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5 de outubro de 2024

Benefícios dos livros ilustrados na educação infantil


Livros são portas de entrada para o mundo do conhecimento e da imaginação. E para mergulhar nessa viagem, não há limite de idade. Aliás, quanto mais cedo os pequenos são apresentados à literatura, mais habilidades eles irão desenvolver e isso inclui os bebês menores de um ano. Para que essa empatia com o leitor-mirim seja imediata, a fórmula é simples: boas histórias e ilustrações cativantes.


Para a escritora Isa Colli, os benefícios dos livros ilustrados na vida das crianças são inúmeros, contribuindo na educação infantil.



“Apresentar o universo dos livros ilustrados à garotada já na primeira infância favorece o processo de aprendizagem, uma vez que estimula a criatividade, a memória, a inteligência, a escuta e a interação com o mundo”, acredita a autora da Colli Books Editora, que já tem mais de 40 títulos infantojuvenis lançados.



Ainda que suas publicações estejam disponíveis também em versões eletrônicas, Isa Colli confessa que é uma eterna apaixonada pelo livro de papel. “Mesmo que as crianças estejam imersas em um mundo cada vez mais tecnológico, o livro não saiu de moda e espero que nunca saia. Afinal, não há nada mais satisfatório do que manusear as folhas de uma obra literária”, garante.



Isa acrescenta que o livro ilustrado estimula a criança a ser observadora e a interagir com as informações que são passadas… é um universo a ser explorado.



A ilustradora Rosy Albuquerque, que ilustrou “Maria Clara, a musicista albina”, escrito por Isa Colli, também é uma defensora do livro físico porque ele permite que a criança interaja, toque nas páginas, observe os personagens… “Ela vai olhar a página e vai ter o tempo dela para entender o que está acontecendo ali e para focar em uma imagem, depois em outra… ela vai desenvolver o sentido visual e a percepção tátil. Então eu acho que, apesar de parecer uma ferramenta passiva, o livro é uma ferramenta ativa de aprendizado”, opina.



Rosy lembra que o desenho está presente na vida da criança desde sempre. “Não é curioso que o desenhar faz parte deste aprender a existir? Uma criança antes de falar qualquer palavra, se você der um giz, ela vai sair desenhando. Isso é quase que instintivo e ancestral. O homem sempre teve essa necessidade de riscar, rabiscar, registrar… Então eu acho interessante porque o desenho vai se comunicar muito naturalmente com a criança porque já é uma ferramenta de expressão que ela tem”, afirma a ilustradora.



Para Rosy, o leitor é a terceira interferência em um livro: “O escritor cria o texto; o ilustrador, quando faz a sua parte, adiciona detalhes que não estão no texto; e a criança vai completar a história com seu potencial imaginativo”.



André Cirino, ilustrador do livro “Ubuntu, Ubun… ele, Ubun… nós!”, de Daniel Balaban, diz que tenta ser cuidadoso na criação dos personagens, dos cenários e das situações e no diálogo das imagens com o texto, pois o leitor em idade escolar precisa de informações claras que possam ajudá-lo na compreensão das histórias e das ilustrações para enriquecer seu universo imaginário.



“As ilustrações têm um papel fundamental na construção de referências e no estímulo ao processo criativo do leitor, ajudando-o a criar suas próprias histórias com o apoio das imagens.


André reforça: “quando o leitor se interessa por um livro, ele é estimulado a aprender mais, seja com as imagens, seja com a história escrita. Todo esse encantamento é um processo que tende a criar no leitor o amor pela leitura”.



Isabella Barbosa, ilustradora do livro Ahmed foge da guerra, diz que até chegar ao olhar do público, a criação percorre um caminho interessante: “o processo de ilustração varia para cada profissional. No meu caso, enquanto leio o texto, já começo a formar uma ideia inicial na mente. Após discutir com o autor e a equipe editorial, e entender a faixa etária do público e as expectativas de todos os envolvidos, começo a esboçar as bases das ilustrações. Além disso, até as cores são cuidadosamente planejadas para que a proposta final seja coerente, impactante e bonita”.



A profissional opina que a ilustração desempenha um papel fundamental na educação infantil, pois facilita a compreensão de conceitos complexos e estimula a criatividade dos alunos. “Como mãe, consigo ver nitidamente o impacto das ilustrações na leitura dos meus filhos e o quanto a leitura se torna mais atraente, incentivando o imaginário das crianças”, completa.




27 de fevereiro de 2025
Com curadoria de Desirée Monjardim, a individual de Fernando Cuntin explora a intensidade da cor e a dinâmica da forma. As pinturas de Fernando Cuntim serão expostas na Sala José Cândido de Carvalho, na exposição "Cuntin-Ta e Pincel". Com abordagem única, o artista cria experiências sensoriais intensas de sua visão artística. A mostra acontece na Sala José Cândido de Carvalho, na Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, com visitação até o dia 11 de abril. A entrada é gratuita. A exposição é apresentada pela doutora em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ e membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, Isis Braga, que destaca a força da obra do pintor. "A pintura, para ele, é um espaço onde os sentimentos ganham formas tangíveis e onde a beleza se revela em cada detalhe. Sua obra traduz um campo de forças, no qual a harmonia é conquistada pela tensão das cores e pela movimentação das formas, que fluem com liberdade e expressividade". Cuntin se interessou pela arte na adolescência, através das aulas de desenho e pintura com o professor Fábio Leopoldino, aprendendo técnicas como óleo, acrílica, pastel, guache e aquarela. "Desde então me dedico à pintura com as mãos cheias de tintas e pinceis e estou sempre praticando o desenho em cadernos de estudos, os chamados sketchbooks", afirma o artista. Serviço Exposição Cuntin-Ta e Pincel de Fernando Cuntin Curadoria de Desirée Monjardim Abertura: Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025 Horário:18h Visitação: até 11 de abril de 2025 Segunda a sexta, de 9h às 17h Entrada gratuita Local: Sala José Cândido de Carvalho End: Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, Niterói
27 de fevereiro de 2025
Este semana o tradicional jornal inglês ”The Guardian” publicou uma resenha opinando que o longa-metragem brasileiro ”Ainda Estou Aqui” ,dirigido por Walter Salles e com história retratada majoritariamente no Rio de Janeiro , é o favorito ao Oscar 2025 na categoria ”Melhor Filme Internacional” . No texto,a jornalista Wendy Ide , responsável pela opinião, diz que ”após o fiasco de ‘Emilia Pérez’ [outro filme na disputa], ‘Ainda Estou Aqui’ é o favorito”. Wendy também elogia Fernanda Torres , que concorre ao Oscar na categoria ”Melhor Atriz” após interpretar Eunice Paiva , protagonista do longa e esposa de Rubens Paiva, personagem central da história – representado no filme por Selton Mello -, assassinado durante a ditadura militar no Brasil. ”Fenomenal!Ela mereceu a indicação”, destacou Ide. Vale ressaltar que, além das duas indicações citadas acima, ”Ainda Estou Aqui”concorre também na principal categoria do Oscar, isto é, ”Melhor Filme”. A cerimônia de entrega das estatuetas acontecerá no próximo domingo (02/03), a partir das 21h (de Brasília), no Teatro Dolby, em Los Angeles, na Califórnia,Estados Unidos.
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