10 de setembro de 2023

Artista visual e grafiteiro expõe no Espaço Sérgio Porto obras sobre o cotidiano nos subúrbios

Um artista plástico nascido e criado na Baixada Fluminense, atualmente radicado na zona Norte do Rio. O grafiteiro Ramon Lid completa 19 anos de carreira estreando a primeira exposição individual, “No corre dos riscos”, no Espaço Sérgio Porto, equipamento mantido pela Secretaria Municipal de Cultura no Humaitá, Zona Sul da cidade. São 13 obras (11 pinturas em papel craft e telha de amianto, além de duas instalações) definidas por ele como crônicas sociais, pois trazem imagens do cotidiano no subúrbio carioca. Trem, telhas, caixas d’água, tijolos, fios, o “corre” e os riscos em geral. Tudo isso e muito mais serviu de cenário para a pesquisa etnográfica realizada pelo artista, que também atua como designer gráfico.


– Meu trabalho reflete os fragmentos do cotidiano, traduzidos de forma figurativa para transmitir esses sentimentos de vivências de quem está no corre, e muitos deles eu me incluo com a rotina de trabalho, ou questões diretamente ligados ao social. Meu primeiro contato com o spray foi em 2002, através de uma breve passagem pela pixação. Em 2004, conheci o grafite, o que mudaria totalmente minha percepção de mundo. Ali eu me encontrei, em um mundo que pude aplicar os desenhos que sempre pratiquei dos meus 10 aos 13 anos, meio que na curiosidade e hoje observando que ali já era autodidata – disse o artista.

A escolha por produções em papel craft tem relação direta com sua mãe, costureira, que utilizava o material para modelagem. A proximidade com a escrita de rua, seja pela pixação ou murais, traduzem em um jogo imagético as questões territoriais que o atravessam.

Além da exposição, haverá eventos interativos, como roda de conversa com o artista e convidados nos dias 10 e 24/9 (16h), além de visitação guiada com estudantes dias 13 e 20/9 (15h). A mostra fica em cartaz até 1º/10, a visitação é gratuita, de quarta a domingo, das 16h às 21h.

