
A Constituição Federal, dentre os direitos fundamentais e suas garantias sociais traz, além de muitos outros, o Direito à Cultura e ao Lazer. No Brasil, o Direito à Cultura é previsto na Carta Magna como um direito fundamental do cidadão. Segundo ela, cabe ao Poder Público possibilitar efetivamente a todos a fruição dos direitos culturais, mediante a adoção de políticas públicas que promovam o acesso aos bens culturais, a proteção ao patrimônio cultural, o reconhecimento e proteção dos direitos de propriedade intelectual bem como o de livre expressão e criação. O direito à cultura é uma eficácia da garantia social ao lazer, uma vez que impõe como competência da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, a proteção aos bens de valor histórico e artístico e a promoção ao meio de acesso à cultura, educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação, não perdendo de vista o esporte, como um meio de lazer. Muito embora o lazer e a cultura, na prática, tenham se mostrado direitos relegados ao segundo plano em relação aos demais direitos fundamentais e sociais, eles tangenciam diversas áreas das garantias sociais e individuais, a exemplo do direito à educação, trabalho, segurança, proteção à infância, direitos autorais e artísticos. E portanto, a garantia social ao lazer é abarcada no próprio Direito à Cultura. O Direito da Cultura e Entretenimento pode ser traduzido então como um direito fundamental, como uma garantia social, onde é aplicado às atividades culturais e desportivas, com o objetivo de proporcionar segurança jurídica e garantir o respeito às leis no desenvolvimento das artes e dos esportes, bem como promover seu acesso à sociedade. Não há dúvidas que a Lei de Incentivo a Cultura (Lei Rouanet) e a Lei do Audiovisual (Lei nº 8.685/93) possibilitaram a amplitude das políticas públicas relacionadas à cultura, lazer e esporte, a exemplo do PRONAC - Programa Nacional de Apoio à Cultura. As leis surgiram com o escopo de incentivar o investimento em cultura em troca, a princípio, de incentivos fiscais, pois com o benefício no recolhimento do imposto a iniciativa privada se sentiria estimulada a patrocinar eventos culturais, uma vez que o patrocínio além de fomentar a cultura, valoriza a marca das empresas junto ao público. Com a Lei Rouanet surgiram três formas possíveis de incentivo no país: o Fundo Nacional de Cultura (FNC), os Fundos de Investimento Cultural e Artístico (Ficart) e o Incentivo a Projetos Culturais por meio de renúncia fiscal (Mecenato). Ocorre contudo, que com o tempo a lei foi ficando defasada, além de ter sido totalmente mitigada com a implementação de Medidas Provisórias e destinação de recursos divergentes daqueles do mercado artístico, cultural e desportivo. O surgimento da internet, equilíbrio na inflação, mudança do contexto artístico, cultural, político e econômico do Brasil para o mundo, fez como que o Ministério da Cultura, incentivasse uma mudança, surgindo então o Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura – Procultura (Projeto de Lei nº 6722/2010), que veio a alterar a Lei Rouanet. O apoio do Ministério da Cultura aos projetos culturais por meio da Lei Federal e também por editais para projetos específicos, lançados periodicamente, valoriza a diversidade e o acesso à cultura, como um direito de todos dentro da democracia e ampliando a liberdade de expressão. Hoje a cultura tornou-se uma economia estratégica no mundo, que depende não só do investimento público como do privado. O acesso à cultura e ao lazer está diretamente ligado a um novo ciclo de desenvolvimento do país: a universalização do acesso, diversidade cultural, desenvolvimento da economia e cultura. Não se perca de vista a realização da Copa e das Olimpíadas, por exemplo, que levam as empresas a injetarem um maior investimento nos atletas, assim como nos eventos culturais nas localidades onde são realizados. Em meio a esse turbilhão de direitos e garantias fundamentais, mesmo com o esforço do Governo nas diversas tentativas de implementação de políticas públicas, válido destacar que, embora levado a segundo plano, o Direito da Cultura e Entretenimento em verdade está saindo nesta zona de “sub-direito”, para se lançar como uma potencial garantia jurídica. Afora as políticas públicas e ações do