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27 de agosto de 2024

"Black Rio! Black Power!"

O movimento Black Rio foi um importante movimento cultural e político no Brasil durante a década de 1970. Originado no Rio de Janeiro, o movimento foi uma resposta à opressão racial e social que a população negra enfrentava na época. Asfilófio de Oliveira Filho (Dom Filó), engenheiro civil, jornalista, documentarista, produtor cultural, além de líder do movimento, é protagonista do premiado documentário “Black Rio! Black Power!”, dirigido por Emílio Domingos (“Chic Show” e “Batalha do Passinho”) e produzido por Leticia Monte, que estreia dia 05 de setembro nos cinemas. 



O diretor faz uma imersão no tema e mostra a origem dos bailes, coletando depoimentos no Grêmio Social Esportivo Rocha Miranda - clube da Zona Norte carioca também conhecido como “Templo Soul”. Personagens como o citado Dom Filó, e também o escritor Carlos Alberto Medeiros, os músicos Carlos Dafé e Marquinhos de Oswaldo Cruz, e Rômulo Costa e Virgilane Dutra (da equipe Furacão 2000), rememoram como o movimento foi difundido através de uso de cabelos black power, roupas descoladas, sapatos cavalos de aço de plataformas vistosas se orgulhavam de sua cor e enfrentavam o Brasil racista. 


O documentário também é ilustrado com imagens de arquivo dos bailes da icônica equipe de som Soul Grand Prix, formada por jovens negros dos subúrbios do Rio de Janeiro. Através da influência da música soul norte-americana de James Brown e outros, os bailes black despertaram a consciência sobre identidade e potencializaram a auto-estima da juventude negra. 


"O filme mostra uma juventude negra pioneira que se organizou e influenciou a cultura afro-brasileira, em meio a um período de grande ebulição política e sociocultural. Hoje percebemos esta presença tanto na conscientização do hip hop, no movimento negro politicamente organizado e também nas tecnologias dos bailes como conhecemos até hoje", comenta Emílio. 


A produtora Leticia Monte comenta sobre o processo do filme: “O BlackRio! Black Power! é resultado de um trabalho de mais de 10 anos de pesquisa do Emílio sobre esta cena musical e da proximidade com Dom Filó, que foi fundamental e nos trouxe muitas histórias que vão virar novos projetos”. 


“Black Rio! Black Power!” já participou de 23 festivais nacionais e internacionais e conquistou sete prêmios. Além do Brasil, entre os países que o filme foi exibido estão: Austrália, Colômbia, Estados Unidos, Madagascar, Reino Unido, Uruguai e Quênia. Iniciou sua trajetória no Festival do Rio 2023, onde recebeu Menção Honrosa do Júri Oficial, e esteve em importantes festivais como 63º Cartagena de Índias International Film Festival - FICCI, 26º Festival Internacional de Cine de Punta del Este, San Francisco Documentary Festival 2024 e Inffinito Brazilian Film Festival. O documentário foi homenageado do júri na Mostra Itinerante de Cinemas Negros Mahomed Bamba (Salvador) e conquistou o segundo lugar no prêmio Pierre Verger da Associação Brasileira de Antropologia.

 

“Black Rio! Black Power!” é uma produção da Espiral, em coprodução com a Osmose Filmes e a RioFilme e tem como produtores associados Dom Filó, Emílio Domingos e a Cultne. A obra foi parcialmente financiada com apoio de Ford Foundation/Just Films, Open Society Foundations e IIE - International Institute of Education - além do Programa de Fomento ao Audiovisual Carioca de 2022 da RioFilme/Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro.

 

27 de fevereiro de 2025
Com curadoria de Desirée Monjardim, a individual de Fernando Cuntin explora a intensidade da cor e a dinâmica da forma. As pinturas de Fernando Cuntim serão expostas na Sala José Cândido de Carvalho, na exposição "Cuntin-Ta e Pincel". Com abordagem única, o artista cria experiências sensoriais intensas de sua visão artística. A mostra acontece na Sala José Cândido de Carvalho, na Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, com visitação até o dia 11 de abril. A entrada é gratuita. A exposição é apresentada pela doutora em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ e membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, Isis Braga, que destaca a força da obra do pintor. "A pintura, para ele, é um espaço onde os sentimentos ganham formas tangíveis e onde a beleza se revela em cada detalhe. Sua obra traduz um campo de forças, no qual a harmonia é conquistada pela tensão das cores e pela movimentação das formas, que fluem com liberdade e expressividade". Cuntin se interessou pela arte na adolescência, através das aulas de desenho e pintura com o professor Fábio Leopoldino, aprendendo técnicas como óleo, acrílica, pastel, guache e aquarela. "Desde então me dedico à pintura com as mãos cheias de tintas e pinceis e estou sempre praticando o desenho em cadernos de estudos, os chamados sketchbooks", afirma o artista. Serviço Exposição Cuntin-Ta e Pincel de Fernando Cuntin Curadoria de Desirée Monjardim Abertura: Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025 Horário:18h Visitação: até 11 de abril de 2025 Segunda a sexta, de 9h às 17h Entrada gratuita Local: Sala José Cândido de Carvalho End: Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, Niterói
27 de fevereiro de 2025
Este semana o tradicional jornal inglês ”The Guardian” publicou uma resenha opinando que o longa-metragem brasileiro ”Ainda Estou Aqui” ,dirigido por Walter Salles e com história retratada majoritariamente no Rio de Janeiro , é o favorito ao Oscar 2025 na categoria ”Melhor Filme Internacional” . No texto,a jornalista Wendy Ide , responsável pela opinião, diz que ”após o fiasco de ‘Emilia Pérez’ [outro filme na disputa], ‘Ainda Estou Aqui’ é o favorito”. Wendy também elogia Fernanda Torres , que concorre ao Oscar na categoria ”Melhor Atriz” após interpretar Eunice Paiva , protagonista do longa e esposa de Rubens Paiva, personagem central da história – representado no filme por Selton Mello -, assassinado durante a ditadura militar no Brasil. ”Fenomenal!Ela mereceu a indicação”, destacou Ide. Vale ressaltar que, além das duas indicações citadas acima, ”Ainda Estou Aqui”concorre também na principal categoria do Oscar, isto é, ”Melhor Filme”. A cerimônia de entrega das estatuetas acontecerá no próximo domingo (02/03), a partir das 21h (de Brasília), no Teatro Dolby, em Los Angeles, na Califórnia,Estados Unidos.
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