23 de maio de 2022

Música Erudita sem Fronteiras

A música é uma via de mão dupla. É alegria para quem toca e para quem escuta. Seja samba, rock, funk e até música clássica! Aliás, está mais do que na hora de acabar com o preconceito de que música erudita é chata. Afinal de contas, obras clássicas frequentemente servem de trilha sonora para desenhos animados que tanto divertem a criançada. Essa é uma das propostas da série de concertos didáticos que a Orquestra Jovem de Niterói vai levar para alunos da rede pública de cinco municípios do Grande Rio no mês de junho. Cerca de 40 músicos da OJN – todos com idades entre 15 e 24 anos – vão tocar, de graça, para crianças e adolescentes de São Gonçalo, Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Belford Roxo e Nova Iguaçu. Serão nove concertos didáticos, em que o público infantojuvenil será apresentado ao universo orquestral, seus instrumentos e desdobramentos sonoros, graças ao repertório que engloba de Villa Lobos, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Mozart aos clássicos da Disney.


As apresentações foram todas pensadas para a faixa etária de 8 a 16 anos e serão conduzidas por um ator-cantor que encenará os típicos questionamentos feitos por um jovem quando vê uma orquestra pela primeira vez. Como complemento, as instituições envolvidas vão receber sugestões de atividades para realizarem com seus alunos e, assim, extraírem o máximo da apresentação.

 

Produzida pela Muriqui Cultural em parceria com o Immub (Instituto Memória Musical Brasileira), essa turnê serve também para complementar a formação dos alunos da orquestra, que encontram no programa pedagógico do conjunto uma série de ações voltadas para seu desenvolvimento técnico e profissional, como a saída orientada para espetáculos profissionais ao longo do ano, somada a parcerias com outras formações orquestrais jovens da região. Além de contribuir para a formação de novas plateias para a música erudita. 

"Com esse projeto, queremos inspirar outros jovens a seguirem seus sonhos, além de motivar nossos alunos, tornando-os protagonistas e exemplos de sucesso para as próximas gerações", explica Luiza Carino, idealizadora e diretora executiva da Muriqui Cultural.

 

Uma realização da Prefeitura de Niterói, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação de Artes de Niterói, a Orquestra Jovem de Niterói também conta, neste ano de 2022, com patrocínio de empresas parceiras por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura: Eletrobras Furnas, Orizon e Águas de Niterói. E esta turnê tem o apoio da Secretaria Estadual de Cultura.  

 

Sobre a Orquestra Jovem de Niterói

 

A Orquestra Jovem de Niterói (OJN) foi criada em 2007 como uma oportunidade para que os alunos egressos das escolas municipais da cidade – onde o Programa Aprendiz atua – possam dar continuidade aos estudos musicais. Na OJN, os interessados aprofundam o aprendizado da música tanto a partir das classes de instrumentos e de teoria e percepção musical, quanto – e principalmente – pela prática em conjunto. Assim, aprimoram suas habilidades técnicas e artísticas, além de vivenciarem a experiência orquestral com ensaios e apresentações públicas.

 

Composta por cerca de 50 jovens instrumentistas com idades entre 15 e 23 anos, a organização sinfônica contempla diferentes grupos de cordas e sopros característicos desta formação: violinos (I e II), viola, violoncelo, contrabaixo, flauta transversa, trombone, trompa, tuba, clarineta, oboé e fagote. Sob a regência do maestro Evandro Rodrigues, a OJN tem apostado em um amplo e diversificado repertório musical. Da produção barroca aos compositores contemporâneos, sempre com foco na música brasileira, a seleção busca misturar clássicos às produções recentes que despertam o interesse dos aprendizes e do público.

 

Ao longo de sua trajetória, a OJN já realizou mais de 100 concertos nos principais equipamentos culturais de Niterói, como Teatro Municipal de Niterói, Teatro Popular Oscar Niemeyer, Museu do Ingá, Museu de Arte Contemporânea, Solar do Jambeiro e Sala de Cultura Leila Diniz - Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro. Além de ter realizado apresentações gratuitas em praças e outros espaços de lazer e convivência de todas as regiões da cidade. 

 

Os frutos da OJN

 

Graças a um conjunto de atividades pedagógicas, parcerias e realizações culturais, a passagem pela Orquestra Jovem de Niterói tem facilitado e estimulado o ingresso nas universidades e nos cursos de música Brasil afora. Hoje existem vários integrantes e ex-integrantes da OJN que iniciaram suas carreiras em orquestras profissionais e que seguiram formação no magistério, integrando ainda o quadro de equipe do Aprendiz.

 

Em 2017, foi produzido o primeiro filme sobre a orquestra. O projeto foi selecionado pelo 1º Edital do Instituto CCR e contou também com apoio da empresa Equinor (antiga Statoil) e da Prefeitura de Niterói. A ação incluiu uma turnê de concertos pelo interior fluminense. O média-metragem está disponível no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=IoaJLXSsKX8&t=19s.