governo, que podem ser exigidas a partir de uma Ação Popular, ou em um litígio casuístico, as ações de empresários como realização de eventos por produtores culturais no Brasil, também são alvos de lide, demandas judiciais tanto públicas como privadas. Festivais de artes, espetáculos, shows e festas, estão sujeitos a uma série de controles e restrições, o que ocasiona grande impacto urbanístico e ambiental, e por envolverem interesses de uma grande gama de categorias especiais, como, por exemplo, crianças, adolescentes, consumidores, estudantes, entre outras, exigem um amplo conhecimento nas diversas áreas jurídicas, além de abrangerem um grande número de leis esparsas das mais diversas naturezas; algumas locais, outras estaduais e nacionais, que têm que ser conhecidas por todos aqueles que se propõem e se dedicam à realização de eventos no país. Pode-se concluir que o Direito da Cultura e Entretenimento não só tem espaço no mundo jurídico como reina em diversas áreas que burocratizam e disciplinam a arte, cultura, lazer, o esporte, educação e quantos ramos forem necessários para se garantir a efetividade do exercício da garantia constitucional, seja a um cidadão comum, como ao empresário. Por Suzana Fortuna

No dia 20 de agosto, quarta-feira, às 19h, o Museu do Amanhã recebe a segunda edição do projeto “Sempre um Papo – Palavra Acesa”. A proposta da iniciativa é reunir escritores e artistas para conversar sobre poemas marcantes da literatura brasileira e refletir sobre os sentidos que eles provocam no presente. Nesta edição, o poema em destaque será “Que País é Este?”, de Affonso Romano de Sant’Anna. Participam da conversa a Ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, e o cantor e compositor Chico César, sob mediação do jornalista e idealizador do Sempre Um Papo, Afonso Borges. A ideia do projeto é usar a poesia como ponto de partida para diálogos abertos sobre temas como justiça, democracia, identidade e pertencimento. A cada edição, um novo poema é escolhido para inspirar os debates. A filha do poeta Affonso Romano e de Marina Colasanti, Alessandra Colasanti, fará uma leitura no poema, na abertura. O “Palavra Acesa” é apresentado pelo Ministério da Cultura, Prefeitura do Rio e Museu do Amanhã, com realização da Associação Cultural Sempre um Papo e AB Comunicação e Cultura. Entrada gratuita, mediante retirada de senhas uma hora antes do início, às 16h. Cármen Lúcia é Ministra do STF desde 2006 e tem longa trajetória como jurista comprometida com os direitos fundamentais e a Constituição. Chico César, artista paraibano de projeção internacional, é autor de sucessos que transitam entre a crítica social e a celebração da cultura brasileira. Ambos trarão ao debate perspectivas complementares sobre os desafios e esperanças de nosso tempo. Criado em Belo Horizonte por Afonso Borges, o Sempre Um Papo é um projeto cultural que realiza encontros entre importantes nomes da literatura e personalidades nacionais e internacionais com o público, ao vivo, em auditórios e teatros. Ao longo de sua trajetória, o projeto já aconteceu em 40 cidades brasileiras e promoveu mais de 8 mil eventos, que reuniram presencialmente um público superior a 3 milhões de pessoas. Hoje acontece regularmente, além de BH, em São Paulo, Brasília e Paracatu/MG.

Uma celebração ao audiovisual chinês e brasileiro. Assim é a IV Mostra de Cinema ChinaBrasil, que ocorre entre 26 a 28 de agosto, no Cinesystem Belas Artes Botafogo. Com uma programação gratuita formada por 12 longa-metragens de gêneros variados - seis de cada país - o evento se consolida como um espaço para que o público possa se aprofundar sobre a filmografia de cada nação. A curadoria é do produtor e documentarista Hélio Pitanga e a idealização de Arthur Chen, empresário chinês que atua para a difusão do cinema. Das seis produções chinesas, cinco são inéditas por aqui, e os seis filmes nacionais que já participaram de festivais e estrearam nos cinemas poderão ser revisitados. Entre as obras chinesas, está a superprodução “Detetive Chinatown: O Mistério de 1900”, que arrecadou mais de 3,6 bilhões de yuans (cerca de R$ 2,7 bi) nas bilheterias do país em 2025 e estreou nos cinemas brasileiros em maio último. Dirigida por Chen Sicheng e Dai Mo, a comédia de ação é o quarto filme da franquia de