5 de novembro de 2025
O Prêmio Ubuntu de Cultura Negra chega à sua 5ª edição em 2025 reafirmando-se como uma das mais importantes celebrações da arte, ancestralidade e representatividade negra no Brasil. Este ano, o evento ganha um novo e emblemático cenário: o Parque Bondinho Pão de Açúcar, um dos ícones turísticos e culturais mais reconhecidos do mundo. A cerimônia de premiação acontece no dia 12 de novembro, às 19h, em uma parceria inédita entre o Prêmio Ubuntu e o Parque Bondinho. Com o tema “Conexões Ancestrais”, a edição 2025 propõe um mergulho nas raízes e nas trajetórias que unem o passado, o presente e o futuro da cultura negra. Ao ocupar um dos cartões-postais mais admirados do Rio de Janeiro, o Prêmio Ubuntu amplia o diálogo sobre pertencimento, diversidade e democratização do acesso à cidade, reafirmando que as histórias e contribuições negras são parte essencial da identidade carioca e brasileira. “Levar o Prêmio Ubuntu para o Pão de Açúcar é um marco. É afirmar que a cultura negra pertence a todos os espaços e que nossa ancestralidade deve ser celebrada nos lugares mais simbólicos da cidade”, destaca a idealizadora e produtora cultural Paula Tanga. Mais do que um endereço icônico, o Parque Bondinho Pão de Açúcar torna-se palco de um encontro entre patrimônio histórico e memória viva da cultura afro-brasileira. Com vista panorâmica para a cidade e o mar, o local simboliza as conexões que atravessam tempos, territórios e gerações , uma celebração da força criativa e transformadora que move o Brasil. A 5ª edição do Prêmio Ubuntu contará com 12 categorias de premiação, reconhecendo personalidades, coletivos e iniciativas que promovem a transformação social por meio da arte, cultura e educação. Entre os nomes já confirmados está o jornalista e influenciador Adalberto Neto, que se junta ao time de embaixadores do prêmio ao lado de Regina Casé, madrinha da iniciativa pelo segundo ano consecutivo. Reconhecido por valorizar a diversidade e fortalecer redes culturais, o Prêmio Ubuntu vem se consolidando como uma das principais plataformas de visibilidade e reconhecimento para artistas e agentes culturais negros de todo o país. Em sua nova edição, o evento promete uma noite de celebração, emoção e encontros, tendo o Pão de Açúcar e o Rio de Janeiro como cenários de destaque para as conexões ancestrais que inspiram o futuro, reafirmando o direito à cidade, à cultura e à memória como pilares de uma sociedade mais justa e inclusiva. Serviço Evento: Prêmio Ubuntu de Cultura Negra 2025 – 5ª Edição Tema: Conexões Ancestrais Data: 12 de novembro de 2025 (quarta-feira), às 19h Local: Parque Bondinho Pão de Açúcar – Rio de Janeiro (RJ)
5 de novembro de 2025
Festival Internacional de Piano do Rio de Janeiro apresenta, nos dias 9, 15 e 16 de novembro, na Sala Cecilia Meireles, concertos com três jovens expoentes da música do Brasil, Canadá e China Há 16 anos, o Festival Internacional de Piano do Rio de Janeiro fomenta e promove o aprimoramento e o reconhecimento de jovens talentos da música. Como uma das iniciativas do festival, em novembro, a Sala Cecília Meireles recebe três instrumentistas reconhecidos internacionalmente no cenário pianístico: Élisabeth Pion (Canadá), Estefan Iatcekiw (Brasil) e Xiaohui Yang (China). A idealização e direção artística do evento são da pianista Lilian Barretto. No dia 9 de novembro, abrindo a série O Feminino no Piano, a canadense Élisabeth Pion sobe ao palco para interpretar a “Sonata nº2”, de Grazyna Bacewicz; “Sept Mers Éparses” e “The Joy Factor”, de sua autoria; e “Chaconne”, de Sofia Gubaidulina. Após o intervalo, a Orquestra Sinfônica da UFRJ, sob a batuta da maestra francesa Nathalie Marin, apresenta a “Abertura para orquestra nº 1 op. 23 em mi menor”, de Louise Farrenc. Para fechar o programa, solista e orquestra se reúnem para executar “Concerto para piano e orquestra op. 7 em lá menor”, de Clara Schumann. A jovem Pion já é conhecida do público do Rio de Janeiro ao receber o 3º prêmio no Festival Internacional de Piano na edição de 2023. No feriado de 15 de novembro, é a vez do curitibano Estefan Iatcekiw apresentar o programa solo “Encontros Chopin - Rachmaninov” na Série Estrelas do Piano Brasileiro, com obras de Frédéric Chopin — “Sonata nº 3 em si menor op. 58” e “Barcarolle em Fá sustenido Maior op. 60” — e Sergei Rachmaninov — “Sonata nº 2 op. 36” (versão original de 1913). Aos 20 anos, Estefan já é um dos mais destacados nomes da nova geração do piano. Recentemente, ele venceu os concursos internacionais de piano de Vigo, na Espanha, e de música russa para piano de Sanremo, na Itália. No dia seguinte, 16 de novembro, encerrando a programação do Festival Internacional de Piano, dentro da série O Feminino no Piano, a chinesa Xiaohui Yang retorna ao Brasil após ter vencido a edição 2022 do Festival. Na primeira parte do concerto, a pianista interpreta “Das Jahr (O Ano)”, de Fanny Mendelssohn-Hensel, seguida de “Ballade”, de Shulamit Ran (a primeira mulher compositora a receber um Prêmio Pulitzer da Música); e “Ballade nº 1 em sol menor, op. 23”, de Chopin. Depois do intervalo, a Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem, sob a regência da maestra Priscila Bomfim, apresenta “Eu-Mulher”, de autoria da compositora brasileira Juliana Ripke, obra inspirada no poema homônimo de Conceição Evaristo. Para fechar o programa, a OSB Jovem acompanha Xiaohui em “Concerto para piano e orquestra nº 1 em sol menor, op. 25”, de Felix Mendelssohn. A programação deste ano anuncia as datas do tradicional Concurso Internacional de Piano, que será realizado entre 25 de abril e 2 de maio de 2026. Com direção artística da pianista Lilian Barretto, o Festival Internacional de Piano do Rio Janeiro tem patrocínio master das Transmissoras Paranaíba e Teles Pires e do Itaú, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.