18 de fevereiro de 2024

Devore esse livrou ou ele vai engolir você

Crítica social embala romance best-seller do Sunday Times que chega ao Brasil pela Alta Novel


Quantos contos de fadas podem ser consumidos na vida? Princesas em torres, sapatinhos de cristal, sapos falantes, maçãs envenenadas e longas tranças. Em certo momento, o sonho com qualquer tipo de príncipe encantado acaba. E tudo bem. No novo romance, Os Devoradores de Livros, de Sunyi Dean, o leitor estará absolutamente melhor sem um.


Mais do que questionar a validade dessas histórias e explorar os efeitos da distorção da realidade, Dean oferece uma perspectiva instigante da ilusão de encontrar finais felizes pré-fabricados e sobre a importância de enfrentar os desafios da vida real. A provocação acontece na bela paisagem de Yorkshire.


Na região mais rural da Inglaterra, uma linhagem secreta nutre-se de livro e absorve todo o conteúdo após a ingestão. Para essas pessoas, romances são lanches, mapas são guias memoráveis e, ao se aproximar de velhas prateleiras, sentem o cheiro de bibliodor. Mas há uma distorção nessa sociedade patriarcal: as crianças são forçadas a consumir páginas como punição.


Devon é parte dessa ascendência, criada em uma dieta a base de contos de fadas. Nesse clã, em que as pessoas devoram livros literalmente para sobreviver, obras de princesas fazem parte apenas da alimentação feminina - uma ferramenta para moldar as percepções das mulheres. Inclusive, elas eram raras nos seis clãs – os Fairweather eram dominados pelo Tio Aike. Abaixo dele, mais homens. Seis filhos e uma filha.


Porém, o destino se revela cruel quando Devon tem uma criança que nasce com apetite sombrio por mentes humanas – e não por livros. Em fuga, a protagonista busca uma cura para a fome de Cai enquanto enfrenta pressão da família e da sociedade.


Ao levantar a ideia de como as pessoas consomem informação na atualidade e a distorção do poder, o lançamento da Alta Novel, selo do Grupo Alta Books, traz à tona uma crítica social mordaz, embalada em uma trama fantástica, gótica e sombria. Considerada a melhor fantasia na plataforma Goodreads e best-seller do Sunday Times, este anticonto trata de devoção materna, discute os limites da sede pelo domínio e conhecimento e oferece aos leitores uma narrativa estimulante sobre as consequências da exclusão e da opressão.


Os Devoradores de Livros
Autora: Sunyi Dean
Tradutor: Vinicius Rocha
Editora: ‎Alta Novel
Páginas: 304 páginas
ISBN-13: ‎ 978-8550819716
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R$ 65,90
Onde comprar:
Amazon


21 de julho de 2025
A Sala do Artista Popular (SAP) do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/Iphan), no Museu de Folclore Edison Carneiro, no Catete, zona sul do Rio, vai abrigar até o dia 28 de setembro, a exposição Hãmxop tut xop - as mães das nossas coisas: artesanato em fibra de embaúba. As peças da mostra foram produzidas por mulheres da etnia Maxakali, a única a manter a própria língua em todo o estado de Minas Gerais. “A gente está trazendo memória viva. Para nós, é a nossa herança que a gente leva para alguns lugares. A herança para nossos filhos é a nossa cultura. O conhecimento e a sabedoria estão dentro da nossa memória. Não apagaram”, disse Sueli Maxakali, uma das líderes da etnia e professora de crianças e adultos maxakali, em entrevista à Agência Brasil. Os Tikmũ’ũn, que é como se autodenomina o povo também conhecido como Maxakali, vivem nas aldeias Água Boa, Pradinho, Aldeia Verde, Cachoeirinha e Aldeia-Escola-Floresta, nos municípios de Santa Helena de Minas, Bertópolis, Ladainha e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, no nordeste de Minas Gerais. “Os Maxakali, apesar de estarem relativamente próximos dos grandes centros brasileiros, permaneceram muito ignorados, muito invisibilizados, pouco conhecidos também pelas suas diferenças culturais. Hoje, praticamente todo povo é monolíngue, fala pouquíssimo português. Isso é uma barreira também de comunicação com os não-indígenas”, contou à Agência Brasil, o antropólogo Roberto Romero, responsável pela pesquisa e pelo texto da exposição, que há 15 anos convive com os Tikmũ’ũn, que foram tema do mestrado e do doutorado que fez.  A matéria-prima dos seus trabalhos é a embaúba, árvore natural da Mata Atlântica, quase extinta na região em que eles habitam. Com a fibra da árvore produzem bolsas, colares, braceletes e pulseiras com características da etnia.
21 de julho de 2025
A Sala do Artista Popular (SAP) do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/Iphan), no Museu de Folclore Edison Carneiro, no Catete, zona sul do Rio, vai abrigar até o dia 28 de setembro, a exposição Hãmxop tut xop - as mães das nossas coisas: artesanato em fibra de embaúba. As peças da mostra foram produzidas por mulheres da etnia Maxakali, a única a manter a própria língua em todo o estado de Minas Gerais. “A gente está trazendo memória viva. Para nós, é a nossa herança que a gente leva para alguns lugares. A herança para nossos filhos é a nossa cultura. O conhecimento e a sabedoria estão dentro da nossa memória. Não apagaram”, disse Sueli Maxakali, uma das líderes da etnia e professora de crianças e adultos maxakali, em entrevista à Agência Brasil. Os Tikmũ’ũn, que é como se autodenomina o povo também conhecido como Maxakali, vivem nas aldeias Água Boa, Pradinho, Aldeia Verde, Cachoeirinha e Aldeia-Escola-Floresta, nos municípios de Santa Helena de Minas, Bertópolis, Ladainha e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, no nordeste de Minas Gerais. “Os Maxakali, apesar de estarem relativamente próximos dos grandes centros brasileiros, permaneceram muito ignorados, muito invisibilizados, pouco conhecidos também pelas suas diferenças culturais. Hoje, praticamente todo povo é monolíngue, fala pouquíssimo português. Isso é uma barreira também de comunicação com os não-indígenas”, contou à Agência Brasil, o antropólogo Roberto Romero, responsável pela pesquisa e pelo texto da exposição, que há 15 anos convive com os Tikmũ’ũn, que foram tema do mestrado e do doutorado que fez.  A matéria-prima dos seus trabalhos é a embaúba, árvore natural da Mata Atlântica, quase extinta na região em que eles habitam. Com a fibra da árvore produzem bolsas, colares, braceletes e pulseiras com características da etnia.