sucesso “Detetive Chinatown” e é estrelada por Wang Baoqiang, Liu Haoran e o ator americano John Cusack. Na trama, ambientada no início do século XX, uma mulher é misteriosamente assassinada na Chinatown de São Francisco. O crime causa grande comoção e dois improváveis parceiros, Qin Fu e Ah Gui, precisam correr contra o tempo para resolver o caso. Inédito no Brasil, o drama histórico “Compositor”, é outro destaque. Vencedor do 18º Prêmio China Film Huabiao, a maior honraria governamental da indústria cinematográfica local, a produção dirigida por Sirzati Yahefu acompanha a trajetória do lendário músico chinês Xian Xinghai, que usou sua arte para curar os sofridos corações das pessoas durante a Segunda Guerra Mundial e as inspirou a lutar contra o fascismo. Outros títulos inéditos incluem o drama “Mumu”, vencedor dos prêmios de Melhor Filme e Melhor Ator para o astro chinês Lay Zhang no 12º Prêmio Phoenix de Cinema de Zhejiang de 2025; e a comédia dramática “A História Dela”, de Shao Yihui. A programação brasileira conta com produções que integraram festivais, estrearam nos cinemas e agora poderão ser novamente revisitadas. Entre elas, está o longa-metragem “Somos Tão Jovens”, de Antonio Carlos da Fontoura, sobre o cantor e compositor Renato Russo, fundador da lendária banda de rock nacional Legião Urbana; “Porto Príncipe”, filme de estreia da diretora Maria Emília de Azevedo, que acompanha a relação entre a solitária Betha (Selma Egrei) e o haitiano Bastide (Diderot Senat), contratado por ela para ajudar a cuidar de sua chácara na serra catarinense; e os documentários musicais “Elis & Tom: Só Tinha de Ser Com Você”, de Roberto de Oliveira e Jom Tob Azulay, sobre os bastidores da criação de um dos álbuns mais icônicos da música popular brasileira e que levou mais de 40 mil pessoas aos cinemas; e “Chico, Artista Brasileiro”, de Miguel Faria Jr, sobre um dos mais importantes compositores do país. Intercâmbio entre cinemas cada vez mais fortes Em 2025, filmes produzidos nos dois países vêm ganhando cada vez mais reconhecimento internacional. Enquanto o cinema do Brasil foi laureado com o Oscar de Melhor Filme Internacional para “Ainda Estou Aqui” e com prêmios de Melhor Ator e Diretor no Festival de Cannes por “O Agente Secreto”, o cinema chinês viu sua animação “Ne-Zha 2” - a história de Ne Zha e Ao Bing, que sobrevivem como espíritos após serem atingidos por um relâmpago - se tornar a quinta maior bilheteria global de todos os tempos, e a maior entre as animações, arrecadando mais de U$ 1,9 bilhões mundo afora, segundo a Variety. Para o idealizador da Mostra ChinaBrasil, Arthur Chen, os prêmios e arrecadações de filmes de ambos os países comprovam suas relevâncias para a indústria global. Ele destaca como uma maior colaboração entre eles pode ser produtiva: “A China e o Brasil têm uma parceria de sucesso na área de comércio exterior de produtos, mas ainda não tão expressiva no setor audiovisual. Quero ajudar a mudar esse cenário e acredito que a Mostra ChinaBrasil, agora em sua quarta edição, pode fortalecer o intercâmbio cultural e incentivar o diálogo entre os dois países nesta área. Há muito potencial para que tenhamos mais coproduções, licenciamentos, e até mesmo outras mostras voltadas às nossas indústrias cinematográficas”, afirma Arthur, que nasceu na província Zhejiang, na China, e mora no Brasil há mais de 30 anos. Assim como nas edições anteriores, a IV Mostra de Cinema ChinaBrasil também vai homenagear as produções dos dois países, com um representante de cada filme recebendo o prêmio Arara Azul pela sua relevância. Mais informações sobre a mostra podem ser encontradas no site festivalcinemachinabrasil.com. Serviço PROGRAMAÇÃO DIA A DIA Cinesystem Belas Artes Botafogo Praia de Botafogo, 316 - Botafogo 26/08 Terça-feira 14h30 - Mumu 16h35 - Direito de Sonhar 18h - Detetive Chinatown: O Mistério de 1900 20h30 - Chico, Artista Brasileiro 27/08 - Quarta-feira 14h15 - Pluft, O Fantasminha 16h - Tudo, Ou Nada Mesmo 18h15 - Somos Tão Jovens 20h15 - A História Dela 28/08 - Quinta-feira 14h15 - Impacto 16h30 - Porto Príncipe 18h15 - Compositor 20h15 - Elis & Tom: Só tinha de Ser Com Você SINOPSES - FILMES CHINESES A HISTÓRIA DELA Drama | Romance | 2024 | 123 min | 12 anos Direção: Shao Yihui Elenco: Song Jia, Zhong