 

Serviço

Concertos Didáticos da Orquestra Jovem de Niterói

1º/6 - Santa Cruz RJ

Local: E.M. Paralimpíadas Rio 2016

Endereço: Estrada de Sepetiba, 3.475. Nova Sepetiba / Santa Cruz

Apresentações: às 11h e às 14h

 

8/6 - Belford Roxo

Local: E.M. José Mariano Passos

Endereço: Av. Parque Várzea do Carmo s/nº - Vilar Novo

Apresentações: às 10h e às 14h

 

15/6 - Duque de Caxias

Local: E.M. Roberto Weguelin de Abreu

Endereço: R. Tourmin 179 – Jardim Imbariê

Apresentações: às 11h e às 14h

 

22/6 - Nova Iguaçu

Local: Secretaria de Educação

Endereço: Av. Abílio Augusto Távora,1806.

Apresentações: às 11h e às 14h

 

29/6 - São Gonçalo

Local: Teatro Municipal de São Gonçalo

Endereço: R. Felíciano Sodré, 100

Apresentação: às 15h


26 de agosto de 2025
Nos anos 1980, em plena efervescência cultural do Rio de Janeiro, boates, praias, festas e rodas de samba conviviam com o avanço silencioso de uma doença ainda desconhecida. A Aids chegava ao Brasil carregada de medo, estigma e manchetes carregadas de preconceito. Enquanto artistas, jovens e militantes tentavam se reinventar diante da incerteza, a ausência de políticas públicas deixava famílias desamparadas. É nesse cenário que se passa "Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente", série da HBO Max em parceria com a Morena Filmes. A trama, exibida em cinco episódios a partir de domingo (31), acompanha um grupo de comissários de bordo que, ao perceber a falta de medicamentos no país, decide arriscar a própria vida para trazer clandestinamente o AZT, o primeiro antirretroviral aprovado no exterior. A operação, feita às escondidas, salvava vidas enquanto o poder público se mantinha inerte. A narrativa é inspirada em casos reais revelado pelo jornalista Leandro Machado em uma reportagem. O elenco principal reúne Johnny Massaro, Bruna Linzmeyer, Ícaro Silva, Eli Ferreira e Kika Sena. Sob direção de Marcelo Gomes e com consultoria da infectologista Márcia Rachid, a série mergulha nas nuances da amizade, do medo e da resistência numa época em que a doença era analisada sob um viés preconceituoso, a ponto de ser classificada como "peste gay". A estética aposta em uma reconstrução de época detalhada: figurinos que remetem à moda oitentista, locações no centro do Rio e uma fotografia que transita entre a vibração das festas frequentadas pelos personagens e a dureza dos hospitais. Johnny Massaro afirma que viver esse período na pele do personagem foi um processo transformador. Ele diz que algumas cenas exigiram muito emocionalmente, sobretudo as que retratam a perda de pessoas próximas. Para o ator, a série vai além da dor: fala sobre como a vida insiste em continuar, mesmo em meio ao luto. "A gente precisou entender que não estávamos apenas encenando uma história de sofrimento, mas também de afeto e de resistência", conta.
25 de agosto de 2025
A arte brasileira contemporânea produzida por dez grandes artistas mulheres. Essa é a linha curatorial da 5ª edição do projeto ArtRio Educação, que estreia no Museu de Arte Contemporânea de Niterói – MAC no dia 27 de agosto. Trazendo grandes painéis com reproduções das obras, a mostra educativa e interativa é gratuita e leva conhecimento – e diversão – para todos os públicos. A curadoria da mostra é de Fernanda Lopes, que selecionou dez artistas de diferentes gerações, formações e trajetórias. Além disso, são artistas com linguagem e produção muito diferentes entre si, o que vai proporcionar ao público uma visão mais ampla e diversa sobre o mundo da arte e suas possibilidades - da pintura à instalação, do têxtil ao desenho, da fotografia ao objeto. As artistas presentes na mostra são Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Claudia Andujar, Claudia Hersz, Madalena Santos Reinbolt, Marcela Cantuária, Marina Weffort, Sonia Gomes, Tadáskia e Vânia Mignone. “Suas obras lidam com questões como identidade, corpo, memória, território, ancestralidade, linguagem e matéria, e investigam, de maneira crítica e inventiva, as urgências do tempo presente. Em conjunto, elas chamam a atenção do público para diferentes possibilidades de olhar, pensar e atuar no mundo ao nosso redor”, reflete a curadora Fernanda Lopes. Museu de Arte Contemporânea de Niteroi - MAC Mirante da Boa Viagem S/Nº Abertura 27 de agosto Até 14 de setembro na Praça do MAC  Visitação gratuita