Seguindo com exibições em película, o Cine Arte UFF homenageia o grande ator Milton Gonçalves. A exibição de A rainha Diaba no suporte 35mm é possível graças ao trabalho de instituições e profissionais da preservação, como é o caso do Centro Técnico Audiovisual, o CTAv, que disponibilizou a cópia para essa homenagem dupla, realizada dos dois lados da baía: no Estação Net Botafogo, no Rio de Janeiro, e no Cine Arte UFF, em Niterói. As duas salas vêm realizando sessões especiais, revisitando clássicos do cinema brasileiro, ativando a memória cinéfila e contribuindo na formação de novos públicos para a sala de cinema.
Mais conhecido como ator de novelas, Milton Gonçalves teve uma extensa carreira no teatro, na televisão e no cinema, inclusive tendo trabalhado como diretor e dublador e escrito algumas peças. Nascido em Monte Santo de Minas em 1933, foi em São Paulo que descobriu o teatro e iniciou a carreira com Augusto Boal em 1957, no Teatro Arena. Já em 58 estreia no cinema em O grande momento e em 61 participa de um episódio da série O vigilante rodoviário, na tv Tupi. Militante do movimento negro, Milton Gonçalves chegou a tentar a carreira política. Foi o primeiro brasileiro a apresentar uma categoria na cerimônia de premiação do Emmy Internacional em 2006. Além do prêmio no festival de Brasília por A rainha Diaba, tem três Kikitos do festival de Gramado.
A RAINHA DIABA
Brasil, 1974, 106', 18 anos, 35mm
De Antônio Carlos da Fontoura
Com Milton Gonçalves, Odete Lara, Wilson Grey, Stepan Nercessian, Nelson Xavier
Lapa, Rio de Janeiro. A história gira em torno de um homossexual autodenominado Diaba, que controla uma rede de narcotráfico a partir de um quarto nos fundos de um prostíbulo. Ao saber que um de seus homens está prestes a ser preso pela polícia, Diaba decide usar como bode expiatório um jovem gigolô, a fim de envolvê-lo numa série de crimes e entregá-lo como se fosse o verdadeiro procurado. Com roteiro de Fontoura e argumento de Plínio Marcos, o filme foi livremente inspirado no criminoso carioca da primeira metade do século XX, João Francisco dos Santos, conhecido como Madame Satã. Melhor Ator, Trilha Sonora (Guilherme Vaz) e Fotografia (José Medeiros) no Festival de Brasília 1975.
Ingressos
Taxa de manutenção – R$ 8,00
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