O Museu de Arte do Rio, em parceria com a Prefeitura, via Secretaria Municipal de Cultura, comemora neste domingo (27/11) o Dia do Clóvis, também conhecidos como bate-bolas. A programação no pilotis será gratuita, incluindo mesa de conversa, desfile e saída dos foliões. Bate-bola é o nome das fantasias carnavalescas características do subúrbio carioca, uma tradição considerada patrimônio cultural em bairros das zonas Norte e Oeste.
Entre os convidados do primeiro papo estão Priscila Andrade, professora, pesquisadora, designer da PUC-Rio, e Aline Valadão, doutoranda no Programa de Pós-Graduação em História da Arte da UERJ, mestre em Arte e Cultura Contemporânea pelo PPGARTES/ UERJ e especialista em Moda e Estudos da Indumentária. O secretário municipal de Cultura Marcus Faustini será o mediador. O evento terá início às 14h30.
Outro destaque na agenda, às 15h, será a saída dos bate-bolas da Associação Cultural das turmas de Bate-Bola RJ e da Liga Independente Carnavalesca Clóvis de Bate-Bola, seguido de um desfile com o Bloco Cordão da Bola Laranja.
Os bate-bolas, grupos de foliões típicos do subúrbio, foram declarados Patrimônio Cultural Carioca de Natureza Imaterial pela Prefeitura do Rio em 2012 e seguem alegrando as ruas por onde passam com suas roupas coloridas e seu modo irreverente de festejar. O decreto n°35134 ressalta a importância dos grupos como personagens do carnaval e ainda a capacidade popular de produzir uma manifestação tradicional como forma de resistência à massificação da folia.
Pela primeira vez, os grupos de bate-bola foram mapeados pelo poder público ao longo de 2021, por iniciativa do secretário Marcus Faustini. A Secretaria Municipal de Cultura entregou um certificado a cada um dos 400 grupos de bate-bola que se cadastraram na Prefeitura. Cada grupo reúne, em média, cem integrantes, somando quatro mil pessoas.
– A partir deste mapeamento, será possível criar políticas públicas para os bate-bolas, que nunca tiveram o devido reconhecimento – diz Faustini.
Para o diretor e chefe da Representação da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) no Brasil, Raphael Callou, a iniciativa é uma ótima oportunidade de aproximar o espaço museal e a cultura popular carioca.
– Os bate-bolas são muito importantes no cenário cultural carioca e muito presentes no subúrbio da cidade. Nesse sentido, a parceria com a Prefeitura do Rio e com a Secretaria Municipal de Cultura viabiliza a nossa missão de ser um espaço artístico plural, aberto ao diálogo com todos e conectado com o território que habitamos – afirma.
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