Chuxi, Zeng Mumei Sinopse: A mãe solteira Wang Tiemei muda-se para uma nova casa com seu filho Wang Moli e conhece sua vizinha Xiaoye. As duas mulheres têm personalidades muito diferentes: uma é forte, a outra é delicada, uma é boa em ser mãe e a outra é boa em mentir a qualquer momento. Quanto aos dois homens que cercam Wang Tiemei, seu ex-marido "piora as coisas" de vez em quando, e o professor de bateria de sua filha lhe oferece novas possibilidades. MUMU Drama | 2025 | 111 min | 12 anos Direção: Shāmò Elenco: Zhang “Lay” Yixing, Li Luoan, Huang Yao Sinopse: A produção conta a história do surdo Xiao Ma e sua filha Mu Mu, que sempre foram companheiros. No entanto, à medida que Mu Mu cresce, ela precisa se integrar ao mundo dos ouvintes. Enquanto isso, uma gangue especializada em explorar surdos se aproxima de Xiao Ma, mas ele é tão dedicado à filha, que acaba sendo enganado pelo mundo do crime. IMPACTO Ação | Comédia | 2025 | 124 min | 12 anos Direção: Jiang Jiachen Elenco: Li Jiuxiao, Wang Qianyuan, Liang Chao Sinopse: Uma inspiradora história sobre um recém-formado e desajustado time de rúgbi chamado Dockers, que treinou por dez meses consecutivos, sempre perdendo. Até que no décimo primeiro mês, o jogo vira. COMPOSITOR Drama | História | 2019 | 104 min | 14 anos Direção: Sirzati Yahefu Elenco: Hu Jun, Yuan Quan, Berik Aitzhanov Sinopse: Durante a Grande Guerra Patriótica da União Soviética, o lendário músico chinês Xian Xinghai participou da pós-produção do documentário "Yan'an e o Oitavo Exército da Rota" em Moscou. A repentina eclosão da guerra o desalojou. No ambiente cruel de frio e fome extremos, Xian Xinghai foi resgatado pelo músico Cazaque Baikadamov, e neste período compôs obras clássicas como "A Guerra Santa" e "Amangerda". Ele usou a música para curar os corações sofridos das pessoas na guerra e as inspirou a lutar contra o fascismo. DETETIVE CHINATOWN: O MISTÉRIO DE 1900 Ação | Comédia | 2025 | 136 min | 12 anos Direção: Chen Sicheng, Dai Mo Elenco: Wang Baoqiang, Liu Haoran, Chow Yun-fat, John Cusack Sinopse: No ano de 1900, uma mulher é assassinada na Chinatown de São Francisco. O crime causa comoção social e a população pede o fechamento da região. O praticante de medicina tradicional chinesa Qin Fu e o indiano chinês A Gui são designados para resolver o caso e precisarão correr contra o tempo. TUDO, OU NADA MESMO Drama | 2023 | 125 min | 12 anos Direção: Zhang Jiajun Elenco: An Yu, Leung Tsui-shan Sinopse: Em um grande shopping center de torres gêmeas, os dois arranha-céus são como mundos paralelos, com duas histórias de amor acontecendo ao mesmo tempo. Youyou e Lantian, em mundos diferentes, têm identidades e destinos distintos, mas ambos seguem em frente na jornada em busca do amor e de uma vida melhor. SINOPSES - FILMES BRASILEIROS ELIS E TOM: SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ Documentário | 2022 | 100 min | Livre Direção: Roberto de Oliveira, Jom Tob Azulay Sinopse: Los Angeles, fevereiro de 1974. Tom Jobim, a encarnação da Bossa Nova, e Elis Regina, então a cantora mais popular do Brasil, se reuniram para gravar aquele que se tornaria um dos álbuns mais icônicos da história da música brasileira. SOMOS TÃO JOVENS Musical | Drama | 2013 | 104 min | 14 anos Direção: Antonio Carlos da Fontoura Elenco: Thiago Mendonça, Laila Zaid, Bruno Torres Sinopse: Em 1973, o jovem Renato se muda com a família para Brasília. Aos poucos, passa a se interessar por música e começa a se envolver com o cenário musical, formando com amigos a banda Aborto Elétrico. Em 1982, apesar da rejeição a suas novas canções, consegue despertar a atenção em outros círculos e retoma seu sonho de criar uma grande banda, convidando Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos para formar a Legião Urbana, iniciando a trajetória que a tornaria umas das maiores bandas do rock brasileiro. CHICO, ARTISTA BRASILEIRO Documentário | 2015 | 115 min | 12 anos Direção: Miguel Faria Jr. Sinopse: Chico Buarque é uma figura fundamental da cultura brasileira nos últimos 50 anos. Neste documentário, ele conversa sobre toda a sua trajetória, incluindo memórias, shows, processo criativo, métodos de trabalho e até vida cotidiana. PLUFT, O FANTASMINHA Infantil | Comédia | 2022 | 88 min | Livre Direção: Rosane Svartman Elenco: