O CineCarioca José Wilker, nas Casas Casadas, em Laranjeiras, foi inaugurado oficialmente na noite de quarta-feira (11/12), com uma homenagem ao ator, diretor e dramaturgo que fez história no cinema, teatro e televisão brasileiros. A inauguração deste equipamento faz parte das ações da Prefeitura, executadas pela RioFilme, que tem foco no fortalecimento e na ampliação do circuito carioca de cinemas de rua.

O espaço, que estava fechado desde 2008, começou a ser reformado no ano passado com recursos oriundos da Lei Paulo Gustavo, segundo o secretário municipal de Cultura, Marcelo Calero. No total, foram investidos R$5,8 milhões no segmento, dos quais, R$2,3 milhões foram destinados à modernização e reforma do CineCarioca José Wilker.

– A gente fica muito feliz porque, primeiro era uma demanda do bairro que as Casas Casadas pudessem ter também um centro cultural. E depois essa aposta o prefeito fez nos cinemas de rua. Temos aqui o que há de mais moderno em termos de equipamentos, reforçando essa vocação do Rio como uma capital cultural do Brasil, para ser capital do audiovisual e a necessidade de termos espalhados pela cidade vários centros culturais, que são verdadeiros pontos de dinamismo econômico para os bairros em que estão localizados – disse Calero.

A inauguração do espaço contou com a presença da roteirista Mariana Vielmond, filha de José Wilker, da produtora Lucy Barreto – da LC Barreto, que produziu o filme “Dona Flor e seus dois maridos”, que tem Wilker como um dos protagonistas e que foi exibido aos convidados logo após a cerimônia de abertura da sala de exibição – e de atores, como Vera Fisher e Antônio Grassi.

– Estou muito emocionada. Meu pai sempre foi um homem de cinema, apaixonado pelo cinema, então acho que ele está felicíssimo com essa homenagem. Acho que ele está aqui, ele está de volta nesse cinema lindo que leva o nome dele – disse Mariana.

Como é o CineCarioca José Wilker

Desde 28 de novembro, a Sala 1, que ficar no andar térreo, está em operação de forma experimental, com quatro sessões diárias de grandes lançamentos comerciais da temporada. O “soft opening” teve como objetivo aprimorar o equipamento, até que todo o espaço estivesse perfeito para ser entregue ao público. Ou seja, com todos os recursos de acessibilidade funcionando plenamente, garantindo o acesso e o conforto nas duas salas, incluindo a Sala 2, que fica no piso superior.

As duas salas do CineCarioca José Wilker, que contam cada uma com 65 poltronas e espaço para duas cadeiras de roda, foram equipadas com som Dolby SR e Dolby Digital, projeção em 4K automatizada e digital no padrão DCI (Digital Cinema Initiative) 3D. O complexo dispõe também de tecnologia de acessibilidade sensorial (para áudio descrição e legenda descritiva).

A partir de fevereiro, o cinema irá contar também com um bistrô, que funcionará em um charmoso terraço no segundo piso do prédio. O espaço deverá também oferecer uma programação cultural intensa, se integrando plenamente à proposta do CineCarioca José Wilker, como destacou o presidente da RioFilme Eduardo Marques.

– Em 2023, com os recursos da Lei Paulo Gustavo, tudo pôde ser retomado. Foram R$ 5,8 milhões destinados especificamente para a reabertura de salas fechadas pela pandemia ou antes, modernização e ampliação, como o CineSanta, em Santa Teresa todo modernizado e reformado. Na Penha, reabrimos duas salas que ficaram 18 anos fechadas. E a entrega de Laranjeiras é muito especial porque aqui funcionou o Espaço Carioca, durante a presidência do José Wilker e que depois foi fechado, em 2008 – lembrou o presidente da RioFilme.