7 de novembro de 2022

Projeto complementa renda de artesãs niteroienses e retira lixo do meio ambiente

O cuidado com o meio ambiente sempre foi uma prioridade em Niterói. Com essa pegada, a Prefeitura se uniu ao Projeto Redinha para uma parceria que utiliza a mão de obra das artesãs da Casa da Economia Solidária Paul Singer para a confecção que transforma redes de pesca em bolsas. A rede, que seria descartada, vira acessórios e ainda complementa a renda das costureiras.

 

A Secretaria Municipal de Assistência Social e Economia Solidária é a responsável por gerir a Casa Paul Singer. O secretário da pasta, Elton Teixeira, fala da importância dessa parceria.

 

“Um dos princípios da economia solidária é o respeito ao meio ambiente e a sustentabilidade. Gerar trabalho e renda a partir do cuidado com o meio ambiente é uma resposta para a urgência que o mundo precisa ter para cuidar do planeta e das gerações futuras”, disse.

 

A criadora do Projeto Redinha, Maria Fernanda Bastos, é engenheira civil e ambiental e conta que o estalo veio um dia quando foi remar em Jurujuba, durante a pandemia, e viu os pescadores remendando as redes de pesca.

 

“Me chamou a atenção a quantidade de redes que ficavam no entorno. Perguntei o que eles faziam com aquele material que não dava para reutilizar e eles disseram que jogavam fora. Nessa época, todo mundo estava fazendo alguma atividade para aproveitar o tempo que estavam em casa e minha sogra fazia artesanato manual. Conversamos e ela desenvolveu um primeiro modelo de crochê”, destaca.

 

A engenheira explica que sua tese de mestrado foi sobre o lixo flutuante na Baía de Guanabara porque o lixo é algo que me incomoda muito, principalmente o plástico de uso único que depois é descartado e é um grande problema da poluição. Então veio a ideia da bolsa de redinha e “como ela é bonitinha, as pessoas queriam usar de outras maneiras”, conta Maria. O modelo básico já ganhou novos formatos com tamanho de alça adaptada e com a versão de inclui uma bolsa interna, com reaproveitamento de sobra de biquíni, que comporta pequenos objetos como chaves e celular. Atualmente, o projeto já confecciona seis modelos diferentes.

 

Segundo a criadora das bolsas, a parceria com a Prefeitura de Niterói veio pela necessidade de mão de obra, que é 100% feminina. Atualmente, cinco artesãs fazem a produção das bolsas, seja a costura, acabamento ou customização. Maria de Fátima da Silva Lima, 64 anos, é uma das costureiras que aderiram ao projeto.

 

“Comecei a trabalhar com a produção das ‘redinhas’ em junho, mas sou artesã há mais de 15 anos. Trabalho com costura e faço produtos para vender nas feiras e agora comecei no artesanato e com as bolsas de rede. O projeto me ajuda muito, inclusive financeiramente, e eu conto com esse dinheiro para ajudar nas contas e comprar material para fazer novos produtos. Para mim está sendo maravilhoso", ressalta.

 

O trabalho impacta também os pescadores que pararam de jogar as sobras de rede na água e recebem 5% do valor da venda das bolsas como forma de incentivá-los a guardar o material e doar para o projeto.

 

“O trabalho, hoje, impacta quatro pescadores que nos fornecem as redes. A redinha é um negócio de impacto socioambiental que resolve também o problema da ‘pesca fantasma’ onde essas redes vão parar no mar e acabam capturando animais. A ideia de pagar os pescadores é para eles entenderem que esse material tem valor e se comprometam a não jogar fora. Na redinha não tem lixo, lixo é o que a gente joga fora, a rede é um resíduo que nós reaproveitamos”, conta Maria Fernanda.

 

O Meio Ambiente agradece

 

Mensalmente, são vendidas uma média de 200 bolsas de rede. Desde o início do projeto, foram resgatados mais de 300 kg de rede de pesca que renderam 3.500 bolsas de redinhas que equivalem a 9 quadras de vôlei, em extensão.

 

“Minha meta é chegar ao tamanho do Maracanã”, sonha Maria Fernanda, que calcula que para chegar a esse tamanho precisará vender cerca de 20 mil unidades do acessório.