Lolla Belli, Nicolas Cruz, Arthur Aguiar Sinopse: A menina Maribel e o fantasma que morre de medo de gente desenvolvem uma inesperada amizade. Um dia, ela é sequestrada pelo pirata Perna de Pau, que quer usá-la para achar o tesouro deixado pelo seu avô, o falecido Capitão Bonança Arco-íris. Na casa abandonada onde o velho morou, Maribel espera pela ajuda dos marinheiros Sebastião, João e Juliano, muito amigos do velho capitão, que saem em uma atrapalhada busca pela garota. DIREITO DE SONHAR Documentário | 2022 | 75 min | 12 anos Direção: Theresa Jessouroun Sinopse: Sob a perspectiva das pessoas que vivem no Complexo do Alemão, a maior favela do Rio de Janeiro, Direito de Sonhar escancara como a ausência do Estado no Brasil, a violência, o racismo e o difícil acesso à educação e à cultura afetam vidas e sonhos de crianças e jovens, e quais alternativas eles criam para superar esses desafios, o que revela a luta deles por seus direitos como cidadãos. O documentário mostra a difícil realidade das favelas do Brasil, desconhecida pela maior parte do mundo. PORTO PRÍNCIPE Drama | 2023 | 90 min | 14 anos Direção: Maria Emília de Azevedo Elenco: Selma Egrei, Diderot Senat, Leonardo Franco Sinopse: Bertha é viúva e mora sozinha em uma chácara isolada na serra catarinense. Começando a enfrentar dificuldades para manter a propriedade funcionando, Bertha vive pressionada pelo filho, que deseja que ela vá morar com ele em um bairro nobre de Florianópolis. Ao saber da chegada de um grupo de haitianos em Santa Catarina, Bertha decide trazer o haitiano Bastide para trabalhar e morar com ela, alimentando a hostilidade de seu filho.

O espetáculo conta com belíssima trilha sonora, através de clássicos de Chico Buarque, que se conectam a um roteiro com temáticas repletas de amor, traição e adultério – um prato cheio para a obra Rodriguiana. O público vai se envolver na história de Glorinha, uma adolescente que se prostitui para vingar a morte da mãe e buscar identidade e justiça. Com apenas 15 anos, vive com os tios Raul e Odete, e acredita que a mãe, Judite, cometeu suicídio e que o pai, Gilberto, ficou louco. A adolescente é levada por uma amiga para um bordel e se interessa em trabalhar como prostituta, enquanto seu tio Raul, que é dominador e violento, vigia Glorinha para preservar sua castidade., mas ao descobrir que Glorinha se prostitui, Raul decide contar-lhe a verdade sobre a origem dos pais… A peça explora temas polêmicos como aborto, traição, prostituição de menores, hipocrisia humana e machismo. O espetáculo é Idealizado e dirigido por Marcelo Portes, a montagem teve sua motivação inicial em 2018, após uma leitura dramatizada na casa de cultura Guilherme Araújo, grande produtor de artistas renomados. A leitura alcançou sucesso e recebeu vários convites. Um ano após, a direção e elenco se reúnem para reviver o trabalho no Centro Cultural Midrash. Esse contato com o texto “Perdoa-me por me traíres” suscitou em todos à vontade de encená-lo, dando continuidade às pesquisas e estudos feitos para a realização das leituras dramatizadas. Com um roteiro escrito em 1957 e atual até hoje, o texto permeia questões como feminicídio, violência contra a mulher, clínicas de aborto clandestinas e deputados amorais, onde é escancarada toda vulnerabilidade humana, o que ganha destaque e especial simbolismo através de um cenário inspirado na obra de Cildo Meireles “O Desvio para o Vermelho”, grande artista plástico conhecido internacionalmente. “A genialidade de Nelson Rodrigues mostra em Perdoa – Me Por Me Traíres como ele é atemporal, pois esses problemas são existentes até hoje, depois de 68 anos do texto escrito” – declara o diretor. SERVIÇO PERDOA-ME POR ME TRAÍRES: • Curta Temporada – Apenas 11 apresentações: 09 à 31 de agosto de 2025 • Local: Casa de Cultura Laura Alvim • Endereço: Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema, Rio de Janeiro – RJ, 22420-004 • Valor: R$ 100,00 inteira – R$ 50,00 meia entrada • Link de Vendas: htttps://funarj.eleventickets.com/

