27 de maio de 2023

Marília da Matta é a convidada da nova edição do 'Trocas em cena'

Na edição de maio do projeto 'Trocas em cena', que acontece na próxima quarta-feira, 31, às 17h, no Solar do Jambeiro, Gabriela Linhares entrevista Marília Gonzaga da Matta. Marília é dramaturga, atriz e neta do jornalista e dramaturgo Armando Gonzaga, um dos grandes nomes do Teatro.

 Marília traz em seus trabalhos peças teatrais que abordam os problemas sociais como um todo e também trabalhos literários de profunda sensibilidade, abordando sentimentos intensos que envolvem o universo feminino. Cineasta e diretora da CTAG - Cia Teatral Armando Gonzaga, Marília traz textos autorais ao teatro, num trabalho quase sempre de observação do cotidiano humano sociocultural e promete um bate papo envolvente sobre cinema e teatro.

Serviço

Troca em Cena com Marília da Matta
Data: Quarta-feira, 31 de maio de 2023
Horário: 16h
Classificação: Livre
Entrada Gratuita
Capacidade: 40 pessoas

Local: Solar do Jambeiro – Salão Amarelo
Endereço: R. Pres. Domiciano, 195 - São Domingos

18 de agosto de 2025
A Sala Nelson Pereira dos Santos recebe em seu palco, na quarta-feira, 20 de agosto, às 20h, o espetáculo "Aonde Está Você Agora?", de Regiana Antonini. O amor fraterno, os sonhos e a inocência da juventude são alguns dos temas abordados no texto. A montagem conta a história de dois meninos que constroem uma sólida amizade, apesar das diferenças socioeconômicas, mas que se separam na juventude, mantendo contato apenas através de pensamentos, lembranças e um Livro da Sorte. Inspirada na música 'Vento no Litoral', da Legião Urbana, a peça se passa em sete anos da vida desses dois amigos. Um deles, Pedro, fica em Vila Velha, no Espírito Santo, e Gabriel vai para Nova York. Como a ação acontece durante as décadas de 80/90, quando não havia Internet e as ligações internacionais não eram tão acessíveis, os dois se distanciam, mas não esquecem as aventuras da adolescência, mostradas em flashback durante o espetáculo.  Serviço Aonde Está Você Agora? Datas: Quarta-feira, 20 de agosto de 2025 Horários: 20hDuração: 60min Classificação indicativa: 12 anos Ingressos: R$50 (inteira) Vendas na Bilheteria da Sala ou no site Fever Local: Sala Nelson Pereira dos Santos End: Avenida Visconde do Rio Branco, nº 880, Niterói
18 de agosto de 2025
É sabido que o século XX foi um período de extremas mudanças para a humanidade. Desde impérios ruindo, revoluções políticas, duas guerras mundiais até as revoluções no âmbito artístico e cultural. A música de concerto jamais esteve inerte a estas rápidas mudanças da existência humana. Por não haver um consenso absoluto sobre a definição de “modernismo musical”, vamos considerar o período da década de 1890 até meados do século XX. Nessa efervescência criativa e estética, a música ocidental experimentava o “tonalismo expandido” de Richard Wagner em suas óperas e nas sinfonias de Gustav Mahler. Observou-se várias ampliações dessa estética musical na obra do austríaco Arnold Schoenberg (precursor do atonalismo e o dodecafonismo) e dos franceses Claude Debussy e Maurice Ravel que buscaram uma música mais voltada para a transmissão de sensações e memórias (assim como nas artes visuais com Manet, Monet, Van Gogh) do que com o rigor da técnica composicional contrapontística. Nesse período, o Brasil vivenciou uma busca por uma arte “eminentemente nacional” que fugisse das matrizes europeias. Hoje poderíamos intitular de “atitude decolonial” com a inserção de aspectos culturais dos povos originários e dos africanos escravizados nas criações artísticas deste período. A figura de Heitor Villa Lobos foi emblemática neste sentido. Após a sua participação na Semana de Arte Moderna em 1922, ele seguiu para a Paris para apresentar suas criações, ainda influenciadas pelas tendências da música europeia, embora já sinalizasse uma busca em retratar o Brasil através de suas várias raízes culturais resultantes da formação de sua população hibrida. Nesse sentido, o programa começa com uma obra de Stephan Koncz (n. 1984) intitulada A New Satiesfaction inspirada na Gymnopedie n.1 do compositor francês Erik Satie (1866-1935), composta e publicada em 1888. Esta obra é uma releitura de uma peça modernista com uma linguagem mais contemporânea, com elementos minimalistas que ambientam a famosa melodia da obra de Satie, escrita originalmente para piano. Seguimos com o Quarteto n.º1 de Heitor Villa-Lobos, composto em 1915 na cidade de Nova Friburgo. Esta obra foi concebida no formato de uma suíte com seis movimentos. O movimento final remete a um personagem icônico da tradição oral brasileira: o Saci Pererê. Villa-lobos sugere que esse movimento seja uma descrição sonora do Saci, pulando com uma perna só, com um cachimbo na boca e pegando as pessoas de surpresa com suas travessuras. Nesta obra, apesar da estrutura ser mais tradicional, observa-se já uma busca de sensações e impressões que podem ser semelhantes às sonoridades encontradas em algumas obras francesas do mesmo período. O programa encerra-se com o único quarteto composto por Maurice Ravel em 1903, quando tinha 28 anos. O Quarteto de cordas em Fá Maior foi estreado em Paris no ano seguinte, e segue como modelo o quarteto do seu conterrâneo, Claude Debussy, composto 10 anos antes. A peça foi dedicada ao prof. Gabriel Fauré, que inclusive nunca tinha escrito um quarteto de cordas, até receber a dedicatória do dileto aluno e, se encorajar a encarar o gênero. Debussy e Ravel sempre tiveram opiniões estético-musicais bem divergentes, mas curiosamente, Debussy escreveu uma carta para Ravel manifestando sua admiração pela obra. A peça segue a forma tradicional, com quatro movimentos. O primeiro movimento apresenta dois temas contrastantes. O primeiro tema é executado por todos os quatro instrumentos de maneira diluída. Já o segundo tema, é apresentado pelo primeiro violino e pela viola. O segundo movimento inova ao ser introduzido pelo quarteto, tocando todos juntos em pizzicato. O terceiro movimento é lento, introspectivo e o último é intenso e com um final apoteótico. Programa Stephan KONCZ (n. 1984) A New Satiesfaction para Quarteto de Cordas Inspirada na Gymnopedie nº. 1 de Erik Satie. Heitor VILLA-LOBOS (1887-1959) Quarteto de cordas n° 1 I. Cantilena (Andante) II. Brincadeira (Allegretto scherzando) III. Canto lírico (Moderato) IV. Cançoneta (Andantino quasi allegretto) V. Melancolia (Lento) VI. Saltando como um Saci (Allegro) Maurice RAVEL (1875-1937) Quarteto de cordas em Fá Maior I. Allegro moderato – très doux II. Assez vif – très rythmé III. Très lent IV. Vif et agite Quarteto de Cordas da UFF Tomaz Soares, 1º violino Ubiratã Rodrigues, 2º violino Clara Santos, viola Glenda Carvalho, violoncelo ________________________________________ 19 de Agosto de 2025 Terça | 19h Teatro da UFF Rua Miguel de Frias, 9 – Icaraí – Niterói Ingressos: R$ 30 (inteira) – R$ 15 (meia) Canais de venda: Guichê Web e Bilheteria Classificação Indicativa: livre