15 de julho de 2025

“Manifesto Elekô” celebra sucesso com apresentações a preços populares no Centro do Rio

Projeto da Cia Clanm de Danças Negras traz a conexão entre a orixá Obá e as vivências atuais


 


Ao som de cantigas autorais em yoruba e bantu, sete bailarinas, seis músicos e um cenário que encanta os espectadores, o espetáculo de dança Manifesto Elekô, terá 3 apresentações, de 17 a 19 de julho, quinta e sexta às 19h e sábado às 18h, na CAIXA Cultural – Teatro Nelson Rodrigues. Contemplada no Edital Pró-Carioca Linguagens, a peça, com idealização e concepção de Fábio Batista e realização Cia Clanm de Danças Negras, conecta a orixá Obá, uma das mais fortes da mitologia afro-brasileira, às histórias das mulheres negras da atualidade. Os ingressos variam de R$ 20 a R$ 15. Serão destinados 20% dos ingressos para pessoas em situação de vulnerabilidade social, estudantes, professores, pessoas transgêneras e deficientes físicos. O projeto contará ainda com uma oficina de dança ministrada por Fabio Batistas e as artistas do espetáculo


Mais do que uma análise sobre como mulheres negras vêm se adaptando aos desafios diários, segundo o diretor geral do Manifesto Elekô, Fábio Batista, a peça pretende dar visibilidade aos espaços de destaque que elas vêm ocupando em diversos setores da sociedade. “Obá sai de um sofrimento extremo e chega ao generalato de um exército, ocupando o mais alto escalão da proteção das mulheres. Queremos mostrar que, assim como ela, suas contemporâneas também estão percorrendo esse caminho. A mensagem principal é que ainda que haja dor no processo, é preciso dar ênfase às conquistas e à resiliência”, analisa Fábio.


Em sua nova temporada, o espetáculo traz novos significados à história encenada pela primeira vez durante a pandemia de Covid-19. Para além de abordar questões como a violência e a solidão da mulher negra, Manifesto Elekô apresenta os novos caminhos percorridos por elas, que hoje já são responsáveis pela gestão de quase metade (49,1%) dos lares brasileiros, segundo dados do Censo 2022 do IBGE. “Elas ocupam um lugar de matriarcado, mas também estão em outros espaços. No elenco, temos estudantes universitárias, lideranças de projetos sociais potentes, professoras e por aí vai. O processo pelo qual elas passaram, assim como Obá, está, de certa forma, retratado no espetáculo. Quem vier assistir perceberá que Manifesto Elekô é construção política, reflexão, potencialização de mulheres negras, alerta social e festa”, finaliza o diretor.


 Obá é considerada a orixá mais retinta e a mais bela do panteão yorubano, conhecida como a Deusa do Ébano. Liderou Elekô, uma sociedade restrita a mulheres guerreiras, destemidas e feiticeiras, unidas pela preservação de suas tradições e da terra. Foi educada como um homem, dominando o manejo das armas, lutou e venceu guerras.


Conhecida por sua força, poder e coragem, Obá é considerada uma divindade feminina muito poderosa, reunindo potência e doçura.


 


Contrapartida social



Após cada apresentação, a Cia Clanm de Danças Negras e o diretor realizarão uma homenagem a lideranças femininas negras e bate-papo com o público presente, além de oficinas de dança, ministradas por Fábio Batista e os artistas do espetáculo. Os interessados em participar devem acessar o formulário disponível no perfil do espetáculo no Instagram.


 


Sobre a Cia Clanm




Fundada em 2012, a Cia Clanm vem se consolidando no cenário brasileiro e internacional, sendo uma principais companhias de dança negra no país - foi mencionada no livro "O Teatro Negro Contemporâneo", de Joel Rufino dos Santos, por sua importância na cultura negra brasileira. Já participou de diversos festivais nacionais e internacionais e seu corpo de bailarinos é formado por profissionais de renome por todo o mundo.


À frente da Companhia está Fábio Batista, um dos principais professores de dança afro e coreógrafos do país. Já participou do Rock in Rio, da comissão de frente de diversas escolas de samba do Rio de Janeiro, da Cia Folclórica Junina e, desde 2023, é diretor artístico da Estação Primeira de Mangueira.


 


SERVIÇO:


[DANÇA] Manifesto Elekô


Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Teatro Nelson Rodrigues: Av. República do Paraguai, 230, Centro


Data: de 17 a 19 de julho de 2025


Horário: quinta e sexta às 19h e sábado às 18h


Duração: 60 min


Ingressos: R$20 plateia | R$15 balcão. À venda neste link e na bilheteria do teatro. Meia-entrada para clientes CAIXA e casos previstos em lei.


Classificação Indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos


Bilheteria: de quarta-feira a domingo, das 13h às 19h


Bilheteria Cultural: https://www.bilheteriacultural.com.br/eventos/2#


Informações: (21) 3083-1785 | https://www.caixacultural.gov.br/Paginas/default.aspx | https://www.instagram.com/caixaculturalrj/ | https://www.instagram.com/manifestoeleko/


Acesso para pessoas com deficiência 


 

Por Mauricio Jose 2 de agosto de 2025
Evento acontece de 15 a 24 de agosto em Cachoeiras de Macacu (RJ) e reúne quase 200 produções audiovisuais de escolas de todo o país e do exterior A cidade de Cachoeiras de Macacu, na Região Serrana do Rio de Janeiro, será palco, entre os dias 15 e 24 de agosto, da 17ª edição do MacacuCine – Festival Internacional de Cinema Escolar. Reconhecido como o maior evento do gênero no Brasil, o festival traz o tema “Todos os Brasis do Brasil” e reúne 188 produções audiovisuais de todas as regiões do país e de diversos países, reafirmando o compromisso com a democratização do acesso à cultura e à educação por meio da sétima arte. Criado em 2007 pela Associação Cultural Vale do Macacu, o MacacuCine surgiu com o propósito de reaproximar a população local do cinema, especialmente em uma cidade sem salas comerciais de exibição. Desde então, o festival cresceu exponencialmente, com sessões públicas em praças, oficinas em escolas, mostras competitivas e projetos que se espalham pelo Brasil e pela América Latina. Ao longo de quase duas décadas, o MacacuCine foi realizado em diversos estados, com quatro edições na Argentina (a convite da Embaixada Brasileira em Buenos Aires) e quatro no Uruguai (a pedido do Ministério da Cultura e Educação do país vizinho).  Entre os reconhecimentos recebidos estão o Prêmio Rio Sociocultural (2010), o Prêmio Estadual de Cultura (2011) e o Diploma Heloneida Studart de Cultura concedido pela Alerj, além da indicação ao Prêmio de Boas Práticas da ONU (2009). Destaques da programação A abertura oficial será no dia 15 de agosto, com o Encontro Internacional de Cinema e Educação, reunindo representantes da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e convidados internacionais como Roberto Smith, diretor do prestigiado Festival de Havana, em sua 45ª edição. O encontro será transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do festival: youtube.com/macacucine. Nos dias 16 e 17 de agosto, na sede da Associação Cultural Vale do Macacu, acontece o Conecta MacacuCine, um mercado-seminário voltado a jovens realizadores, com oficinas, palestras e rodadas de negócios com a participação de instituições como Sebrae, Rio Filme, Festival do Rio, Distribuidora Vitrine e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do RJ (SECEC RJ). O festival também promove diversas mostras competitivas, com votação online e premiação em dinheiro nas categorias: Escolar (nacional e internacional) Universitária (nacional e internacional) Oficinas MacacuCine (filmes produzidos por alunos locais) Micro-curtas (filmes com até 1 minuto de duração) As sessões ocorrerão em diferentes pontos da cidade: Tenda MacacuCine, no Centro Cultural do Antigo Quintino, com capacidade para até 150 alunos (18 a 22/08) Cine Macacu, a sala de cinema do Ponto de Cultura Vale do Macacu (16 a 23/08) Praça Manoel Diz Martinez, com sessões ao ar livre seguidas por apresentações culturais Encerramento O festival se encerra no dia 24 de agosto, às 19h, com cerimônia de premiação transmitida ao vivo pelo YouTube. Os vencedores das mostras competitivas receberão prêmios em dinheiro e o Troféu Paschoal Guida, símbolo máximo do festival. Projetos permanentes do MacacuCine Além do festival anual, o MacacuCine mantém iniciativas permanentes que incentivam a formação e o acesso ao audiovisual: MacacuCine nas Escolas – oficinas de cinema em escolas públicas Circula MacacuCine – sessões itinerantes em zonas rurais Macacu Cineclube – exibições com debates em escolas e no Cine Macacu Portal CinEduca – streaming gratuito com filmes escolares e material pedagógico Conecta MacacuCine – mercado-seminário para formação de jovens cineastas
1 de agosto de 2025
No ano Brasil – França, a peça Visitando Camille Claudel, que revisita a história da escultora francesa retorna ao Rio de Janeiro, duas décadas após sua estreia. A atriz Adriana Rabelo retorna aos palcos com a premiada obra Visitando Camille Claudel, um espetáculo que resgata, de forma poética e visceral, a trajetória da escultora francesa cuja genialidade foi silenciada pelo machismo e pela exclusão. A nova temporada acontece de 2 a 25 de agosto, sempre aos sábados, domingos e segundas, às 20h, no Teatro Gláucio Gill, em Copacabana. Na noite de estreia, dia 02, Heloisa Aguiar, Secretária de Estado da Mulher estará presente para um bate papo com o público. Mais do que uma biografia cênica, o monólogo mergulha nas profundezas da trajetória de Camille Claudel, uma artista que ousou ser mulher e profissional em um mundo dominado por homens, e que acabou internada involuntariamente. A montagem, sucesso de crítica e público, escrita e dirigida por Ramon Botelho, entrelaça arte e sofrimento, amor e reclusão, numa narrativa que aborda temas tão urgentes quanto universais. Embora ambientada entre o final do século XIX e o início do XX (1864–1943), a peça traz questões que permanecem dolorosamente atuais: igualdade de gênero, saúde mental, o reconhecimento da mulher no mercado de trabalho e a luta antimanicomial — afinal, ainda hoje, mulheres continuam sendo internadas involuntariamente. Aos domingos, haverá também um debate ao final da peça com a participação de vozes reconhecidas no campo da saúde mental, filosofia, políticas públicas, cultura e pensamento contemporâneo: , Neyza Prochet, Pedro Cattapan e Viviane Mosé.  Serviço Peça: Visitando Camille Claudel Quando: De 2 a 25 de agosto – sábados, domingos e segundas, às 20h Onde: Teatro Gláucio Gill – Praça Cardeal Arcoverde, Copacabana, RJ Ingresso: http://funarj.eleventickets.com/ (escolher Teatro Glaucio Gill e data) Classificação indicativa: 14 anos Debates: após as sessões de domingo