A Sala Nelson Pereira dos Santos recebe em seu palco, na quarta-feira, 20 de agosto, às 20h, o espetáculo "Aonde Está Você Agora?", de Regiana Antonini. O amor fraterno, os sonhos e a inocência da juventude são alguns dos temas abordados no texto. A montagem conta a história de dois meninos que constroem uma sólida amizade, apesar das diferenças socioeconômicas, mas que se separam na juventude, mantendo contato apenas através de pensamentos, lembranças e um Livro da Sorte. Inspirada na música 'Vento no Litoral', da Legião Urbana, a peça se passa em sete anos da vida desses dois amigos. Um deles, Pedro, fica em Vila Velha, no Espírito Santo, e Gabriel vai para Nova York. Como a ação acontece durante as décadas de 80/90, quando não havia Internet e as ligações internacionais não eram tão acessíveis, os dois se distanciam, mas não esquecem as aventuras da adolescência, mostradas em flashback durante o espetáculo. Serviço Aonde Está Você Agora? Datas: Quarta-feira, 20 de agosto de 2025 Horários: 20hDuração: 60min Classificação indicativa: 12 anos Ingressos: R$50 (inteira) Vendas na Bilheteria da Sala ou no site Fever Local: Sala Nelson Pereira dos Santos End: Avenida Visconde do Rio Branco, nº 880, Niterói

É sabido que o século XX foi um período de extremas mudanças para a humanidade. Desde impérios ruindo, revoluções políticas, duas guerras mundiais até as revoluções no âmbito artístico e cultural. A música de concerto jamais esteve inerte a estas rápidas mudanças da existência humana. Por não haver um consenso absoluto sobre a definição de “modernismo musical”, vamos considerar o período da década de 1890 até meados do século XX. Nessa efervescência criativa e estética, a música ocidental experimentava o “tonalismo expandido” de Richard Wagner em suas óperas e nas sinfonias de Gustav Mahler. Observou-se várias ampliações dessa estética musical na obra do austríaco Arnold Schoenberg (precursor do atonalismo e o dodecafonismo) e dos franceses Claude Debussy e Maurice Ravel que buscaram uma música mais voltada para a transmissão de sensações e memórias (assim como nas artes visuais com Manet, Monet, Van Gogh) do que com o rigor da técnica composicional contrapontística. Nesse período, o Brasil vivenciou uma busca por uma arte “eminentemente nacional” que fugisse das matrizes europeias. Hoje poderíamos intitular de “atitude decolonial” com a inserção de aspectos culturais dos povos originários e dos africanos escravizados nas criações artísticas deste período. A figura de Heitor Villa Lobos foi emblemática neste sentido. Após a sua participação na Semana de Arte Moderna em 1922, ele seguiu para a Paris para apresentar suas criações, ainda influenciadas pelas tendências da música europeia, embora já sinalizasse uma busca em retratar o Brasil através de suas várias raízes culturais resultantes da formação de sua população hibrida. Nesse sentido, o programa começa com uma obra de Stephan Koncz (n. 1984) intitulada A New Satiesfaction inspirada na Gymnopedie n.1 do compositor francês Erik Satie (1866-1935), composta e publicada em 1888. Esta obra é uma releitura de uma peça modernista com uma linguagem mais contemporânea, com elementos minimalistas que ambientam a famosa melodia da obra de Satie, escrita originalmente para piano. Seguimos com o Quarteto n.º1 de Heitor Villa-Lobos, composto em 1915 na cidade de Nova Friburgo. Esta obra foi concebida no formato de uma suíte com seis movimentos. O movimento final remete a um personagem icônico da tradição oral brasileira: o Saci Pererê. Villa-lobos sugere que esse movimento seja uma descrição sonora do Saci, pulando com uma perna só, com um cachimbo na boca e pegando as pessoas de surpresa com suas travessuras. Nesta obra, apesar da estrutura ser mais tradicional, observa-se já uma busca de sensações e impressões que podem ser semelhantes às sonoridades encontradas em algumas obras francesas do mesmo período. O programa encerra-se com o único quarteto composto por Maurice Ravel em 1903, quando tinha 28 anos. O Quarteto de cordas em Fá Maior foi estreado em Paris no ano seguinte, e segue como modelo o quarteto do seu conterrâneo, Claude Debussy, composto 10 anos antes. A peça foi dedicada ao prof. Gabriel Fauré, que inclusive nunca tinha escrito um quarteto de cordas, até receber a dedicatória do dileto aluno e, se encorajar a encarar o gênero. Debussy e Ravel sempre tiveram opiniões estético-musicais bem divergentes, mas curiosamente, Debussy escreveu uma carta para Ravel manifestando sua admiração pela obra. A peça segue a forma tradicional, com quatro