8 de julho de 2022

BraJazz Fest reúne músicos de todo país

O Rio de Janeiro recebe a segunda edição do BraJazz Fest até o dia 10 de julho, no Teatro XP, no Jockey Club, zona sul da cidade do Rio de Janeiro. O objetivo é apresentar gratuitamente ao público a potência e a alta qualidade do jazz nacional. A cada dia, diferentes facetas da música instrumental nacional vão se encontrar no palco.



Serão recebidos músicos do Rio Grande do Sul ao Pará, prestigiando diversas regiões do Brasil, em shows às 19h

e às 21h. São 366 lugares no teatro. Serão distribuídas senhas 30 minutos antes

de cada apresentação. A capacidade de público é limitada. De acordo com os

organizadores, serão duas atrações musicais por dia.

 

O festival foi idealizado e é realizado por Renato Byington, da D+3 Produções, que assina eventos já

consagrados, como o Vibra Open Air, que completa 20 anos em 2022 e acaba de

encerrar uma temporada de sucesso em São Paulo. O curador do BraJazz Fest,

Bernardo Pauleira, músico, produtor e gerente de Artistas e Repertório

(A&R) na Warner Music Group, com mais de 20 anos de carreira, elegeu um

tema por dia como fio condutor das apresentações, durante a programação que

invadirá o Jockey Club Brasileiro, no Teatro XP.

 

Na sexta dia (8), segundo dia do festival, segue na esteira da brasilidade, com repertório do jazz ao choro.

O multi-instrumentista Dirceu Leite, ao lado de seu quarteto, traz um repertório

de choro mais tradicional, enquanto Maira Freitas, filha do compositor Martinho

da Vila, apresenta o quinteto Jazz das Minas, grupo formado apenas por

mulheres, “muito potente e poderoso”, segundo Bernardo Pauleira. O Jazz das

Minas promete sacudir as estruturas do teatro, com uma roda de afro-samba-jazz

de primeira qualidade.

 

No sábado (9), o evento é dedicado ao contrabaixo. O groove (padrão rítmico curto) do baixo vai comandar

o palco com sotaques diferentes, envolvendo baixistas das regiões Sul e Norte.

 

Guto Wirtti, do Rio Grande do Sul, abre a noite, com uma formação de quarteto. Wirtti é um dos

instrumentistas mais requisitados da música brasileira e já atuou com nomes

como Yamandu Costa, Hamilton de Holanda e João Bosco. Em seguida, Ney Conceição,

natural de Belém do Pará, leva ao palco os anos de experiência que acumulou ao

tocar com nomes como João Nogueira, Moraes Moreira, Zé Keti, Paulinho Trumpete

e tantos outros, sem deixar o groove sair do tom. “Eles abrem o leque de

referências dentro do Brasil, saindo do eixo Rio de Janeiro/São Paulo, mas com

as referências de suas raízes que cada um traz na bagagem”, comentou o curador.

 

O último dia do festival terá uma festa de encerramento, com um encontro de medalhões do jazz nacional. O

gaitista Mauricio Einhorn vai abrilhantar o Jockey Club, no auge dos seus 90

anos, ao lado de Ricardo Silveira e Jefferson Lescowich, nomes consagrados da

cena jazz nacional. Por fim, uma jam session impecável vai trazer o ritmo

necessário para fechar a segunda edição do BraJazz com chave de ouro, reunindo

apresentações de Claudio Dauelsberg, que comemora 35 anos de carreira, ao lado

de Ney Conceição (baixo), Erivelton Silva (bateria) e convidados especiais,

entre os quais Robertinho Silva, Nivaldo Ornelas, Edgar Duvivier, Torcuato

Mariano, Jessé Sadoc, Bigorna e José Staneck.

 

Renato Byington completou que a ideia nasceu a partir do desejo de apresentar as várias facetas da música

brasileira. Para ele, o BraJazz “é um convite para o público se entregar ao

reencontro com alguns dos melhores músicos brasileiros, curtir a música na sua

excelência, em um ambiente leve e descontraído. Acho importante que, neste

momento, a gente possa proporcionar espetáculos de alta qualidade cultural, em

um clima leve e despretensioso.”