 

Casa da Economia Solidária Paul Singer – Criada em julho de 2019, o local é o primeiro centro público municipal de referência em economia solidária no Estado do Rio. O objetivo é que seja um espaço de acolhimento, formação, capacitação e orientação aos empreendedores da economia solidária, cooperativas e associações, que recebe trabalhadores de Niterói e de municípios vizinhos.

 

A Casa conta com um espaço de comercialização, onde diversos produtores podem expor e vender seus produtos feitos de maneira artesanal, como roupas, mel, sabonetes, itens de casa etc. Além disso, o local possui uma sala de atendimento psicossocial e uma área destinada ao Fórum de Economia Solidária, sendo gerenciada de maneira compartilhada, com recursos de convênio firmado com o Ministério do Trabalho/Secretaria Nacional de Economia Solidária.

 

A Casa da Economia Solidária Paul Singer fica na Avenida Amaral Peixoto, 901, Centro. Informações pelo telefone (2717-8350).

 

 



30 de dezembro de 2025
Um dos maiores sucessos da Broadway e do teatro musical brasileiro, “Wiched – A História Não Contada das Bruxas de Oz” leva a magia para o palco da Cidade das Artes em uma temporada especial a partir de 15 de julho de 2026. Pela primeira vez no Rio de Janeiro, a superprodução revela a história não contada das bruxas de OZ, muito antes da Dorothy chegar ao mundo governado pelo poderoso Mágico de OZ. Após três temporadas de sucesso em São Paulo, em 2016, 2023 e 2025, Wicked realiza o desejo do público carioca que aguardava ansiosamente pela passagem do “mundo das esmeraldas”. O espetáculo soma mais de um milhão de espectadores em teatro no Brasil, e milhões no cinema e streaming. Estrelado por Myra Ruiz (Elphaba) e Fabi Bang (Glinda), Wicked conta a história de amizade, coragem e escolhas que moldam o destino das bruxas da Terra de OZ, inspirada no romance “Mágico de Oz”, de Gregory Maguire. A produção brasileira se destaca pela inovação tecnológica, efeitos de ilusionismo, sistemas inéditos de voo e projeções criadas especialmente para a montagem. Serviço: “Wiched – A História Não Contada das Bruxas de Oz” Local: Cidade das Artes (Avenida das Américas, 5.300 – Barra da Tijuca) Ingressos: de R$50 a R$400 na bilheteria da Cidade das Artes ou na Sympla https://bileto.sympla.com.br/event/114663/d/356569 Sessões: Quarta-feira, 20h; Quinta-feira, 20h; Sexta-feira, 20h; Sábado, 15h e 19h; Domingo, 14h e 18h30. Classificação: Livre. Menores de 12 anos devem estar acompanhados dos pais e/ou responsáveis legais Duração: 180 minutos com 15 minutos de intervalo
30 de dezembro de 2025
Sucesso internacional, espetáculo ‘JOB’ chega ao Rio de Janeiro. Jane (Bianca Bin) é especialista em filtrar conteúdo impróprio na internet, funcionária exemplar de uma grande empresa de tecnologia. Após acumular anos e anos sendo testemunha do ambiente tóxico das redes, ela tem um colapso na firma em que trabalha, acaba sendo afastada de seu cargo e obrigada a frequentar o consultório de um terapeuta (Edson Fieschi). A montagem tem direção de Fernando Philbert (‘Três Mulheres Altas’, ‘Todas as Coisas Maravilhosas’) e a mesma dupla de produtores do fenômeno ‘Prima Facie’, Luciano Borges e Edson Fieschi, desta vez também em cena como ator. ‘Job’ estreou em setembro de 2023 no teatro Soho Playhouse em Nova York, protagonizada por Peter Friedman (da série ‘Succession’) e Sydney Lemmon. A peça foi indicada a inúmeros prêmios e em junho de 2024 chegou à Broadway. O The New York Times classificou a obra como ‘Um thriller sofisticado e implacável’. Temporada: De 10 de janeiro a 22 de fevereiro Dias e horários: Sextas e sábados, às 20h Domingos, às 18h. Valor: Ingressos a R$ 150 Ingressos: https://www.ingresso.com/espetaculos/job-com-bianca-bin-e-edson-fieschi