movimentos. O primeiro movimento apresenta dois temas contrastantes. O primeiro tema é executado por todos os quatro instrumentos de maneira diluída. Já o segundo tema, é apresentado pelo primeiro violino e pela viola. O segundo movimento inova ao ser introduzido pelo quarteto, tocando todos juntos em pizzicato. O terceiro movimento é lento, introspectivo e o último é intenso e com um final apoteótico. Programa Stephan KONCZ (n. 1984) A New Satiesfaction para Quarteto de Cordas Inspirada na Gymnopedie nº. 1 de Erik Satie. Heitor VILLA-LOBOS (1887-1959) Quarteto de cordas n° 1 I. Cantilena (Andante) II. Brincadeira (Allegretto scherzando) III. Canto lírico (Moderato) IV. Cançoneta (Andantino quasi allegretto) V. Melancolia (Lento) VI. Saltando como um Saci (Allegro) Maurice RAVEL (1875-1937) Quarteto de cordas em Fá Maior I. Allegro moderato – très doux II. Assez vif – très rythmé III. Très lent IV. Vif et agite Quarteto de Cordas da UFF Tomaz Soares, 1º violino Ubiratã Rodrigues, 2º violino Clara Santos, viola Glenda Carvalho, violoncelo ________________________________________ 19 de Agosto de 2025 Terça | 19h Teatro da UFF Rua Miguel de Frias, 9 – Icaraí – Niterói Ingressos: R$ 30 (inteira) – R$ 15 (meia) Canais de venda: Guichê Web e Bilheteria Classificação Indicativa: livre

Na trama, sete jovens viajam para uma casa de campo e decidem escrever cartas destinadas a eles mesmos, para serem abertas no futuro. Porém, a viagem acaba em tragédia, com a morte de um dos amigos. Dez anos depois, um reencontro traz à tona antigas paixões, novas frustrações, emoções de um passado mal resolvido e um segredo mal enterrado em meio aos dilemas da vida adulta. No elenco, estão Antonio Rockenbach, Bels Ferrari, Bernardo Coimbra, Carolina Matos, Lucas Garbois, Maria Paula Marini e Sued Lincoln. Projeto Sede Viva Espetáculo: “Entre Nós” Local: Sede da Cia. dos Atores (Rua Manuel Carneiro, 12 – Escadaria Selarón, Lapa) Temporada: 06 de agosto a 1º de outubro Dias e horários: quartas, às 20h – exceto 3 de setembro Classificação indicativa: 14 anos Duração: 90 min. Ingressos: R$ 25 (meia-entrada) e R$ 50 (inteira)

A Sala Nelson Pereira dos Santos recebe em seu palco, na quarta-feira, 20 de agosto, às 20h, o espetáculo "Aonde Está Você Agora?", de Regiana Antonini. O amor fraterno, os sonhos e a inocência da juventude são alguns dos temas abordados no texto. A montagem conta a história de dois meninos que constroem uma sólida amizade, apesar das diferenças socioeconômicas, mas que se separam na juventude, mantendo contato apenas através de pensamentos, lembranças e um Livro da Sorte. Inspirada na música 'Vento no Litoral', da Legião Urbana, a peça se passa em sete anos da vida desses dois amigos. Um deles, Pedro, fica em Vila Velha, no Espírito Santo, e Gabriel vai para Nova York. Como a ação acontece durante as décadas de 80/90, quando não havia Internet e as ligações internacionais não eram tão acessíveis, os dois se distanciam, mas não esquecem as aventuras da adolescência, mostradas em flashback durante o espetáculo. Serviço Aonde Está Você Agora? Datas: Quarta-feira, 20 de agosto de 2025 Horários: 20h Duração: 60min Classificação indicativa: 12 anos Ingressos: R$50 (inteira) Vendas na Bilheteria da Sala ou no site Fever Local: Sala Nelson Pereira dos Santos End: Avenida Visconde do Rio Branco, nº 880, Niterói

Inspirado na obra original de Edgar Rice Borroughs, a adaptação musical traz a cena uma aventura com muita ação, romance e diversão, com uma estética criada a partir do musical homônimo da Broadway. Um bebê perde os pais na luta pela sobrevivência na selva. Órfão e sozinho, ele é encontrado por uma gorila que o cria como se fosse seu próprio filho. Tarzan cresce pensando ser um gorila, agindo e vivendo como tal. Quando uma equipe de pesquisadores chega à floresta, o rapaz percebe que é como eles. Tarzan encontra a bela Jane correndo perigo e a salva, apaixonando-se por ela. O contato com a civilização o faz descobrir que é um ser humano, despertando conflitos nunca antes enfrentados pelo herói. Um espetáculo direcionado para toda a família, onde pretendemos ressaltar os valores da mesma; a aceitação dos diferentes e a preservação da natureza. Falar para a criança da harmonia entre os diferentes, o respeito pelas raças e pelos conceitos. “TARZAN” traz a aventura carregada de emoção e ensinamentos. Um espetáculo vibrante cheio de simbolismos. SERVIÇO Local: Teatro GayLussac Rua Cel. João Brandão, n° 87, São Francisco, Niterói Datas: de 23 de agosto a 14 de setembro de 2025 Sábados e Domingos às 16h Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia entrada) Vendas: www.sympla.com.br ATENÇÃO: A bilheteria do Teatro GayLussac não aceita pagamentos em dinheiro e PIX. Classificação: LIVRE

