrelaça arte e sofrimento, amor e reclusão, numa narrativa que aborda temas tão urgentes quanto universais. Embora ambientada entre o final do século XIX e o início do XX (1864–1943), a peça traz questões que permanecem dolorosamente atuais: igualdade de gênero, saúde mental, o reconhecimento da mulher no mercado de trabalho e a luta antimanicomial — afinal, ainda hoje, mulheres continuam sendo internadas involuntariamente. Aos domingos, haverá também um debate ao final da peça com a participação de vozes reconhecidas no campo da saúde mental, filosofia, políticas públicas, cultura e pensamento contemporâneo: , Neyza Prochet, Pedro Cattapan e Viviane Mosé.  Serviço Peça: Visitando Camille Claudel Quando: De 2 a 25 de agosto – sábados, domingos e segundas, às 20h Onde: Teatro Gláucio Gill – Praça Cardeal Arcoverde, Copacabana, RJ Ingresso: http://funarj.eleventickets.com/ (escolher Teatro Glaucio Gill e data) Classificação indicativa: 14 anos Debates: após as sessões de domingo
1 de agosto de 2025
No sábado, 02 de agosto, às 19h, o Theatro Municipal de Niterói recebe em seu palco a icônica banda Os Lobos, com o espetáculo 'Os Lobos tocam Raul', com o qual a banda presta um tributo especial aos 1980 anos do Maluco Beleza, interpretando seus maiores sucessos, além de composições autorais e clássicos do rock and roll. A banda niteroiense Os Lobos, sucesso na mídia nos anos 60 e 70, foi a primeira a gravar uma música de Raul Seixas. O grupo participou do VII Festival Internacional da Canção, registrando no LP oficial da Som Livre os clássicos "Eu Sou Eu, Nicuri é o Diabo" e "Let Me Sing, Let Me Sing", que marcou a estreia de Raul nos palcos. Serviço Os Lobos tocam Raul - Uma homenagem aos 80 anos do Maluco Beleza Data: Sábado, 02 de agosto de 2025 Horário: 19 h Ingressos: R$50,00 (inteira) Duração: 100 minutos Classificação indicativa: Livre  Theatro Municipal de Niterói End: Rua XV de novembro, 35 - Centro, Niterói