 

Palestras

 

Palestras sobre o cenário do jazz atual também farão parte da programação diária, a partir das 17h30,

abrangendo vários temas. No primeiro dia, Claudio Dauelsberg abordará as

diversas possibilidades do piano. No dia 8, o público poderá repensar o papel das

mulheres instrumentistas com Maira Freitas e Mônica Avila. Em seguida, no dia

9, Dirceu Leite vai tratar da iniciação musical através de nossas raízes

musicais, fazendo um passeio pela música nacional. Por fim, Robertinho Silva

fecha o festival, falando sobre a diversidade rítmica brasileira.

 

As palestras estão alinhadas com os números musicais. Ou seja, o espectador é convidado a refletir mais

profundamente sobre um assunto e aproveitar a riqueza da música instrumental

brasileira. O BraJazz Fest nasceu como um festival intimista e, na segunda

edição, pretende manter o clima contemplativo e sensível da estreia, em 2019,

que ocorreu na Marina da Glória, no Aterro do Flamengo, zona sul da cidade.

 

Nos anos 2020 e 2021 não houve o festival, devido à pandemia de covid-19. “Agora, a gente está podendo voltar,

juntar o público e artistas no formato presencial, ao vivo, no palco, com uma

qualidade técnica de primeiro mundo. Vamos levar o clima de clube de jazz para

o Jockey Club”, disse Bernardo Pauleira. 



7 de novembro de 2025
A Cidade das Artes recebe o espetáculo internacional de dança Tango Genuine, uma verdadeira história pelo tango portenho, desde suas origens nos subúrbios de Buenos Aires até a sua consagração como símbolo cultural da Argentina. Com músicos e bailarinos em cena, as apresentações acontecem no palco da Grande Sala, neste fim de semana (8 e 9/11). Clássicos de Astor Piazzolla e de outros grandes compositores são interpretados ao vivo por artistas argentinos selecionados por Fernando Marzan, diretor musical do espetáculo e referência no tango portenho. O bailado é coreografado pela renomada Karina Piazza, um dos principais nomes da dança de tango na Argentina. O espetáculo conduz o público por uma trajetória fascinante: desde o início no final do século XIX, passando pela sedução das milongas e pela revolução musical de Piazzolla, até a chegada arrebatadora do Tango em Paris e o esplendor da era de ouro das grandes orquestras. Serviço: Tango Genuine Data: 8 e 9/11 Horário: 16h e 20h (sábado) e 20h (domingo) Local: Grande Sala da Cidade das Artes (Avenida das Américas, 5.300 – Barra da Tijuca) Ingressos: a partir de R$40 na bilheteria ou na Sympla https://bileto.sympla.com.br/event/110878/d/339002
7 de novembro de 2025
Criado há 14 anos pelos curadores Cristina Becker e Felipe Ribeiro, o festival Atos de Fala está de volta à cena para sua sétima edição. Pela primeira vez, o evento será realizado no Teatro III do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, entre 13 e 23 de novembro de 2025. Na abertura, a artista Gabriela Carneiro da Cunha apresenta “Tapajós”. Inédita no Rio, a performance discute a contaminação por mercúrio das águas do Rio Tapajós e dos corpos dos seres humanos e não humanos que o habitam. Atos de Fala é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Política Nacional Aldir Blanc, e conta com o patrocínio do Banco do Brasil. Segundo um dos diretores artísticos, Felipe Ribeiro, “nesta edição, o mote da programação parte da obra do quilombola Antônio Bispo dos Santos (popularmente conhecido como Nêgo Bispo), que preferia ser chamado de tradutor em vez de pensador.” Bispo exaltava sua habilidade de traduzir os saberes quilombolas para a escrita, utilizando uma linguagem que não apenas transcreve, mas também reconstrói e ressignifica – ele mesmo se descrevia como um “lavrador de palavras”. Ao traduzir e compartilhar os saberes locais com o mundo, Bispo deu voz e legitimidade aos povos quilombolas e originários, contrastando com a tradução imposta pela cultura dominante. SERVIÇO Atos de Fala De 13 a 23 de novembro de 2025 Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) – Teatro III Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 - Centro – Rio de Janeiro/RJ  Informações: (21) 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br