O clássico texto de Arthur Miller, As Bruxas de Salem ganha sua aguardada estreia nacional em uma montagem inovadora, com direção do premiado Renato Carrera. No elenco principal, nomes como Carmo Dalla Vecchia, Vanessa Gerbelli, Elisa Pinheiro, Patrícia Pinho, Marcel Giubilei e um grande time de atores dão vida a um espetáculo intenso, repleto de suspense e tensão. Baseada em fatos reais, a trama questiona temas universais como mentira, verdade, manipulação e reputação, a partir de um caso fictício de bruxaria denunciado em 1692, na cidade de Salém, Massachusetts (EUA). Um verdadeiro thriller dramático, com trilha sonora original, recursos audiovisuais e projeções, encenado por um elenco de 16 atores. A obra, consagrada mundialmente com diversas adaptações para o teatro, ópera, cinema e televisão, chega agora ao Teatro Casa Grande em sua mais nova montagem brasileira. Serviço As Bruxas de Salém Temporada: de 4 de setembro até 05 de outubro de 2025 Quinta à sábado às 20h e domingo às 18h Local: Teatro Casa Grande – Av. Afrânio de Melo Franco, 290, Loja A, Leblon, Rio de Janeiro Ingressos: à venda na bilheteria do teatro ou antecipadamente pelo Eventim.com.br: https://www.eventim.com.br/artist/teatro-casa-grande/bruxas-de-salem-3934963 Duração: 150 minutos Classificação: 14 anos

A Sala Nelson Pereira dos Santos recebe em seu palco, no domingo, 24 de agosto, às 19h, o espetáculo 'Tudo que Cantei Sou' da cantora e compositora Roberta Sá que, celebra duas décadas de carreira discográfica. Em show intimista no formato voz, bandolim e violão, Roberta passeia por canções emblemáticas de seu repertório. Há 20 anos, Roberta Sá impactava o cenário musical brasileiro com o lançamento de "Braseiro" (MP,B / Universal Music), seu primeiro álbum, amplamente elogiado pela crítica especializada. De 2005 para cá, a cantora, nascida em Natal (RN) e radicada no Rio de Janeiro desde a infância, construiu uma trajetória sólida, que vem sendo celebrada em 2025. Roberta Sá se apresenta acompanhada pelos músicos Alaan Monteiro (bandolim) e Gabriel de Aquino (violão), para cantar canções de "Braseiro", além de outros sucessos que marcaram os seus 20 anos de carreira discográfica. O setlist passeia por músicas gravadas em álbuns como "Que Belo Estranho Dia Para Se Ter Alegria", "Quando o Canto é Reza", "Segunda Pele", "Delírio" e "Sambasá - Ao Vivo". Entre os destaques do show está um bloco dedicado à produção musical feminina. Nele, Roberta Sá interpreta "Lavoura", de Teresa Cristina (Roberta foi a primeira artista a gravar uma canção da cantora e compositora), e "Me Erra", escrita por Adriana Calcanhotto especialmente para ela. O repertório inclui ainda "Juras", em homenagem a Rosa Passos; "Virada", de Marina Íris e Manu da Cuíca - vozes da nova cena do samba; e "Essa Confusão", de Dora Morelenbaum, em parceria com Zé Ibarra - representantes da nova cena do pop. Nestas duas décadas de trabalho, Roberta Sá trilhou um caminho próprio e consolidou-se como uma das principais vozes da música brasileira, desenvolvendo trabalhos com forte presença de ritmos e compositores nacionais. Do regional ao pop, passando por sambas e forrós, Roberta revelou artistas, homenageou clássicos e partiu para shows e turnês com assinatura própria. Recebeu inúmeros prêmios e indicações, além de ter compartilhado os holofotes com Alcione, António Zambujo, Beth Carvalho, Chico Buarque, Gilberto Gil, Martinho da Vila e Ney Matogrosso, entre outros artistas. Serviço Roberta Sá - Tudo que Cantei Sou Datas: Domingo, 24 de agosto de 2025 Horário: 19h Duração: 75min Classificação indicativa: Livre Ingressos: R$120 (inteira) Ingresso Solidário (com 1kg de alimento não perecível): R$80,00 Vendas na Bilheteria da Sala ou no site Fever Local: Sala Nelson Pereira dos Santos End: Avenida Visconde do Rio Branco, nº 880, Niterói