Blog Layout

12 de julho de 2022

Theatro Municipal do Rio celebra 113 anos com espetáculos de portas abertas

 

Na quinta-feira, dia 14 de julho, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro chega aos 113 anos de existência e retoma uma tradição inaugurada em 1995 pelo então presidente Emilio Kalil: o Dia de Portas Abertas. Cancelada em 2020 e 2021, a festa retorna com a estrutura que a consagrou: espetáculos a partir das 9h da manhã, ocupando diversos espaços do teatro a cargo dos artistas da casa e de convidados especiais, tudo gratuito. Esse ano, as visitas guiadas também estão no cardápio de atrações, acontecendo às 11h e às 16h. O público tem acesso liberado através de retirada de senhas.


Na celebração deste ano, além dos pequenos grupos de cantores, músicos e, bailarinos (do corpo de baile e da Escola Maria Olenewa) que se apresentam, o aniversário se encerra com uma obra de peso, que reúne os corpos artísticos. Será a pré-estreia da montagem de Don Giovanni, de Mozart/Da Ponte, com direção cênica de André Heller-Lopes e direção musical de Tobias Volkmann, à frente da sinfônica da casa. Com figurinos de Marcelo Marques e cenários de Renato Theobaldo, essa montagem questiona – e desconstrói, segundo o diretor – o “adorável sedutor”. Serão cinco performances, contando com a do 14 de julho – dias 16, 20, 22 e 24/7.


“Na primeira cena ele acaba de tentar estuprar uma mulher; é assassino do Comendador; tenta culpar o criado pelos seus crimes... é uma figura horrorosa”, diz André Heller-Lopes. “Esse personagem perverso, criminoso, predador existe nos dias hoje, com o mesmo comportamento. Por que nós toleramos e nos deixamos fascinar por ele? Eu diria que essa é a peça-chave, o conceito central dessa montagem.” 


A opção de Heller-Lopes foi a de manter o contexto original. “A força do mal que Don Giovanni representa é o que me interessa. Figurinos de Marques e cenários de Theobaldo conversam com a contemporaneidade, mas se mantêm no diapasão da época. A luz de Fabio Retti dialoga com a ideia de chiaroscuro da pintura deste período.”


O cenário remete, diz o diretor, à Catedral de Sevilha – “era onde eu estava quando recebi de Eric [Herrero, diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro] a confirmação do convite para dirigir essa montagem – e ao Don Juan de Molière, que não é tão focado na libertinagem, mas na relação do personagem com religião e, por extensão, com a blasfêmia que está no fundo da concepção. E festejamos também os 400 anos do nascimento de Molière”.


A volta do título ao palco do Rio também é celebrada por Tobias Volkmann, com mais uma alegria. “Há 31 anos Don Giovanni não é montado no Rio de Janeiro”, diz o maestro, "e será minha primeira vez na regência dessa ópera”.


O elenco mistura nomes conhecidos do público – Homero Pérez-Miranda (Don Giovanni), Homero Velho (Leporello), Claudia Riccitelli (D. Elvira) e Fernando Portari (D. Ottavio) – com novos talentos: Ludmilla Bauerfeldt, soprano em firme ascensão, interpreta Donn Anna e Sophia Dornellas faz sua estreia como Zerlina. O elenco tem ainda os baixos Murilo Neves (Masetto) e Pedro Olivero (Comendador).

“Essa é uma ópera muito difícil, muito exigente para todos, orquestra e cantores”, continua Volkmann. “São dois atos longos, quase 3 horas de música, um arco desafiador. E Mozart fez a mais perfeita tradução musical dos personagens – o psicopata Don Giovanni, a ópera bufa dos personagens mais burgueses, trabalhadores; a linha musical dos nobres, já um prenúncio do bel canto. Mas a energia é muito boa, especialmente com muita gente nova no teatro.”


Essa é a principal celebração de Eric Herrero, diretor artístico do Municipal carioca, nesse momento: desde 1º de julho, 71 novos artistas integram, ainda que temporariamente, os corpo estáveis do teatro. “Conseguimos fazer uma contratação por dois anos de 24 coristas, 24 músicos e 23 bailarinos, a partir dos diagnósticos dos regentes”.


Don Giovanni, primeira ópera com montagem completa depois da pandemia, havia sido programada por Ira Levin, o ex-diretor artístico da casa, “e mantivemos 90% do elenco já acertado”, prossegue Herrero, que ainda tem mais uma novidade. “Espero em breve poder anunciar o nome do regente titular, que está praticamente fechado. É uma alegria poder completar os corpos artísticos, com melhores condições de produzir uma programação que o público carioca merece. Estamos cuidando dessa preciosa e delicada senhora de 113 anos que é paixão de todos nós”, encerra.



27 de fevereiro de 2025
Com curadoria de Desirée Monjardim, a individual de Fernando Cuntin explora a intensidade da cor e a dinâmica da forma. As pinturas de Fernando Cuntim serão expostas na Sala José Cândido de Carvalho, na exposição "Cuntin-Ta e Pincel". Com abordagem única, o artista cria experiências sensoriais intensas de sua visão artística. A mostra acontece na Sala José Cândido de Carvalho, na Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, com visitação até o dia 11 de abril. A entrada é gratuita. A exposição é apresentada pela doutora em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ e membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, Isis Braga, que destaca a força da obra do pintor. "A pintura, para ele, é um espaço onde os sentimentos ganham formas tangíveis e onde a beleza se revela em cada detalhe. Sua obra traduz um campo de forças, no qual a harmonia é conquistada pela tensão das cores e pela movimentação das formas, que fluem com liberdade e expressividade". Cuntin se interessou pela arte na adolescência, através das aulas de desenho e pintura com o professor Fábio Leopoldino, aprendendo técnicas como óleo, acrílica, pastel, guache e aquarela. "Desde então me dedico à pintura com as mãos cheias de tintas e pinceis e estou sempre praticando o desenho em cadernos de estudos, os chamados sketchbooks", afirma o artista. Serviço Exposição Cuntin-Ta e Pincel de Fernando Cuntin Curadoria de Desirée Monjardim Abertura: Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025 Horário:18h Visitação: até 11 de abril de 2025 Segunda a sexta, de 9h às 17h Entrada gratuita Local: Sala José Cândido de Carvalho End: Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, Niterói
27 de fevereiro de 2025
Este semana o tradicional jornal inglês ”The Guardian” publicou uma resenha opinando que o longa-metragem brasileiro ”Ainda Estou Aqui” ,dirigido por Walter Salles e com história retratada majoritariamente no Rio de Janeiro , é o favorito ao Oscar 2025 na categoria ”Melhor Filme Internacional” . No texto,a jornalista Wendy Ide , responsável pela opinião, diz que ”após o fiasco de ‘Emilia Pérez’ [outro filme na disputa], ‘Ainda Estou Aqui’ é o favorito”. Wendy também elogia Fernanda Torres , que concorre ao Oscar na categoria ”Melhor Atriz” após interpretar Eunice Paiva , protagonista do longa e esposa de Rubens Paiva, personagem central da história – representado no filme por Selton Mello -, assassinado durante a ditadura militar no Brasil. ”Fenomenal!Ela mereceu a indicação”, destacou Ide. Vale ressaltar que, além das duas indicações citadas acima, ”Ainda Estou Aqui”concorre também na principal categoria do Oscar, isto é, ”Melhor Filme”. A cerimônia de entrega das estatuetas acontecerá no próximo domingo (02/03), a partir das 21h (de Brasília), no Teatro Dolby, em Los Angeles, na Califórnia,Estados Unidos.
Share by: