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3 de dezembro de 2023

Livro aborda costumes da alta sociedade brasileira do início do século XX

Obra de Aliel Paione insere protagonistas nos bastidores do poder em um período de intensas transformações econômicas e políticas

Com uma abordagem analítica a momentos marcantes da história do Brasil, o escritor Aliel Paione lança Sol e Solidão em Copacabana, uma saga de amor, ambição e solidão, ambientada em um cenário político turbulento na primeira metade do século XX. Com o terceiro volume, ele conclui a trilogia ficcional que conta a trajetória de Verônica, frequentadora da alta sociedade do Rio de Janeiro entre as décadas de 1910 a 1940.

O autor entrelaça a busca da protagonista por amor e realizações a fatos relevantes da política do país. Depois de viver um triângulo amoroso envolvendo a própria filha, Henriette, Verônica precisa lidar com a escolha ambiciosa de João Antunes. Dividido entre o amor de ambas, ele se encanta pela luxuosa vida da sedutora Riete.

Paione insere os protagonistas nos bastidores do poder em um período de intensas transformações que envolveram a tentativa de independência econômica, a industrialização e a modernização do trabalho no Brasil. Com uma narrativa fluida, o escritor apresenta os desdobramentos políticos que levaram ao agravamento da crise após o retorno de Getúlio Vargas ao poder e passeia pelos acontecimentos até o suicídio do presidente.

— Até quando, Riete, este país rico conviverá com a imensa desigualdade social, com o sofrimento dos humildes e com a prepotência dos poderosos? Até quando prevalecerá o espírito do relho nas costas dos negros, metáfora do que está introjetado no inconsciente da sociedade brasileira? Daqueles que se julgam brancos e branquinhos de cabelos bons? Quando essa gente pretensiosa perderá esse ranço e será menos ignorante e mais solidária? — indagava João Antunes.

Sol e Solidão em Copacabana, p. 436

Em Sol e Solidão em Copacabana, o autor traz um desfecho surpreendente para a trama e possibilita uma leitura independente da obra. As conturbadas relações amorosas evidenciam a complexidade do ser humano, em que sonhos, conquistas e fracassos associam metaforicamente a história brasileira à vida dos personagens. E a busca dos leitores por entendê-los representa, também, a vontade de compreender e melhorar a realidade do Brasil.


Ficha técnica


Título: Sol e Solidão em Copacabana
Autor: Aliel Paione
Editora: Pandorga
ISBN: 978-65-5579-225-6
Páginas: 632
Preço: R$ 34,90
Onde encontrar:
Amazon

 

27 de fevereiro de 2025
Com curadoria de Desirée Monjardim, a individual de Fernando Cuntin explora a intensidade da cor e a dinâmica da forma. As pinturas de Fernando Cuntim serão expostas na Sala José Cândido de Carvalho, na exposição "Cuntin-Ta e Pincel". Com abordagem única, o artista cria experiências sensoriais intensas de sua visão artística. A mostra acontece na Sala José Cândido de Carvalho, na Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, com visitação até o dia 11 de abril. A entrada é gratuita. A exposição é apresentada pela doutora em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ e membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, Isis Braga, que destaca a força da obra do pintor. "A pintura, para ele, é um espaço onde os sentimentos ganham formas tangíveis e onde a beleza se revela em cada detalhe. Sua obra traduz um campo de forças, no qual a harmonia é conquistada pela tensão das cores e pela movimentação das formas, que fluem com liberdade e expressividade". Cuntin se interessou pela arte na adolescência, através das aulas de desenho e pintura com o professor Fábio Leopoldino, aprendendo técnicas como óleo, acrílica, pastel, guache e aquarela. "Desde então me dedico à pintura com as mãos cheias de tintas e pinceis e estou sempre praticando o desenho em cadernos de estudos, os chamados sketchbooks", afirma o artista. Serviço Exposição Cuntin-Ta e Pincel de Fernando Cuntin Curadoria de Desirée Monjardim Abertura: Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025 Horário:18h Visitação: até 11 de abril de 2025 Segunda a sexta, de 9h às 17h Entrada gratuita Local: Sala José Cândido de Carvalho End: Rua Presidente Pedreira, 98, Ingá, Niterói
27 de fevereiro de 2025
Este semana o tradicional jornal inglês ”The Guardian” publicou uma resenha opinando que o longa-metragem brasileiro ”Ainda Estou Aqui” ,dirigido por Walter Salles e com história retratada majoritariamente no Rio de Janeiro , é o favorito ao Oscar 2025 na categoria ”Melhor Filme Internacional” . No texto,a jornalista Wendy Ide , responsável pela opinião, diz que ”após o fiasco de ‘Emilia Pérez’ [outro filme na disputa], ‘Ainda Estou Aqui’ é o favorito”. Wendy também elogia Fernanda Torres , que concorre ao Oscar na categoria ”Melhor Atriz” após interpretar Eunice Paiva , protagonista do longa e esposa de Rubens Paiva, personagem central da história – representado no filme por Selton Mello -, assassinado durante a ditadura militar no Brasil. ”Fenomenal!Ela mereceu a indicação”, destacou Ide. Vale ressaltar que, além das duas indicações citadas acima, ”Ainda Estou Aqui”concorre também na principal categoria do Oscar, isto é, ”Melhor Filme”. A cerimônia de entrega das estatuetas acontecerá no próximo domingo (02/03), a partir das 21h (de Brasília), no Teatro Dolby, em Los Angeles, na Califórnia,Estados Unidos.
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