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8 de dezembro de 2023

"Quem nos protege, se não nós?"

Coreografado e interpretado por Tiago Oliveira e sob a direção de Igor Lopes e Suelen Cristina, o espetáculo solo de dança contemporânea “Quem nos protege, se não nós?” vai estrear no 7 de dezembro, no Mezanino do Sesc Copacabana. A temporada será de 8 apresentações inéditas em horário nobre e vai até o dia 17 de dezembro.

 

O espetáculo foi selecionado para fazerparte da programação de temporadas doEdital de Cultura RJ Sesc Pulsar 2022/2023. Com o discurso organizado em um lugar social, partindo das experiências compartilhadas pelas pessoas que habitam esse mesmo espaço, o projeto propõe discussões sobre colonialidade, exploração do trabalho e violência no cotidiano urbano periférico, suas raízes e consequências. As obras do artista plástico Jefferson Medeiros, que servem de inspiração para este espetáculo, também compõem a cenografia que utiliza materiais diversos de concreto a cápsulas de munição encontradas no circuito do artista ou de seus amigos e conhecidos que desejam colaborar com suas criações. Jefferson afirma: “Cada obra demanda uma técnica, que por vezes precisa ser desenvolvida, portanto organizo o pensamento a partir do fazer. É a partir desse lugar social onde me encontro que produzo meus trabalhos como um discurso, uma enunciação, uma epistemologia periférica de compreensão da realidade que experimento”. Seguindo essa premissa, o solo foi elaborado na perspectiva de um corpo preto entendendo a arte como uma prática decolonial. 

 

A construção deste espetáculo tem o objetivo de reforçar uma atitude ativa, libertadora, transgressora, estruturada a partir da valorização de aspectos da autorreflexão, da crítica criativa e do ativismo - pontos importantes para o fortalecimento de uma resistência às representações do racismo e do colonialismo nas práticas de criação em dança. Quando se trata de arte preta e marginal em nada se pretende uma expressão neutra, ela possui uma postura contra-hegemônica que desafia e denuncia as mais variadas formas de opressão experimentadas no cotidiano periférico. Por isso, esse processo artístico se dá como um grito e não busca autorização, pois é uma batalha pela existência, pela vida. Logo, é um discurso de urgência.

 

As perspectivas coreográficas elaboradas por Tiago Oliveira têm contribuído para problematizar o racismo por meio da dança e têm revelado uma forma de organizar processos de pensamento, criação e ativismo político através do compartilhamento de dores historicamente forjadas que revelam os abusos, as violências, as desterritorializações e as ausências do corpo preto no panorama dos protagonismos da vida social. Em seus 3 últimos trabalhos (Vira-Lata/2017; À margem/2019 e Um estranho em mim/2020) em que esteve como diretor artístico, essas perspectivas se apresentam de maneira mais enfática. E mesmo no trabalho Vidas Secas/2021, em que esteve como coreógrafo, Tiago Oliveira não deixou de refletir sobre sua formação profissional e sobre o fato de ser um corpo preto de procedência periférica, o que tem elaborado sentidos importantes para as reflexões em torno da cena preta carioca.

 

Serviço:


Data: 07 a 17 de dezembro de 2023, quinta a domingo

Horário: às 20h30

Local: Mezanino – Sesc Copacabana

End.: Rua Domingos Ferreira, 160 – Copacabana

Ingressos: R$ 7,50 (associado do Sesc), R$ 15 (meia-entrada), R$ 30 (inteira)

Duração: 45 minutos

Classificação etária indicativa: + 14 anos 

Público-alvo: Pessoas de todos os gêneros, com idade acima dos 14 anos, que tenham interesse nas artes cênicas e nas discussões sociais. Foco nos artistas, educadores e participantes de projetos sociais. Artistas pretos(as)(es).

 

 

 

27 de fevereiro de 2025
Com curadoria de Desirée Monjardim, a individual de Fernando Cuntin explora a intensidade da cor e a dinâmica da forma. As pinturas de Fernando Cuntim serão expostas na Sala José Cândido de Carvalho, na exposição "Cuntin-Ta e Pincel". Com abordagem única, o artista cria experiências sensoriais intensas de sua visão artística. A mostra acontece na Sala José Cândido de Carvalho, na Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, com visitação até o dia 11 de abril. A entrada é gratuita. A exposição é apresentada pela doutora em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ e membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, Isis Braga, que destaca a força da obra do pintor. "A pintura, para ele, é um espaço onde os sentimentos ganham formas tangíveis e onde a beleza se revela em cada detalhe. Sua obra traduz um campo de forças, no qual a harmonia é conquistada pela tensão das cores e pela movimentação das formas, que fluem com liberdade e expressividade". Cuntin se interessou pela arte na adolescência, através das aulas de desenho e pintura com o professor Fábio Leopoldino, aprendendo técnicas como óleo, acrílica, pastel, guache e aquarela. "Desde então me dedico à pintura com as mãos cheias de tintas e pinceis e estou sempre praticando o desenho em cadernos de estudos, os chamados sketchbooks", afirma o artista. Serviço Exposição Cuntin-Ta e Pincel de Fernando Cuntin Curadoria de Desirée Monjardim Abertura: Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025 Horário:18h Visitação: até 11 de abril de 2025 Segunda a sexta, de 9h às 17h Entrada gratuita Local: Sala José Cândido de Carvalho End: Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, Niterói
27 de fevereiro de 2025
Este semana o tradicional jornal inglês ”The Guardian” publicou uma resenha opinando que o longa-metragem brasileiro ”Ainda Estou Aqui” ,dirigido por Walter Salles e com história retratada majoritariamente no Rio de Janeiro , é o favorito ao Oscar 2025 na categoria ”Melhor Filme Internacional” . No texto,a jornalista Wendy Ide , responsável pela opinião, diz que ”após o fiasco de ‘Emilia Pérez’ [outro filme na disputa], ‘Ainda Estou Aqui’ é o favorito”. Wendy também elogia Fernanda Torres , que concorre ao Oscar na categoria ”Melhor Atriz” após interpretar Eunice Paiva , protagonista do longa e esposa de Rubens Paiva, personagem central da história – representado no filme por Selton Mello -, assassinado durante a ditadura militar no Brasil. ”Fenomenal!Ela mereceu a indicação”, destacou Ide. Vale ressaltar que, além das duas indicações citadas acima, ”Ainda Estou Aqui”concorre também na principal categoria do Oscar, isto é, ”Melhor Filme”. A cerimônia de entrega das estatuetas acontecerá no próximo domingo (02/03), a partir das 21h (de Brasília), no Teatro Dolby, em Los Angeles, na Califórnia,Estados Unidos.
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