7 de junho de 2022
Tour macabro: “Um Rio de Assombrações”
O passeio “Um Rio de Assombrações” apresenta fatos históricos, como o açoitamento de escravos e penas de morte realizadas em praças públicas, além de lendas sobre seres assustadores, entre elas a Bruxa do Arco do Telles. Outro destaque é o fantasma do Carlos Drummond de Andrade, que aborda funcionários da Biblioteca Nacional em busca de um livro de gravura erótica japonesa que ele perdeu.
O passeio também contempla locais marcados por rituais religiosos antigos, profissões macabras e crimes bárbaros. Entre eles, a Ilha das Cobras, que recebeu presos como Tiradentes, protestantes da Revolta da Vacina e João Cândido, que alegava ver os fantasmas de seus companheiros mortos pelos corredores da prisão e nas celas.
O walking tour, que começa em frente ao Arco do Telles, na Praça XV, explora todos estes lugares dialogando ainda com a atualidade.
Data: quinta 09 de junho, às 17:15h, saindo em frente da Biblioteca Nacional no Centro do Rio.
Entre os dias 12 e 15 de agosto vai rolar no Teatro Nelson Rodrigues a 1ª edição do Festival Dupla de Três, que celebra a música brasileira em sua essência: encontros, afeto e presença. O projeto inédito vai promover apresentações gratuitas que apostam no minimalismo do formato e na potência do encontro artístico. A proposta do festival é reunir, a cada noite, dois artistas da nova geração que convidam um nome consagrado da música brasileira. Assim nasce a “dupla de três”: trios inéditos formados por artistas que dividem o palco apenas com seus próprios instrumentos, sem banda de apoio. O projeto parte da vontade de destacar artistas que constroem suas trajetórias com autonomia e entrega. O festival nasceu do desejo de celebrar o que a música brasileira sempre teve de mais bonito: a arte do encontro. É um evento minimalista no formato, mas imenso na troca, na escuta e na potência de cada artista. Mais do que unir diferentes gerações em cena, o Festival Dupla de Três propõe uma escuta sensível e valoriza a arte em sua forma mais essencial. Após a temporada no Rio de Janeiro, o festival segue para São Paulo, onde realiza mais quatro encontros musicais, em setembro.
09 Exposição ‘Reverbere’ convida à reflexão às memórias do passado, do presente e a novos futuros Assim é “Reverbere”, mostra que chega ao centro cultural Futuros – Arte e Tecnologia, no Flamengo, a partir de 9 de agosto, com entrada franca. Com produção da Tech Art Lab (TAL) e curadoria de sua fundadora Gabriela Maciel, a exposição reúne 16 obras, sendo seis inéditas, de diferentes formatos, entre esculturas, pinturas, fotografias, obras digitais, vídeos e instalações. Os 12 expositores exploram em seus trabalhos temas como humanidades, ciências, ecologia, tecnologia e espiritualidade. São eles: Anna Costa e Silva, Cabelo, Darks Miranda, Fabian Albertini & Juliana Curvellano, Jerônimo de Moraes, José Kós, Mariana Destro, Olav Alexander, Paula Pedrosa, Paulo Vivacqua, Roberta Lima e Thaís Iroko. “O processo de seleção das obras se deu a partir da composição de um panorama de artistas nacionais para a reverberação de suas pesquisas e produções. Suas obras são relatos, críticas e reivindicações culturais, sociais e ambientais. São conceitos, técnicas e estéticas que agem como ondas sonoras e se propagam em amplitude e profundidade, reverberando memórias do passado, vivenciando o presente e projetando novos futuros”, afirma a curadora Gabriela Maciel. Entre as principais atrações da mostra, está o ensaio fotográfico inédito “Riviera Roquette Pinto”, de Jerônimo de Moraes, que homenageia um santuário urbano de lazer e pertencimento na zona norte do Rio de Janeiro, o Piscinão de Ramos. Longe do glamour das praias da zona sul, o Piscinão oferece uma experiência coletiva moldada por resistência, improviso e o direito à ocupação afetiva do espaço. Entre retratos e detalhes ambientais, as imagens do ensaio revelam corpos em celebração, mergulhos que são atos de liberdade e um litoral reinventado pelas mãos do povo. Outro destaque é o vídeo “Incorporação da Água”, da amazonense Roberta Lima. Motivada pelo desejo de discutir mudanças culturais através das mudanças de estados físicos da água como metáfora para a resistência e resiliência, esta obra faz referência a busca por processos emancipatórios colocando em debate o aspecto ambiental do feminismo na vida cotidiana e na arte. Através da performance, do vídeo, do corpo e de elementos da natureza, a artista ressalta a importância da água e a função que este elemento desempenha nas comunidades. A artista cearense Darks Miranda, vencedora do Prêmio Pipa 2025, traz a escultura “Mão Esquerda”. Em suas obras, a artista usa a montagem como linguagem e investiga o imaginário da ficção científica do século passado para refletir sobre o fracasso do projeto ocidental modernizante e suas noções de futuro e progresso. Já o poeta, músico e artista Cabelo Cobra Coral participa de “Reverbere” com a pintura “Luz com Trevas”, que é a capa de seu disco homônimo lançado em 2020, em que ritmo e poesia se fazem presentes através do pop, do rap, do funk e do samba. “No ano em que o Futuros – Arte e Tecnologia completa 20 anos e a Tech Art Lab chega aos seus 15, celebramos estes marcos com uma exposição multiformatos que reforça o compromisso do nosso centro cultural de amplificar vozes artísticas plurais e atentas aos temas de nosso tempo”, destaca Victor D’Almeida, gerente de cultura do Oi Futuro. Serviço: Exposição ‘Reverbere’ • Data: 9 de agosto a 28 de setembro • Local: Centro Cultural Futuros – Arte e Tecnologia – Galeria 3 • Horário: quarta a domingo, de 11h às 20h • Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo • Entrada franca
